CNE discute inclusão de filosofia e sociologia no ensino médio

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O Conselho Nacional de Educação (CNE) reuniu-se nesta quarta-feira, 7, com representantes de diversas entidades de educação, em Brasília. Eles pediram a votação da matéria que institui o ensino obrigatório de filosofia e sociologia no ensino médio. Os conselheiros demonstraram interesse em aprová-la, mas a votação só deve ocorrer no início do próximo mês, entre os dias 4 e 6 de julho. 
 
Segundo Cesar Caligari, um dos três relatores do processo, desde o ano passado, o CNE está juntando esforços para rever as diretrizes curriculares do ensino médio. “A reunião foi importante para ouvir diretamente os argumentos. Agora faltam apenas detalhes para fechar o parecer”, comentou. 
 
Os argumentos enfatizaram o aprimoramento da formação estudantil com a inclusão das duas disciplinas nas séries finais da educação básica, que daria uma formação humanista e não só tecnicista; faria os estudantes compreenderem melhor os problemas sociais; e seria fundamental para a existência de um país soberano. Para Oswaldo Lemos, diretor de Relações Institucionais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o ensino de filosofia e sociologia na escola “contribuirá para o desenvolvimento social, político e educacional do país”. 
 
Apoio – Lejeune Mato Grosso de Carvalho, vice-presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo e um dos líderes do movimento pela aprovação, esteve na tarde de hoje, 7, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. “A votação foi adiada, mas sinaliza aprovação. Espero conseguir agora o empenho do ministro em aprovar a matéria, o que ele já demonstrou antes”, afirmou. 
 
Participaram da reunião representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conferência Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) e da Ubes.  
 
 
 
Implantação das disciplinas de sociologia e filosofia deve ser gradativa
Portal MEC – Ionice Lorenzoni  
 
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na quarta-feira, 7, que é favorável à implantação das disciplinas de sociologia e filosofia nas escolas públicas de ensino médio, desde que de forma gradual e dando liberdade aos sistemas para organizar os prazos e a carga horária.  
 
O anúncio foi feito em reunião com representantes de alunos, professores, Conselho Nacional de Educação, deputados, trabalhadores em educação e em estabelecimentos de ensino que vieram ao MEC pedir apoio para a modificação do projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. Com o projeto da forma que está – prevendo oferta obrigatória e compulsória do ensino de sociologia e filosofia –, informou o secretário de Educação Básica, Francisco das Chagas, não tem acordo, pois os sistemas de ensino não têm estrutura e nem professores para garantir sua execução. O passo que precisa ser dado, sugere o movimento de entidades, é o governo, o CNE e os que são favoráveis a implantação das duas disciplinas construírem com os deputados um acordo que torne obrigatória a oferta, mas flexível quanto ao tempo de implantação e a carga horária. 
 
Ao defender e concordar com o movimento pró-ensino de sociologia e filosofia de forma gradativa, o ministro Haddad lembrou das dificuldades que ainda têm os sistemas estaduais e municipais para levar o ensino médio às escolas rurais e o próprio MEC para estender a oferta do livro didático a todas as disciplinas do ensino médio. Hoje, disse, o ministério distribui livros de matemática e português e em 2007 distribuirá, também, o de biologia, mas ainda faltam livros de quatro disciplinas para atender plenamente as necessidades dos estudantes. 
 
Ao final do encontro, Fernando Haddad se comprometeu com as entidades da educação em levar ao presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, e ao líder do governo na Câmara, Arlindo Chináglia, pedido para que o projeto de lei seja incluído na ordem do dia e que seja votada a emenda que flexibiliza a aplicação da lei nos estados.  
 
 

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