Ensino privado de SP cresce em ritmo menor em 2004

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Em 2004, ano que o país comemorou bons indicadores econômicos, a rede privada de ensino do Estado de São Paulo não conseguiu acompanhar o desempenho da economia do país. O ingresso de novos alunos na rede particular de ensino do Estado cresceu apenas 3,8 % em relação a 2003. No ano passado, foram registrados 65.648 novos estudantes em todos os setores educacionais (exceto a educação superior). No mesmo período, o número de novas escolas aumentou 4,8% (de 7.885 para 8.263). Apesar de constituir um resultado positivo, os valores subiram em um ritmo menor que o registrado em 2003. Naquele ano, as matrículas cresceram 10,9%, e a quantidade de escolas no Estado subiu 7,4%. (Veja tabela abaixo).  
 
Para o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), a diminuição do ritmo de crescimento não está relacionada com os indicadores econômicos, mas com o fato de o setor estar próximo da estabilidade. “Com a redução no ritmo do crescimento populacional, o crescimento do setor tende a diminuir, até se estabilizar. Acompanha o mesmo ritmo do setor público“, afirma Roberto Prado, diretor executivo da entidade.  
 
O crescimento econômico do país no ano passado refletiu na queda da inadimplência média, de 19%, em 2003, para 11,3% em 2004. Esse foi o índice registrado no acumulado de janeiro a setembro. “Depois de setembro as taxas caem muito, por causa da rematrícula e da negociação das dívidas, e deixam de ser parâmetros para a média do ano“, explica Prado. Para ele, o crescimento contínuo da educação privada significa que o setor tem seu espaço conquistado.  
 
Entre 2000 e 2004, ainda de acordo com dados da entidade, a rede particular de ensino cresceu 42,1%. “Apesar de pequeno, o crescimento econômico aumentou o poder de consumo da população. E, quando sobra algum dinheiro, a prioridade é colocar o filho numa escola particular“, afirma.  
 
Sobre o fato de 382 escolas terem sido obrigadas a fechar as portas no ano passado, Prado diz que isso faz parte das leis de mercado. “Só sobrevive, assim como em qualquer negócio, quem investe em tecnologia e qualidade. A concorrência força muitas escolas a fechar. O número [de fechamento] ainda é alto, mas a maioria teve ciclo de vida curto porque foi aberta sem pesquisa prévia, sem análise da concorrência da região. São escolinhas com creche, pré-primário e primário, menos complicadas de administrar“, explica Prado. 
 
Os dados, fornecidos pelo Sieeesp , constam do Censo Escolar 2004 e foram divulgados previamente à entidade paulista pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.

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