Hoje comemoramos 30 anos e estamos especialmente orgulhosos da nossa trajetória. Em virtude da maior crise sanitária dos últimos tempos, não poderemos nos reunir para celebrar. Contudo, o distanciamento não nos impede de comemorar e compartilhar memórias com quem, literalmente, como você, nos ajuda a escrever essa história de sucesso.
Quando a Abrelivros foi criada, em 1991, contava com 10 associados e atualmente são 26 empresas. Na época da fundação, entre os nossos objetivos estava o de colaborar para o desenvolvimento educacional e cultural do país, inclusive mediante a apresentação, aos órgãos e autoridades governamentais dessas áreas, de estudos, sugestões, planos e projetos.
Lá se vão três décadas e podemos afirmar que cumprimos nosso objetivo. Contribuímos ativamente para a implementação de importantes marcos educacionais do país como os Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais, a Base Nacional Comum Curricular, a Reforma Ortográfica, entre outros.
Em 1996, com a avaliação estruturada das obras, começou a ser efetivado, nos moldes em que hoje o conhecemos, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que se tornaria uma das maiores iniciativas educacionais do mundo, com o Governo Federal se encarregando de adquirir os materiais didáticos para os alunos de escolas públicas de todo o Brasil. Cabe lembrar que em 2019 quase a metade da produção do setor livreiro foi de livros didáticos. E além destes, há livros de temáticas de contribuição inegável para formação educacional, como literatura e livros de não ficção.
Para atender as mudanças estruturais na educação e as maiores exigências para os materiais didáticos, o Brasil conta com uma indústria editorial à altura dos desafios. Ao longo dos anos, as editoras associadas à Abrelivros incorporaram os avanços tecnológicos no processo de produção de conteúdo impresso e digital. E, por isso alteramos nossa razão social de Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares para Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional.
Em 2019 foram comercializados quase 222 milhões de livros didáticos. Todos produzidos no Brasil por essa indústria que reúne equipes altamente qualificadas e, que além dos autores, incluem profissionais como pedagogos, professores, editores, revisores, diagramadores, especialistas em tecnologia da educação e em iconografia.
Olhar o passado é também uma oportunidade de projetar o futuro que queremos. E é certo que a Abrelivros seguirá participando de importantes discussões sobre o livro e a educação, tais como o papel do livro didático de transição para implementação do novo ensino médio e a reforma tributária do governo que poderá levar ao fim da isenção do tributo sobre livros. No final de 2020, por exemplo, assinamos com a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) um manifesto em defesa da preservação da imunidade tributária do livro, iniciando um movimento que estimulou um abaixo assinado em apoio com mais de 1 milhão de assinaturas. Livro não é apenas mais um produto, é educação, cultura, transformação pessoal e social. Esperamos que venham mais 30 anos de engajamento e conquistas.
Aproveito esse e-mail para também convidá-los para o debate online “Os novos desafios do professor na sala de aula”, no próximo dia 29 de abril, das 10h15 às 12h00, na Plataforma da Unibes Cultural. Em breve divulgaremos mais informações.
Presidente da Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivros)
