Educação do país saiu da inércia

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“O que temos que comemorar é a guinada. É termos saído da inércia”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao anunciar nesta quarta-feira, 10, que o Brasil superou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) previsto para ser alcançado em 2007. A média nacional é de 4,2 pontos na 4ª série do ensino fundamental. A nota projetada para 2007 foi 3,9. 
 
Mesmo com a boa notícia, o ministro explicou que existe um longo caminho a percorrer para o país atingir padrão de qualidade comprável aos países desenvolvidos “e à altura do potencial do povo brasileiro”. A explicação para o bom desempenho das redes públicas estaduais e municipais nos exames da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que constituem a base do Ideb, segundo Haddad, está na decisão que o MEC tomou em 2005. 
 
Naquele ano, o ministério orientou as escolas a estabelecer foco na aprendizagem, determinou que todas as escolas passariam por avaliações e fixou metas a serem alcançadas. “A reorientação dos sistemas de ensino, na minha opinião, explica os resultados positivos que divulgamos hoje”, disse. Em 2006, com a Caravana da Educação percorrendo os 26 estados da Federação e o Distrito Federal, o MEC reforçou ainda mais esse trabalho. A caravana passou estado por estado explicando o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). “Nossa atenção foi para os secretários, diretores de escolas, prefeitos e governadores. Explicamos o trabalho do MEC que envolve mais financiamento, mais gestão, metas, avaliação periódica e divulgação de resultados.” 
 
Desafio – Melhorar a qualidade do ensino médio é o principal desafio do Ministério da Educação e das redes estaduais de ensino. De acordo com o ministro, a evolução do Ideb acontece por etapas. Em 2003 e 2005, verificou-se uma melhora dos índices nos anos iniciais do ensino fundamental; em 2007, aqueles resultados refletiram-se nos índices da 8ª série. Na próxima avaliação, que será em 2009, o reflexo deve aparecer no ensino médio. “Não se consegue corrigir tudo de uma vez. É preciso compreender que essa é uma boa onda que temos que reforçar.” 
 
Mas o ministro também chama a atenção para as especificidades do ensino médio. “Para atender o que buscam os jovens, será preciso combinar políticas públicas próprias, porque eles já estão com os olhos voltados para o mercado de trabalho.” Para a juventude que cursa o ensino médio público, o governo federal, disse Haddad, começou com o livro didático, que até 2003 não existia; em 2007, expandiu o Bolsa-Família para jovens de 17 anos; e trabalha agora para oferecer transporte escolar e mais vagas gratuitas em cursos técnicos e profissionais dentro do Sistema S. 
 
Mais recursos – Sobre os investimentos que serão feitos nos sistemas de ensino para consolidar as políticas em desenvolvimento, o ministro explicou que o Plano Plurianual aprovado pelo Congresso Nacional vai agregar, daqui a três anos, R$ 19 bilhões em recursos novos para o ministério. Em 2008 e 2009, estão previstos recursos adicionais de R$ 7 bilhões para programas e ações do PDE, sendo R$ 3,5 bilhões por ano. 
 
Ideb – O cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica combina o desempenho dos alunos dos sistemas estaduais e municipais na Prova Brasil com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em provas aplicadas a cada dois anos. A Prova Brasil é um teste de leitura e matemática para turmas de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental (ou 5º e 9º anos, nos sistemas de nove anos). Os alunos do ensino médio fazem o Saeb, que também avalia habilidades em língua portuguesa (foco na leitura) e matemática (resolução de problemas). O Saeb é uma avaliação por amostra.  

Ministro destaca onda de melhoria
Portal MEC – Letícia Tancredi

A guinada da educação básica nos últimos dois anos foi maior nas séries iniciais do ensino fundamental. Assim que a onda de melhoria verificada na quarta série se estender às outras etapas, atingirá também o ensino médio. A previsão é do ministro da Educação, Fernando Haddad, feita na manhã desta quinta-feira, 12, em entrevista ao telejornal Bom Dia, Brasil, da Rede Globo. Haddad falou sobre os números do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) de 2007, divulgados na quarta-feira, 11.

O país alcançou 4,2 pontos nas séries iniciais do ensino fundamental — antes, a nota era 3,8. Nas séries finais, o índice passou de 3,5 para 3,8. No ensino médio, aumentou de 3,4 para 3,5. Nos três casos, a meta projetada para 2009 já foi atingida; no da oitava série, ultrapassada. “Não há como começar a melhorar muito no ensino médio se não começar a melhorar muito no ensino fundamental”, disse Haddad.

Em entrevista à rádios Gaúcha e Jovem Pan, o ministro destacou que há o que comemorar, como a melhoria das taxas de aprovação e das notas na Prova Brasil. Observou, porém, que ainda há muito a ser feito para o país atingir, em 2022, a meta de seis pontos no Ideb, média dos países desenvolvidos. Haddad lembrou que de 1995 a 2003, os indicadores educacionais no país decresceram e, em seguida, estagnaram. Pela primeira vez, desde que o ensino começou a ser avaliado, o Brasil conseguiu, segundo ele, reverter a tendência e colher resultados melhores.

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