Enem cresce em custo e erros, mas recebe apoio

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Exame custa hoje três vezes mais que antes de virar vestibular, em 2009. Representantes de escolas e educadores afirmam que ganhos com exame são maiores do que problemas.


  

Um exame que passou a servir como vestibular nacional, com 4,6 milhões de inscritos, e visa melhorar o ensino médio do país. Mas que também enfrenta problemas de aplicação e custa três vezes mais que há dois anos.

 

 Considerados os prós e os contras do novo Enem, o exame deve continuar, afirmam à Folha educadores, dirigentes e representantes de escolas e universidades. Todos, porém, cobram mudanças.

 

OBJETIVOS

 

Um dos objetivos mais elogiados é a tentativa de induzir o currículo das escolas a seguir o padrão do exame, que privilegia mais o raciocínio que o aprofundamento de matérias. Isso é factível porque o Enem ganhou mais peso ao virar um vestibular -e ficar mais importante para as escolas.

 

A mudança começou em 2009. Em 2010, a prova seleciona 83 mil calouros para as universidades federais. Junto com a expansão, veio o aumento de custos. O gasto com o exame passou de R$ 65 milhões para R$ 178 milhões, mais que o MEC destina a entidades de educação especial.

 

Veio também uma série de problemas operacionais, como o vazamento da prova do ano passado e agora erros de impressão e falhas nas instruções de fiscais.

 

APOIO COM RESSALVAS

 

“Precisamos de debate. Não contra o exame, mas para aperfeiçoá-lo”, diz o presidente em exercício da Andifes (entidade dos reitores das federais), João Luiz Martins.

 

“As mudanças no Enem são positivas, mas foram feitas de forma muito abrupta”, afirma Tufi Machado Soares, um dos maiores especialistas em avaliação e pesquisador da federal de Juiz de Fora. Ele defende os gastos, pois “os objetivos são nobres”.

 

Para Maria Helena Guimarães de Castro, presidente do Inep (órgão do MEC responsável pelo exame) na gestão FHC, “uma prova que exige Exército, Correios e milhares de fiscais no mesmo dia não tem como dar certo”. Ela defende a manutenção do exame, mas com aplicação em diversos dias, o que diminuiria a estrutura de segurança necessária.

 

Sobre o aumento dos custos, ela afirma: “Vale a pena, desde que o exame seja eficaz. Por enquanto, tem havido muitos problemas”.

 

Manifestaram apoio ao Enem UNE (União Nacional dos Estudantes), Consed (entidade dos secretários estaduais de Educação), Sieeesp (sindicato de escolas privadas de SP) e ONU (Organização das Nações Unidas).
 

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