Ao receber ontem deputados da área de educação, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou a proposta de incluir creches entre as instituições a serem financiadas pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Ele argumentou com deputados da comissão da Câmara que analisa a proposta de emenda constitucional de criação do fundo que isso exigiria a liberação de mais recursos federais. Palocci exibiu documento mostrando que o atendimento das creches aumentaria as perdas dos governos estaduais em R$ 4,8 bilhões, beneficiando em contrapartida as prefeituras.
O presidente da comissão, Severiano Alves (PDT-BA), e a relatora, Iara Bernardi (PT-SP), disseram que Palocci aceitou o convite para comparecer à Câmara terça-feira e discutir a emenda do Fundeb. Mais de 15 deputados reuniram-se com Palocci por volta do meio-dia. Até terça-feira, um grupo de trabalho formado por Câmara e governo tentará aparar as arestas relativas ao Fundeb.
Palocci e comissão estudam mais recursos para Fundeb
Agência Estado – Lisandra Paraguassú
Um grupo de trabalho entre os ministérios da Fazenda, Planejamento, Casa Civil e a comissão especial da Câmara, que discute o lançamento do novo fundo para educação, o Fundeb, deve definir até sexta-feira mais uma fonte de recursos para o fundo.
Os deputados da comissão, que se reuniram nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não abrem mão de incluir as creches no Fundeb. Mas o ministro disse que só poderá aceitar mais despesa se houver fonte de recursos. Palocci concordou em ir à comissão na próxima terça-feira para discutir a proposta do grupo de trabalho. Segundo participantes do encontro, o ministro estava bem humorado e tranqüilo.