FNDE compra 114,8 milhões de livros didáticos para 2010

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Após quatro dias de negociações com editoras, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) encerrou na noite de ontem, 24, o processo para a compra de 114,8 milhões de livros didáticos a serem usados por 36,6 milhões de alunos da educação básica pública a partir de 2010. Cada obra para o ensino fundamental custará, em média, R$ 4,87 e para o ensino médio, R$ 10,48. No total, o investimento será de R$ 622,3 milhões.  
 
“Concentramos no primeiro dia a negociação com as cinco maiores editoras, responsáveis por quase 83% do atendimento”, afirma o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino. Segundo ele, esse foi o dia mais difícil devido às grandes tiragens envolvidas: “Quanto mais altas as quantidades, mais os preços caem. Esse tipo de negociação requer um esforço intenso de nossa parte”.  
 
O maior volume da aquisição irá para os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e para reposição e complementação de títulos do 6º ao 9º ano. Ao todo, serão mais de 103,5 milhões de livros didáticos de 1.788 títulos diferentes ao custo de R$ 505 milhões.  
 
O ensino médio receberá 11,2 milhões de exemplares de 250 títulos que custarão R$ 117,3 milhões, para reposição e complementação de todas as disciplinas.  
 
Além disso, o FNDE pagará à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) R$ 117 milhões, sendo R$ 99,4 milhões referentes à entrega dos livros do ensino fundamental e R$ 17,6 milhões para a distribuição ao ensino médio.  
 
A partir da assinatura de contrato com o FNDE, as editoras começarão a produzir os livros que serão entregues nas escolas antes do começo do ano letivo de 2010. Cada exemplar deve durar três anos consecutivos, sendo reaproveitado por outros estudantes nos anos seguintes. A exceção fica para os livros de alfabetização de 1º e 2º ano do ensino fundamental, classificados como consumíveis e usados por apenas um aluno.  
 
Conheça as editoras e os valores negociados: 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2010) 
Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM 2010)
Valores totais negociados (PNLD e PNLEM 2010)
 
* Veja a quantidade de alunos beneficiados na educação básica, por nível de ensino  
 
Alfabetização – Também foram concluídas as negociações para aquisição das obras do Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA) para 2009, cujos títulos foram escolhidos no ano passado para utilização pelas entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado e pelas escolas públicas com turmas de alfabetização nesta modalidade.  
 
Serão mais de 2,8 milhões de livros, a um preço médio de R$ 6,60 por exemplar, totalizando uma compra de R$ 18,8 milhões. O preço da distribuição das obras pel os Correios é de R$ 2,7milhões.  
 
* Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA 2009)

MEC compra 114 milhões de livros a um custo de R$ 622 milhões 
Agência Brasil – Amanda Cieglinski 
 
O Ministério da Educação (MEC) encerrou em 24 de agosto a compra de 114,8 milhões de livros didáticos que serão usados por 36 milhões de alunos de escolas públicas entre 2010 e 2012. No total, o gasto será de R$ 622,3 milhões. Em 2009 o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), concentrou-se na aquisição de obras para atender os alunos do 1° ao 5° ano do ensino fundamental. Os livros já virão adaptados às novas regras do acordo ortográfico. 
 
Os livros devem ser utilizados por três anos, quando é feita uma nova negociação. Apenas os livros do 1° e 2° ano são considerados “consumíveis” e utilizados por apenas um aluno. De acordo com o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino, cerca de 13% das obras adquiridas todos os anos são para reposição, ou seja, para substituir os livros que foram danificados ou não foram devolvidos. 
 
Do total de obras adquiridas para 2010, o maior volume vai para o ensino fundamental: 103,5 milhões de livros didáticos de 1.788 títulos diferentes. Cada exemplar desta etapa custará em média R$ 4,87. Para o ensino médio foram negociados 11,2 milhões de exemplares de 250 títulos para reposição. O custo da compra será de R$ 117,3 milhões com valor médio de R$ 10,48 por obra.  
 
De acordo com Torino, em relação ao ano passado houve um aumento de 5% no preço dos cadernos tipográficos (grupo de 16 páginas que compõem um livro). “Isso se deve principalmente à tiragem porque no ano passado eu tive uma tiragem global de 2,1 bilhão de cadernos tipográficos e nesse ano 1,7 bilhão. O preço é sempre muito sensível a essa quantidade que é negociada”, explica. 
 
Ao todo, 17 editoras participaram da negociação e vão produzir os livros. Segundo o FNDE, cinco grande editoras concentram 80% do atendimento: FTD, Moderna, Ática, Saraiva e Scipione. Para Torino, essa concentração é um reflexo da realidade do mercado. 
 
“Geralmente a editora que tira o primeiro lugar tem uma participação maior do mercado. O importante é que a gente não observa a manutenção de uma mesma editora no primeiro lugar, há um revezamento. A cada ano uma delas faz um investimento maior para ter obras mais atraentes e acaba sendo mais escolhida pelas escolas.” 
 
Para 2010, a FTD será a editora com o maior número de obras vendidas para o ensino fundamental: 24 milhões de exemplares ao custo de R$ 109 milhões. “A forma que a gente atua para minimizar essa concentração é estimular a participação das editoras pequenas. Como elas tem uma tiragem menor, o preço delas é maior, mas a gente leva isso em consideração. Isso pode até encarecer o programa, mas é importante ter interlocução com um número grande de editoras”, afirma. 
 
Também foram concluídas as negociações para compra das obras do Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA). Os 2,8 milhões de livros que serão utilizados por alunos das turmas do Brasil Alfabetizado totalizaram R$ 18,8 milhões a um preço médio de R$ 6,60. 
 
Além dos valores que serão repassados às editoras, o FNDE pagará aos Correios R$ 117 milhões para os custos de entrega das obras às escolas.  
 

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