Educação avança no Brasil, mas é preciso melhorar qualidade

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Apesar de apresentar melhora na inclusão de estudantes de 7 a 14 anos no ensino regular e de ter instituído um programa de assistência financeira à família condicionada à freqüência de suas crianças na escola (o Bolsa-Família), a educação no Brasil precisa melhorar em sua qualidade. Essas são algumas observações sobre o país da Internacional da Educação (IE) –a maior organização sindical de educadores do mundo–, divulgadas em seu relatório para 2004. O relatório, chamado “Barômetro da IE“, foi lançado durante o 4º Congresso Mundial da Internacional da Educação encontro que reúne delegações de mais de 150 países e que termina hoje em Porto Alegre (RS)–, traz um perfil da educação nas nações e aponta problemas e avanços.  
 
Sobre o Brasil, o documento destaca a paridade de gênero no sistema educacional (relação entre o número de meninos e meninas matriculados) e a universalização do ensino fundamental, que atende hoje a 97% dos jovens de 7 a 14 anos, mas avalia que o salto quantitativo não foi acompanhado em qualidade. O MEC (Ministério da Educação) reconhece que há um problema de qualidade na educação básica brasileira. Segundo levantamento feito pelo órgão, 55% dos alunos que concluem a quarta série do ensino fundamental têm desempenho em leitura considerado crítico ou muito crítico.  
 
Prioridades – De acordo com a sua assessoria, o ministério reitera que a qualidade é o principal alvo das políticas para este e o próximo ano e que estão sendo feitos convênios com os Estados e municípios para programas de melhoria de qualidade e de formação de professores, além da própria criação do Fundeb (o fundo de desenvolvimento do ensino básico), que pressupõe aumento de recursos da União para a educação.  
 
O relatório aponta ainda uma baixa garantia de estudo para indígenas e afrodescendentes. Sobre o atendimento a essa população, o MEC destaca a criação, neste ano, da Secretaria de Alfabetização e Diversidade, que já realiza trabalhos para a inclusão étnico-racial na educação e que, nos últimos dois meses, tem promovido debates estaduais sobre a educação da população negra.  
 
O congresso da IE aprovou, ao longo dos cinco dias de encontro, cerca de 30 resoluções relacionadas ao tema do evento: “Educação para o progresso global“. A principal delas é a decisão de pressionar governos a investir 6% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação. O Brasil investe 4,3%. 

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