Banco Mundial elogia Brasil, mas cobra qualidade de ensino

Um economista do Banco Mundial disse no dia 20/09 que o Brasil obteve avanços na luta contra a desigualdade por causa dos investimentos em programas sociais, mas que ainda é necessário investir mais na qualidade do ensino. Francisco Ferreira disse à BBC Brasil que programas de complementação de renda como o Bolsa Família, condicionados a fatores como permanência das crianças na escola, estão dando resultado.     No entanto, segundo ele, “é preciso complementar isso com políticas do lado da oferta educacional. Não adianta somente a criança ficar na escola, é preciso que a escola ensine mais“. “Houve melhoras no Brasil, mas elas são pequenas se comparadas ao que precisa ser feito“, disse ele. Ferreira fez as declarações durante a divulgação do relatório Eqüidade e Desenvolvimento do Banco Mundial, que ele ajudou a escrever.     Redirecionamento de gastos – O relatório afirma que a igualdade de oportunidades aumenta a possibilidade de crescimento econômico, à medida em que permite o aproveitamento de potenciais que de outra maneira seriam desperdiçados. Além disso, o estudo do Banco Mundial afirma que as oportunidades são distribuídas de forma desigual entre os países do mundo e também para parcelas da sociedade dentro do próprio país,

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Nélida Piñon leva Jabuti de Livro do Ano de Ficção

O auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina estava praticamente cheio na noite de 20 de setembro, para a cerimônia de entrega do 47º Prêmio Jabuti. Os ganhadores de cada uma das 17 categorias da premiação já haviam sido anunciados previamente e compareceram ao evento em São Paulo com a única expectativa de receberem seus quelônios metálicos. Os primeiros colocados ainda levariam para casa um cheque no valor de mil e quinhentos reais.     A grande expectativa, portanto, pairava sobre os Jabutis de Livro do Ano de Ficção e Livro do Ano de Não-Ficção, que tradicionalmente são escolhidos entre os livros finalistas das 17 categorias pelos sócios da Câmara Brasileira do Livro (CBL), do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL), da Associação Nacional de Livrarias (ANL) e da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL). Neste ano, a CBL ainda elevou para 30 mil reais a premiação de cada um dos dois Jabutis especiais, aumentando um pouco mais a expectativa pelo anúncio dos ganhadores.     Finalmente, por volta das 22h20, os dois grandes vencedores da noite foram anunciados. O Jabuti de Livro do Ano de Não-Ficção foi para Francisco Alberto Mádia de Souza, por seu livro

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Boletim Fome de Livro

Jornais se engajam no fomento à leitura    O esforço que os jornais brasileiros filiados a Associação Nacional de Jornais (ANJ) vêm fazendo para estimular o hábito da leitura é o tema central da XV Reunião Nacional do Programa Jornal e Educação e do III Seminário Ler e Pensar de Leitura e Literatura, que acontece de 4 a 6 de outubro em Curitiba, no Paraná. No evento sobre o Programa Jornal e Educação, haverá workshop sobre a utilização da Lei Rouanet nos projetos de estímulo à leitura por meio de jornais e 6 painéis, com a apresentação de diferentes experiências no Brasil.     No Seminário Ler e Pensar, haverá 2 painéis: “A importância da leitura para o aprendizado e o desenvolvimento socioeducativo“ e “A escola como espaço criativo e transformador“. O coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura, Galeno Amorim, do MinC, participará do primeiro painel. As inscrições para a XV Reunião e o III Seminário são gratuitas e devem ser feitas até o dia 26 de setembro pelos e-mails lerepensar@rpc.com.br ou clopes@rpc.com.br.    Governo anuncia compra de 50 milhões de livros didáticos para 2006    Já está concluído o processo de negociação para a compra dos livros

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Venda de livros cai ao nível de 1991

Luiz Antônio Clemente, 55, é um devorador de livros. Só em casa, tem mais de 3.000. Ele tentou passar a paixão pela leitura para seus seis filhos, mas só um herdou o gosto do pai. “Meu mais velho até que gosta, mas os outros odeiam ler“, conta. Essa paixão de Clemente pela leitura poderia ser considerada o que os matemáticos chamam de desvio estatístico. Maquinista aposentado, ele mora em Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro que tem a terceira maior população da cidade. O número de bibliotecas na região, no entanto, é zero.    Formar leitores como Clemente no Brasil é tarefa difícil. Prova disso é que o mercado editorial de livros não-didáticos teve em 2004 um desempenho em vendas igual ao verificado em 1991. Segundo a Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, foram vendidos no ano passado 289 milhões de livros, ou 1 milhão a menos do que o montante negociado no início da década passada. Os números de 2004 até representam um avanço em relação aos do ano anterior, mas isso não é lá grande coisa, já que em 2003 o mercado viveu seu pior ano desde 1992.   

