A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promove audiência pública na quinta-feira (3) para ouvir o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, sobre cortes no orçamento da pasta para 2023.

Assim como um desvio de alguns graus altera completamente a rota de um navio, quatro anos perdidos na Educação levam a graves retrocessos nas trajetórias escolares e no desenvolvimento do país. A pouco menos de cem dias do final deste mandato do Governo Bolsonaro, ainda que os desafios da Educação brasileira não sejam exclusividade dessa gestão, em retrospectiva, o conjunto de equívocos e retrocessos do governo atual desviou a Educação Básica do avanço – ainda que lento, mas consistente – que foi conquistado pelas políticas educacionais e resultados da área.

A Secretaria de Educação Básica (SEB), do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentou, na segunda-feira (24), os cadernos de percurso pedagógico que compõem o quarto Ciclo de Avaliações Diagnósticas e Formativas. Nesta fase, a novidade é a disponibilização de cadernos específicos para o ensino médio.

A baixa execução orçamentária do Ministério da Educação (MEC) no ensino básico reflete o desleixo do governo nessa área crucial para o País. Um recente balanço realizado pelo movimento Todos pela Educação com base nos pagamentos e empenhos (fase anterior ao desembolso) do último quadrimestre de 2021 mostra que as rubricas destinadas à educação básica tiveram a menor taxa de pagamento (77%) e a menor taxa de empenho (93%) na comparação com as demais áreas do Ministério − administração e encargos, ensino superior e educação profissional.