Fundeb pode ajudar o Brasil a melhorar IDH, avalia assessor das Nações Unidas

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A aprovação do Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb) no Congresso Nacional pode ser um dos fatores que devem melhorar o desempenho do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, que avançou entre 2005 e 2006. O país, no entanto, desceu uma posição no ranking geral de 177 países acompanhados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).  
 
Apesar da melhora de indicadores sociais importantes, como a expectativa de vida e o nível de renda, a estabilização dos indicadores de educação não permitiram um avanço maior do IDH, o índice que sintetiza o nível de desenvolvimento humano do país. No Brasil, o IDH subiu de 0,788 para 0,792, enquanto o país caiu de 68.ª para 69.ª no ranking geral.

“A aprovação do Fundeb ajudaria muito a alterar esse indicador, na medida em que providenciaria as condições  mínimas, em termos de salário aos professores de segundo grau, de financiamento do ensino desse estágio da educação brasileira“, afirma o assessor para o Desenvolvimento Humano Sustentado do PNUD, José Carlos Libânio, ressaltando que o país não gasta pouco, mas tem problemas na qualidade do gasto.  
 
A proposta do Fundeb, que ainda tramita no Congresso, deve injetar recursos de R$ 4,5 bilhões para o ensino básico em um prazo de quatro anos. Libânio explica que a melhora dos indicadores de renda, que compuseram o IDH, foram resultado, principalmente, do desenvolvimento econômico ocorrido entre 2003 e 2004 (o indicador sempre se refere a dados de dois anos atrás) e à geração de emprego. “Se a gente olha para o longo prazo, principalmente porque a perspectiva de crescimento econômico não é chinesa nesse país, os indicadores sociais vão ter que ter uma performance mais acelerada, vão ter que ‘pisar no acelerador’ para que o IDH do Brasil continue melhorando“, diz o assessor e porta-voz do Pnud no Brasil.  
 
“Olimpíadas“ – O assessor compara as variações no ranking geral do IDH a uma competição das Olimpíadas, em que cada país acumula esforços para a melhoria do seu próprio índice. “É igual Olimpíada, por causa que você tenta quebrar o seu recorde, mas os outros também estão fazendo o mesmo. Se os outros tiverem uma melhor performance que você, mesmo que você consiga quebrar o seu (recorde), se o deles foi melhor, eles vão passar na sua frente“, afirma. O assessor do Pnud admite que o baixo crescimento da economia ocorrido entre 2005 e 2006 pode afetar o IDH brasileiro, mas evita comentar sobre um possível rebaixamento do país no ranking. “É bola de cristal“, responde, quando questionado sobre essa possibilidade. 
 

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