Diga-me o que consegues ler e saberei o que publicar

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía 14,1 milhões de analfabetos maiores de 15 anos em 2009, ou 9,7% desta população – uma tímida redução em relação a 2004, por exemplo, quando as pesquisas apontavam 11,5% de analfabetismo neste grupo. Quando o assunto é alfabetismo funcional, entretanto, os números são bem diferentes.

 

A pesquisa Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), cuja edição de 2011 acaba de ser publicada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, permite uma visão panorâmica da década que vai de 2001 a 2011. O Inaf divide o alfabetismo em quatro níveis: analfabetismo e alfabetismo rudimentar, básico e pleno.

 

Estes três últimos referem-se ao grupo da população que o IBGE identifica como “alfabetizada”. E o que o Inaf demonstra é que nos últimos 10 anos houve redução do analfabetismo classificado como absoluto e da alfabetização rudimentar (de 39% para 27% da população), assim como um incremento do nível básico de habilidades de leitura e escrita (de 34% para 47%). No entanto, a proporção das pessoas que atingem um nível pleno de habilidades manteve-se praticamente inalterada, em torno de 26%.

 

Podemos não gostar da realidade, mas ela está muito clara nos números da pesquisa: a maior parte dos nossos leitores não tem capacidade para ler os livros resenhados em cadernos e revistas literários, mas leem, se educam, curtem e se emocionam com livros de conteúdo mais simples e de compreensão mais fácil. Continue lendo a análise e confira alguns dados e critérios do Inaf.

 

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