“Vim abrir um diálogo, inclusive nas discordâncias”, disse, no dia 6, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, ao visitar o Conselho Nacional de Educação (CNE). E reafirmou que tudo tem que evoluir e modificar, mas que nada será feito sem conversa e sem diálogo. “Não tem nada pronto e nada será imposto”.
No encontro com os conselheiros, que durou uma hora e meia, o ministro apresentou os três principais eixos de seu trabalho: a erradicação do analfabetismo, a construção de uma escola ideal e a criação de uma nova universidade no Brasil. Especialmente para a modernização da universidade, o ministro pediu a contribuição do CNE para formular um projeto alternativo voltado para a captação do conhecimento na velocidade exigida nos tempos de hoje, e na formulação de um conjunto de idéias para o Brasil dos próximos anos.
– A Universidade não está em sintonia com a luta contra a exclusão social e não consegue entender o problema da pobreza. A quase totalidade do conhecimento não tem em conta a inclusão e isso precisa mudar.
Fórum – Para concretizar as reformas que pretende fazer, Cristovam Buarque pediu aos membros do CNE que não se limitem à ação de conselheiros, mas que sejam educadores e convidou a entidade a participar do Fórum da Educação Brasileira que o MEC vai promover em outubro. O objetivo desse fórum é desenhar um modelo que ele chamou “mania e paixão por Educação”. Anunciou também que vai transformar o auditório do MEC num fórum permanente de debates. O projeto vai começar com educadores, pensadores, professores e profissionais de todas as áreas discutindo Qual deve ser o projeto nacional para um mundo global?, e, uma vez por mês, vai convidar pessoas para responder a pergunta: Se você fosse ministro da Educação, o que faria? A intenção, explica Cristovam, é levantar boas idéias para serem executadas.
O presidente do CNE, José Carlos Almeida da Silva, também convidou o ministro a participar, em 18 de fevereiro, do debate Por uma nova Educação Básica, e entregou um documento preparado pelo Conselho que trata do Plano Nacional de Educação e da criação de um centro de memória da entidade, entre outros programas.