Cristovam abre seminário sobre novo Ensino Médio

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O momento para efetuar mudanças no Ensino Médio nunca foi tão favorável. Foi o que disse o ministro da Educação, Cristovam Buarque, durante a abertura do seminário Ensino Médio: Construção Política, que começou ontem (4) e termina amanhã, sexta-feira, no Hotel Nacional, em Brasília. Citando exemplos de outros países, especialmente europeus, que conseguiram melhorar os índices educacionais em razão da coalizão nacional que se formou para implementação das mudanças, o ministro lamentou apenas a ausência de representantes da juventude no Seminário. “Eles precisam nos dizer como é a escola que eles querem, porque o que expulsa o jovem da escola, em parte, é a pobreza, mas também a falta de sintonia da escola com o aluno”, afirmou Cristovam. 
 
Para o ministro, além de oferecer atendimento educacional e de saúde, também é preciso proporcionar alimentação digna, renda, emprego e, principalmente, “uma mística pela qual eles lutem, especialmente os mais pobres”. Segundo ele,“precisamos construir uma “mística” para o Brasil, que deve passar pela conclusão da abolição da escravatura”. 
 
Mudanças – O seminário Ensino Médio: Construção Política reúne 600 representantes de redes estaduais, de redes federais, de instituições particulares, além de técnicos da área de Educação, com o objetivo de traçar políticas para uma reforma do Ensino Médio, de maneira a garantir condições de acesso e de permanência de jovens e adultos nessa fase escolar, além de construir um projeto ético, político e pedagógico de ensino médio de qualidade, comprometido com as diferentes necessidades sociais e culturais da população. 
 
Para o secretário de Educação Média e Tecnológica do MEC, Antônio Ibañez, o primeiro passo para a melhoria deste nível de ensino é a instituição da obrigatoriedade do Ensino Médio. “Precisamos ainda investir na valorização do Magistério, especialmente sua formação inicial e continuada”, acrescentou. Ibañez adiantou que o MEC estuda, também, a criação de programa de doação de livros didáticos, nos moldes do que já existe para alunos do ensino fundamental público, e a concessão de bolsas de estudos para estudantes do ensino noturno. “Isso seria importante para que eles passassem para os turnos matutino e vespertino, em que teriam um melhor aproveitamento”, explicou o secretário. 
 
Os participantes do seminário se reunirão em salas temáticas para discutir educação e políticas articuladas de juventude, gestão democrática, ensino noturno, formação docente, livro didático e currículo. As conclusões serão reunidas em um único documento, com recomendações para as mudanças a serem implementadas neste nível de ensino. 

Buarque quer ampliar o ensino médio para quatro anos
Agência Brasil

A ampliação do Ensino Médio para quatro anos é uma das propostas que fazem parte da pauta do seminário “Ensino Médio Construção Política“, que teve início ontem, em Brasília. O objetivo é que os estudantes tenham a possibilidade de se preparar melhor para entrar na universidade e no mercado de trabalho.

A proposta, ainda em estudo no Ministério da Educação (MEC), pode ser adotada a partir de 2007. Esse quarto ano não será obrigatório para os estudantes que poderão fazer vestibular normalmente após o final da 3.ª série do Ensino Médio. Mas a oferta desta opção pelos estados e municípios será obrigatória, se a proposta for adotada.

A proposta é que sejam criadas três modalidades de cursos. Uma para quem quer fazer faculdade, outra para alunos que optarem pelo ensino técnico e a última para quem deseja, ou precisa, entrar logo no mercado de trabalho. A universalização é um projeto que terá início no próximo ano.

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