Debatedores sugerem como melhorar Educação Pública

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Debatedores presentes em audiência pública na comissão especial para o financiamento da Educação criticaram ontem o atual sistema de Ensino e apresentaram soluções que viabilizariam os recursos necessários para que o país tenha uma Educação de qualidade.

Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu a federalização da Educação, ressaltando que manter a Educação pública nas mãos das prefeituras é condenar o Brasil à desigualdade. Ele afirmou que a implantação da proposta levaria pelo menos 20 anos e custaria cerca de R$ 9.500 por ano por Aluno.

O senador citou gastos do governo brasileiro que, se fossem contidos, poderiam financiar esse novo modelo educacional. Entre eles, estão os gastos com propaganda, os gastos com subsídios para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar projetos com títulos do Tesouro Nacional e os gastos com isenções fiscais concedidas para automóveis e outros produtos.

— É óbvio que para tirar dinheiro daqui o povo vai ter que se sacrificar e o empresariado também, mas a pergunta é: A gente quer ou não fazer a revolução educacional? Se não quer, deixa como está, mas que o país tem o dinheiro, tem — afirmou.

A representante do movimento Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, lembrou que não basta garantir mais recursos para Educação. É necessária também, segundo ela, uma distribuição mais justa do dinheiro. Para Alejandra, o incremento de recursos não pode ser feito sem o apoio técnico aos municípios com o objetivo de aumentar a eficiência dos gastos.

— É muito importante que sejam estimulados programas que possam ajudar os municípios a executarem melhor os gastos — defendeu.

Mudanças
Entre as mudanças que precisam ser implementadas no sistema educacional, Cristovam ressaltou a necessidade de uma carreira nacional do magistério que permita a melhoria dos salários, a dedicação exclusiva do Professor, o fim da estabilidade plena desse profissional, a Educação de tempo integral e a melhoria da infraestrutura das Escolas com métodos de aprendizado mais eficientes do que o quadro-negro.

Alejandra Velasco ressaltou que a carreira de Professor não é atrativa, já que o rendimento desses profissionais representa 51,7% da média de profissionais com Educação superior.

Pisa
O representante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Idevaldo Bodião, criticou o apego, nas análises que envolvem o tema, a dados de indicadores da Educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

Segundo ele, o programa avalia apenas conteúdos operacionais para o mercado de trabalho (matemática, leitura e ciências) e não considera a Educação mais ampla do que a apropriação desses conteúdos.

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