Educação é o caminho para o brasil crescer

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O Brasil fechou o ano passado com um crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo a 12ª economia do planeta. E a receita para avançar está nas salas de aula. Um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas mostra que um aumento mínimo nas notas da avaliação internacional do Pisa representariam um ganho de 1 a 2,2 pontos percentuais no PIB per capita a cada ano.

A estimativa do Banco Mundial é que, com educação e saúde de qualidade, o atual PIB per capita poderia ser 66% maior – ou seja, poderia passar dos atuais R$ 46 mil para mais de R$ 76 mil.

Mas, se esse é o critério, a situação brasileira não traz boas perspectivas. Seis a cada dez estudantes do fundamental não possuem o nível básico em matemática, e um a cada dois não atinge esse parâmetro em relação à leitura, de acordo com resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). E, pior, os níveis pouco variaram ao longo de dez anos antes da pandemia.

Com o prolongado afastamento das aulas presenciais, a situação tende a se agravar. Uma estimativa do Instituto Unibanco e do Insper, ainda em 2021, indicava que, com o ensino remoto, os estudantes aprendiam apenas 17% do conteúdo de matemática e 38% do de língua portuguesa. Isso começou se refletir no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – que varia de 0 a 10 –, no qual houve uma retração de 5,9 para 5,8 pontos entre 2019 e 2021 para o ensino fundamental.

Mesmo diante de cenário tão preocupante, os investimentos reais em educação não acompanham o desafio. Quando os valores são corrigidos pela inflação, o orçamento executado (efetivamente desembolsado) pelo Ministério da Educação em 2021 – em torno de R$ 110 bilhões – é equivalente ao de 2012 – R$ 107 bilhões –, segundo dados do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE.

O estudo da Fundação Getulio Vargas comprova, de maneira substantiva, o fato de que investir em educação de qualidade não é luxo, mas a receita mais segura e consistente para o crescimento.

Publicado por O Tempo em 20/03/2023.

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