Fábrica de analfabetos

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Pesquisa inédita mostra que 96% das crianças da escola pública saem da 1ª série sem ler e escrever

A escola pública foi duramente reprovada. Uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas, realizada a pedido do Instituto Ayrton Senna, com 13 mil crianças em 47 municípios brasileiros, revelou que ela fracassa logo na alfabetização. Ao terminar o primeiro ano do ensino fundamental, 96% dos alunos são analfabetos. Cerca de 54% deles não reconhecem as sílabas. Outros 42% entendem algumas palavras, mas eliminam letras pelo caminho. Enquanto na rede privada as crianças já sabem ler e escrever no pré-escolar, apenas 4% dos estudantes da rede pública conseguem isso. O ensino perpetua também a desigualdade.

As causas apontadas para esse crime pedagógico são conhecidas: professores mal capacitados, escola pouco estimulante, o não-cumprimento dos 200 dias letivos. “Sabemos que a situação é muito grave“, diz Maria José Feres, secretária de Ensino Fundamental do Ministério da Educação. O MEC só constata problemas de alfabetização na 4a série – três anos e muitos estragos depois – com a aplicação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O último resultado mostrou que 59% dos estudantes da 4a série eram incapazes de escrever um simples bilhete.

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