Google tenta acordos com editoras brasileiras

Lançado há dez meses nos Estados Unidos, o “Programa Google para Pesquisa de Livros“ ainda provoca discussões sobre direitos autorais. Apesar da polêmica, a empresa americana já conseguiu fechar pelo menos um contrato no Brasil, onde o projeto ainda não está operando. A Callis Editora é a primeira, e talvez a única, a ter aceitado a proposta. A editora, especializada em infanto-juvenis, possui 350 títulos em catálogo, sendo que 40 deles já estão disponíveis na internet (www.books.google.com).  
 
No Brasil, o debate de prós e contras do programa está ganhando força agora com o recente assédio da empresa. Segundo Marco Marinucci, gerente de desenvolvimento de parceiros do Google, o programa está se expandindo e, “em poucos meses“, chegará ao Brasil.  
 
A ferramenta permite ao usuário, a partir de uma palavra-chave, encontrar títulos de editoras de diversos países. O usuário terá acesso a obras de domínio público (respeitando a legislação de cada país). Se o livro ainda estiver sob as regras de direitos autorais, o internauta pode visualizar quatro páginas da obra selecionada: duas páginas anteriores e duas posteriores, tendo como ponto de partida a palavra-chave pesquisada.  
 
Até agora, a maior parte das empresas brasileiras está analisando os contratos recebidos do Google com muita cautela. Paulo Rocco, presidente da Rocco e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), diz que os editores estão “discutindo muito e analisando o assunto“. Ele acredita que o livro pode ser disponibilizado na internet, até como uma forma de facilitar a vida dos estudantes e combater a pirataria de livros. Porém ainda é preciso “pensar qual a melhor forma de trilhar este caminho“.  
 
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