Especialistas discutem alfabetização e letramento na infância

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Letramento diz respeito à convivência das pessoas com narrativas orais e escritas, como o contato com livros, revistas e outros textos. Esse é o assunto do Seminário Internacional de Alfabetização e Letramento na Infância, que a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) promovem nos dias 6, 7 e 8 próximos, na Sede da Embrapa, em Brasília. 

Cerca de 400 pessoas, entre professores, pesquisadores, estudantes e representantes de secretarias de educação participarão do evento. Sonia Kramer, especialista da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, apresenta a primeira conferência, Infância: Cultura, Alfabetização e Letramento, na segunda-feira, 6, às 10h30. 
 
Segundo a diretora de políticas de educação infantil e ensino fundamental da SEB, Jeanete Beauchamp, o processo de aprendizado da linguagem, que engloba a alfabetização e o letramento, começa com o nascimento, quando a criança escuta e participa de conversas, vê e ouve o mundo povoado de significados. “O processo de desenvolvimento da linguagem oral e escrita garante o desempenho na apropriação e construção do conhecimento ao longo da educação infantil, dos ensinos fundamental e médio”, afirmou Jeanete. 
 
No seminário serão debatidos temas como a cultura na infância, avaliação do processo de alfabetização, políticas públicas para alfabetização e letramento, formação de professores, políticas para formação de leitores e avaliação dos sistemas educacionais. Haverá, ainda, apresentação de experiências. Com base no conteúdo apresentado, será elaborada publicação a ser entregue pelo MEC às secretarias de educação no próximo ano. 
 
Entre os conferencistas estará Célia Díaz Argüero, do México. Em seu doutorado, ela foi orientada por Emília Ferrero, a maior especialista em alfabetização de crianças da América Latina. Na terça, 7, às 8h30, Célia participará da mesa-redonda Avaliação no Processo de Alfabetização. 
 
Na quarta-feira, 8, Luis Bernardo Peña, consultor em educação, participa da mesa-redonda Política de Formação de Leitores. Peña é professor e diretor de pós-graduação em leitura e escrita da Pontifícia Universidad Javeriana, da Colômbia. É, também, vice-diretor de leitura e escrita do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe (Cerlalc). Com ele, estará Edmir Perrotti, da Universidade de São Paulo. 

Leitura – De acordo com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2003, 55% dos alunos da quarta série do ensino fundamental tinham desempenho “crítico” e “muito crítico” em língua portuguesa. Eles não desenvolveram habilidades elementares suficientes para a série e estariam acumulando déficits educacionais graves. O baixo desempenho em leitura está presente em anos posteriores de ensino: 26,8% dos alunos da oitava série do ensino fundamental e 38,6% dos alunos da terceira série do ensino médio têm esse nível de desempenho. 
 
A avaliação evidencia que a utilização efetiva da biblioteca nas escolas faz diferença. Para a quarta série do ensino fundamental, a média de proficiência é de 168 pontos quando até 25% dos alunos usam a biblioteca. Quando o índice é de 75% dos alunos, a média sobe para 181. Quando os professores realizam atividades dirigidas nas bibliotecas, ocorrem ganhos significativos na aprendizagem.  
 

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