Em carta ao MEC, alunos pedem que ensino médio dialogue com ciência e trabalho

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Bolsas de iniciação científica, cursos extracurriculares, aulas de libras, parceiras com comércio local e monitoria remunerada. Essas são algumas das propostas de 115 alunos do ensino médio, de 18 estados, para tornar essa etapa da educação mais interessante.  

 

A ideia é que essas diretrizes — levantadas no Seminário Nacional do Ensino Médio Inovador, no último mês, em Bertioga (SP) — inspirem políticas de ensino do novo governo.

 

As propostas, reunidas na chamada Carta de Bertioga, devem ser publicadas ainda nesta semana no site do Ministério da Educação (MEC). “Elas consolidam as expectativas dos jovens. Estará no pacote de informações que será transmitido para os técnicos do novo governo para inspirar propostas para o ensino médio”, afirma Ana Beatriz Cabral, diretora substituta de Concepções e Orientações Curriculares para Educação Básica, do MEC.

 

A carta foi elaborada durante o Seminário Nacional do Ensino Médio Inovador, que reuniu 313 escolas de 18 estados, que fazem parte do programa Ensino Médio Inovador, lançado pelo MEC há cerca de um ano. As escolas participantes se comprometeram a aumentar a carga horária e trabalhar com cultura, tecnologia e protagonismo do aluno.

 

Pensada a partir do tema: “O Ensino Médio que Queremos”, a carta é dividida em 17 eixos: Participação, Comunicação, Grande Curricular, Vestibular, Didática, Avaliação, Trabalho, Infraestrutura, Perfil do Aluno, Função da Escola, Acesso, Relação Aluno-Professor, Gestão Intercâmbio, Professores, Ensino Médio Inovador e Questões Gerais.

 

Ela traz propostas como incentivos a intercâmbios com alunos de outros estados e países; formação continuada para professores; auxílio monetário do governo para que alunos não precisem trabalhar; eleição direta para diretor escolar; troca de programas de rádios entre escolas; e atividades que estimulem consciência crítica, arte e esportes.

 

“Estamos em uma sociedade com novos tempos e novas tecnologias e a escola precisa incorporar essas novidades para cativar o aluno e evitar evasão”, avalia Ana Beatriz. “A carta mostra o que os jovens dizem, o que eles são e o que eles querem e o ensino médio deve ser pensado a partir dessas questões”.

 

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