Debate sobre união e trabalho das entidades que lutam pelo livro inicia o Rio International Publishers Summit

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O primeiro dia do Rio International Publishers Summit – evento sediado no Pavilhão Verde da Bienal do Livro Rio e realizado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com parceria do PublishNews, Abrelivros e PublisHer – iniciou sua programação na segunda-feira (4) abordando pautas urgentes do mercado editorial mundial.

Dante Cid (SNEL), Karine Pansa (IPA), Tomaz Adour (Libre), Ângelo Xavier (Abrelivros) e Alexandre Martins Fontes (ANL) falaram de temas como a liberdade de publicação – um dos pilares da International Publishers Association –, a importância dos eventos literários e das livrarias, sobre as práticas ESG e o Tratado de Marrakesh (assinado para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto impresso).

O destaque, no entanto, foi para o pedido de união entre as entidades que lutam pelo livro.

“Nossas entidades nunca estiveram tão unidas em torno de causas fundamentais para o fortalecimento da indústria editorial”, disse Martins Fontes, no manifesto, que você pode ler na íntegra clicando aqui. Mas é preciso mais. Desde a segunda edição do Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, que ocorreu em agosto, em Atibaia (SP), o setor pede mais fortemente por ações efetivas.

“A Editora WMF Martins Fontes fará tudo o que estiver ao seu alcance para não permitir que seus lançamentos sejam vendidos (por um período de seis meses) com descontos superiores a 10%”, continuou Alexandre, numa tentativa de já colocar a Lei Cortez em prática – já que esperar pela sua aprovação pode demorar e o mercado cansou de esperar.

Cooperação nacional e internacional

Outro pedido de cooperação feito no painel foi entre os eventos literários, não só no Brasil, mas em toda América Latina. Logo em seguida, Adriana Cecilia Angel, diretora da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), anunciou o Brasil como país convidado de honra em 2024.

O tema da cooperação entre os eventos foi aprofundado em seguida quando o Summit ouviu representantes de diversos eventos literários brasileiros na mesa “Políticas públicas e estratégias de cooperação”. Em comum, os eventos relataram a dificuldade em captar recursos e destacaram a importância – dita como fundamental – dos vale-livros.

Durante a tarde, o Summit discutiu ainda os novos cenários para o incentivo à leitura em um país continental, e encerrou o dia falando sobre o avanço do digital e o futuro do papel na educação.

“Não estamos falando do digital contra o impresso, estamos falando do digital e impresso. A colaboração continua essencial”, destacou José Borghino, secretário geral da IPA. Ao apresentar dados de pesquisas feitas pela associação, Borghino destacou que o conteúdo é melhor aprendido pelos alunos quando lido no impresso do que no digital e que é fundamental investir em qualidade, e ouvir o que editoras, professores e especialistas em educação têm a dizer.

Publicado por Talita Facchini – Publishnews em 05/09/2023.

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