Estudantes estão otimistas com o retorno às escolas, segundo pesquisa

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Oito em cada dez alunos estão mais otimistas com o futuro. Grande parte dos pais e responsáveis (83%) afirmam sentir evolução na aprendizagem dos filhos. Pais e responsáveis destacam necessidade de reforço do conteúdo, mas já sentem evolução na aprendizagem.

O Banco Interamerico de Desenvolvimento (BID), o Itaú Social e a Fundação Lemann divulgaram os destaques da 8ª edição da pesquisa “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias” em nota técnica (clique aqui para acessar a página). Oito em cada dez alunos estão mais otimistas com o futuro. Grande parte dos pais e responsáveis (83%) afirmam sentir evolução na aprendizagem dos filhos, contudo, 28% pensam que escolas deveriam promover aulas de reforço e recuperação do conteúdo. Praticamente todos os entrevistados (99%) acreditam que o envolvimento dos professores na rotina dos alunos foi importante durante o período de aulas remotas. A íntegra do estudo ainda não foi disponibilizada.

Destaques

Diante de dois anos em ensino remoto, as crianças e adolescentes estão otimistas com o retorno às aulas presencial: 77% estão mais interessados nos estudos. O percentual é 17 pontos acima em comparação com a motivação de alunos ainda em EAD (60%).

Além disso, na percepção dos pais e responsáveis, 20% dos estudantes poderiam abandonar a escola, em razão da perda de interesse, não conseguir acompanhar as atividades, falta de acolhimento ou necessidade de trabalhar para ajudar a família. Destaca-se que estudantes negros (19%) se sentem menos amparados do que alunos brancos (9%) para continuar os estudos.

Desigualdades no retorno

Houve diferenças no retorno às aulas presenciais entre as regiões do país: 77% das escolas do Nordeste reabriram parcialmente, enquanto o percentual no Sudeste é de 97%. Ademais, 80% das escolas com nível socioeconômico menor (NSE) retornaram presencialmente, mas a taxa de reabertura naqueles com maior NSE é de 92%.

Entenda o contexto

Além das lacunas na aprendizagem que demandam atenção no retorno às aulas escolas, a nota técnica destaca a importância de considerar o contexto que os alunos estão inseridos. O ano de 2022 inicia com a inflação em dois dígitos, crescimento dos juros e 12,6% da população economicamente ativa desempregada, de modo que há diminuição do poder de renda das famílias e aumento da insegurança alimentar. Esse conjunto de fatores influenciam no desempenho dos alunos e retenção escolar.

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