Ensino particular registra 24,5% de inadimplência em SP

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Instituições particulares de ensino superior do Estado de São Paulo registraram em 2008 o maior índice de inadimplência dos últimos dez anos, de 24,5%. Na região metropolitana de São Paulo a taxa foi ainda mais alta: 34,5%. Além disso, o primeiro bimestre de 2009 supera em 11% o mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte de pesquisa realizada pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) com 538 faculdades e universidades privadas.

O crescimento da falta de pagamento das mensalidades, segundo especialistas e membros do próprio setor, está relacionado à junção da crise financeira mundial com a crise específica do setor educacional privado. A pesquisa mostrou também que as instituições de pequeno porte, com até 1,5 mil alunos, registraram o maior crescimento da inadimplência de um ano para outro em relação às demais instituições: 15,3%. “Os números para nós são alarmantes e indicam que a crise econômica mundial afetou sensivelmente o ensino superior particular e aprofundou as dificuldades já enfrentadas pelo setor“, afirma o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, responsável pelo levantamento.

“O aumento da participação das classes C e D no ensino superior privado também contribui para a elevação da inadimplência, porque esse aluno entra, mas tem dificuldades em se manter no curso“, avalia o presidente do Semesp, Hermes Ferreira Figueiredo. Outro levantamento feito no início do ano pela entidade mostrou que apenas 6,9% dos alunos matriculados no ensino superior particular no País são beneficiados por algum programa de financiamento reembolsável.

A pesquisa mostrou ainda que o interior do Estado de São Paulo, que havia registrado queda na taxa de inadimplência em 2007, sofreu uma alta de 8,87%, passando de 14,9% para 16,3%. “A diferença entre os índices das duas regiões (16,3% no interior para 34,5% na região metropolitana) é influenciada pelo custo da educação. No interior os estudantes têm menos gasto com transporte, alimentação e moradia. Com o menor comprometimento da renda, há mais condições de arcar com as mensalidades“, diz Capelato. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 
 
 

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