Convidados defendem a educação híbrida como uma metodologia de ensino

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

No dia 08/11 o CNE deverá apresentar minuta sobre as diretrizes nacionais para educação híbrida.

A Comissão de Educação (CE) realizou, nesta 2ª feira (26/10), audiência pública para debater o PL 2497/21, da dep. Luisa Canziani (PTB/PR), que trata sobre a oferta de Educação Híbrida. O evento foi solicitado pela dep. professora Dorinha Rezende (DEM/TO), relatora do projeto. A relatora solicitou subsídios para tratar sobre a formação dos professores e a produção de material.

Principais posicionamentos

Luiz Miguel Martins Garcia, presidente da​ União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)

Defendeu que as metas do programa Educação Conectada sejam aceleradas. Disse que o ideal seria antecipa-las de 2024 para 2022.

Informou que o ensino fundamental é a etapa que mais precisa de investimento de internet.

Afirmou que faz-se necessário explicar no PL 2497/21 o que é ensino híbrido, atividades presenciais, atividades não presencias e ensino remoto.

Ricardo Furtado, ​da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen)

Defendeu que a educação híbrida é um educação complementar e que ela não deve ser entendida como ensino à distância.

Informou que os conselhos estaduais de educação, em geral, não têm uma normatização sobre educação híbrido.

Destacou que não há ainda infraestrutura nas escolas, aparelhos ou preparação de professores para a educação híbrida.

Rosilene Correa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)

Considerou a figura do professor essencial para a aprendizagem dos alunos.

Destacou que há um movimento por parte do setor para tratar o ensino híbrido de uma forma a viabilizar o homeschooling.

Avaliou que o Brasil tem urgências maiores na educação, como resgatar os alunos que estão fora da escola.

Maria Helena Guimarães Castro, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE)

Informou que a Comissão Bicameral do CNE que discute a proposta das diretrizes nacionais sobre a educação híbrida apresentará no dia 08/11 sua minuta de parecer. A expectativa é que o CNE aprove a resolução em dezembro.

Defendeu a educação híbrida como uma forma de enriquecer o trabalho do professor e não como uma forma de substituir as aulas presenciais.

Destacou que a educação hibrida não é uma modalidade de ensino e que por trás do conceito de educação hibrida está a aprendizagem mediado por tecnologias, com interação pedagógica dos professores.

Disse que as crianças menores, nos anos iniciais, não conseguem acompanhar as aulas sem uma orientação pedagógica permanente.

Vale destacar que os relatores da Comissão Bicameral do CNE são os conselheiros Luiz Curi e Suely Menezes. Curi trata sobre a educação híbrida no âmbito da educação superior e Suely no âmbito da educação básica. Maria Helena preside a Comissão.

Natalino Uggioni, representante do Instituto Educatores

Afirmou que a aprendizagem vem sobretudo da interação com o professor.

Sugeriu não amarrar, no projeto, carga horária da educação remota, deixando as escolas livres para definir quanto tempo será presencial e quanto tempo será remoto.

A dep. Dorinha Seabra afirmou que tem muita clareza de que a educação híbrida não é um novo nome para educação a distância. “Não é uma nova modalidade. Isso é muito importante para a nossa abordagem em termos de texto.”, afirmou.

O dep. General Peternelli (PSL/SP) defendeu um modelo de educação híbrida que possa ser ministrado por meio da televisão educativa. “Um programa de televisão em horários específicos. A criança que não pode ir à aula pode ligar a televisão e acompanhar. As pessoas que moram distante, a escola que inundou, houve uma pandemia, em qualquer desses casos, a televisão pode ser um complemento à internet”, sugeriu. Também defendeu o caderno apostilado.

Menu de acessibilidade