Editoras começam a se adaptar à reforma ortográfica

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

As editoras já começam a se adaptar às novas regras de ortografia que começam a valer a partir de 1º de janeiro de 2009. O Ministério da Educação (MEC) deu prazo de até 2010 para que os livros didáticos estejam adaptados às novas normas da língua portuguesa. 
 
Entre as novidades, estão a supressão do trema, a queda de acentos diferenciais e as alterações na regra do hífen. Entenda as mudanças aqui. 
 
A editora do dicionário Aurélio já lançou edições revisadas do dicionário e, para modificar todo o catálogo de livros, contratou um time de 20 revisores que também está em fase de adaptação. “Algumas das novas regras são muito diferentes, então demora um pouco para a gente se adaptar e fazer as alterações”, explica a revisora Valérica Zelik.  
 
Em outra editora, a preocupação é com os professores que vão receber os novos livros. Há 300 títulos em produção e todos, já revisados, estarão em breve nas escolas. Por isso, funcionários estão sendo treinados pra dar cursos a 4 mil educadores de todo o país.  
 
Problemas na adaptação 
 
Para a Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), um dos problemas a serem enfrentados pelas editoras é a administração dos estoques. Dentro do período de transição, cada editora deverá decidir o ritmo da adaptação às novas regras. Mas, de modo geral, os lançamentos de 2009 e as reimpressões, já devem estar de acordo com as mudanças na ortografia. 
 
Em nota, a Abrelivros informou que ainda restam muitas dúvidas sobre a aplicação do acordo ortográfico. Segundo a associação, as divergências só serão resolvidas com a publicação, pela Academia Brasileira de Letras (ABL), do Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (Volp). Além do trabalho de adaptação e de revisão realizado até agora, as próximas revisões dependem desse vocabulário.  
 
Mercado editorial 
 
Se por um lado o mercado vê a necessidade de investimentos altos nessa primeira fase do processo de adaptação, por outro a expectativa é boa com relação ao futuro da literatura brasileira. 
 
O otimismo das editoras está na possibilidade de uma maior integração com outros países de língua portuguesa. Esta reforma unifica a escrita em oito países que falam o português: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.  
 

Menu de acessibilidade