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Políticas para o ensino médio serão debatidas em Brasília

A Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) promove, de 19 a 21 de setembro, no auditório do MEC, em Brasília, reunião nacional sobre políticas para o ensino médio. Serão discutidos os planos dos estados para a implementação do ensino médio integrado à educação profissional, a formação de professores no curso normal de nível médio, a implementação do ensino de língua espanhola e a vitalização do ensino médio noturno.     Representantes de todas as secretarias estaduais de educação foram convidados a discutir e aprimorar suas ações e projetos para esse nível de ensino. No primeiro dia, os estados de Pernambuco, Tocantins, Santa Catarina, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espírito Santo, Ceará, Rondônia, Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe, Alagoas e Paraíba apresentarão suas propostas de implantação do ensino médio integrado. No dia 20, os temas serão a implantação do ensino de espanhol e o ensino médio noturno. O último dia será reservado para o ensino médio normal.        

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Haddad explica Fundeb no Congresso

A implementação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) deve acontecer em duas etapas, com a inclusão das creches num segundo momento. Foi o que defendeu o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 14, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.     Segundo ele, o Ministério da Educação concorda que as creches devem ser financiadas pelo governo federal, mas acha que a discussão correta não é a inclusão ou não delas no Fundeb, e sim a inclusão de toda a educação básica em uma ou duas etapas. “Entendo que a creche deva ser financiada pelo MEC, pois é, sim, um estabelecimento de ensino, mas desejamos reabrir a discussão sobre o financiamento. O nosso objetivo é atender a mulher trabalhadora e seu filho”, declarou o ministro, ao saber que a comissão vai realizar uma audiência pública para debater o assunto.    Haddad disse receber com naturalidade o desejo dos congressistas de realizar este debate. “Se o Congresso Nacional entender que deve antecipar a discussão, não só é legítimo como o Executivo sequer poderá decidir de forma contrária”. Deixou claro, também, que caberá aos parlamentares a palavra final.    O ministro explicou que a

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Leitura dinâmica

Ser a maior editora do País em tempo recorde. A frase poderia ser um slogan meio óbvio da Editora Record, uma das grandes no ranking nacional. Mas esconde o plano ambicioso da Planeta do Brasil, que em apenas dois anos e meio de atividade está desestabilizando o mercado nacional com grandes contratações. De sua sala, no oitavo andar de um edifício que dá vista para o pulsante coração financeiro da avenida Paulista, em São Paulo, o diretor-geral da editora, o argentino César González de Kehrig, traça os objetivos da empresa. “A vocação da Planeta é essa. O grupo é líder em todos os mercados em que atua e o Brasil não pode ser exceção“, afirma. Além de Fernando Morais, já se tornaram “planetários“ o jornalista Zuenir Ventura, contratado para quatro livros inéditos; o sociólogo Paulo Lins, que tenta repetir o sucesso de Cidade de Deus com Plano mago; e Eric Nepomuceno, encarregado de um relato sobre o massacre de Eldorado do Carajás. Nos bastidores comenta-se que as conversas já estariam avançadas com Carlos Heitor Cony, Moacyr Scliar, Frei Betto e Ronaldo Costa Couto. O grupo espanhol estaria de olho também em Amyr Klink, Luis Fernando Verissimo e Drauzio Varella. Cautelosos

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Comissão aprova fim da propaganda em livro didático

A Comissão de Educação e Cultura aprovou, na semana retrasada, o Projeto de Lei 5136/05, da deputada Selma Schons (PT-PR), que proíbe qualquer tipo de propaganda comercial nos livros didáticos. O relator, deputado Humberto Michiles (PL-AM), apresentou parecer favorável à proposta. O projeto acrescenta parágrafo ao artigo 79 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), com o objetivo de abranger todas as publicações didáticas. Atualmente, a propaganda comercial é proibida apenas nos livros didáticos distribuídos pelo Ministério de Educação. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que poderá aprová-lo em caráter conclusivo.

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Afinal, copiar trechos de livros é certo ou errado?

Questão bastante sensível, principalmente em um país que há apenas alguns anos começou dar a atenção devida a ela, a discussão sobre o respeito ao direito autoral envolve de forma muito direta a academia. Por um lado, há aqueles que defendem que a produção intelectual tem de ser protegida e que o acesso e uso dela devem ser sempre remunerados. Por outro, alega-se que o direito de acesso ao conhecimento deve ser garantido para que haja o acesso à Educação, principalmente em um país em vias de desenvolvimento como o nosso. No meio desta discussão, surge o problema das cópias reprográficas de livros que são usadas tradicionalmente como forma mais fácil e barata de acesso aos conteúdos e conhecimento disseminados pelas instituições de ensino brasileiras, em especial nos cursos de graduação. Mas afinal, é correto que professores indiquem trechos ou capítulos de livros para leitura de seus alunos e que estes simplesmente os usem a partir de cópias reprográficas que não pagam direitos ao autor ou aos editores que publicaram a obra?   A lei que regula a questão dos direitos autorais é a de nº 9.610/98. O problema é que o próprio texto da lei não é conclusivo, abrindo

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