Crianças brasileiras sofrem de analfabetismo funcional, alerta dirigente da Undime na Câmara

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Grande parte das crianças brasileiras que já foram alfabetizadas não consegue compreender textos básicos, disse nesta terça-feira (26) a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Maria Luisa Aléssio. 
 
Ela citou três fatores ligados à baixa qualidade do ensino no país: a dificuldade de acesso, a má formação dos professores e a infra-estrutura defasada das escolas. 
 
Durante audiência pública para discutir a erradicação do analfabetismo infantil na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, ela informou que as crianças nordestinas são as maiores vítimas do ensino de má qualidade. O analfabetismo funcional (quando a criança lê e não é capaz de entender), acrescentou, atinge cerca de 75% dos alunos no estado. 
 
Segundo o Ministério da Educação, mais da metade (14.518) das escolas brasileiras de ensino fundamental não atingiu a média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é de 3,8 pontos.  
 
O representante da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Vincent Defourny, concordou com a presidente da Undime e disse que “a primeira coisa a fazer é trabalhar com os professores, os alfabetizadores“. 
 
Ele defendeu a valorização desses profissionais: “Não apenas a questão salarial, mas o reconhecimento da importância deles na sociedade“. 
 
A audiência foi sugerida pelo deputado Rogério Marinho (PSB-RN), para quem faltam de investimentos em educação. Em 2006, lembrou, o Brasil investiu 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de tudo o que é produzido no país) em educação, quando nos países desenvolvidos esse percentual chega a 6%. 
 

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