Movimento pressiona Senado a aprovar Fundeb

Cerca de 30 crianças do ensino público de Brasília, acompanhadas pelas professoras do Movimento Fundeb pra Valer, foram ao Senado nesta quinta-feira, 9 de março, pedir aos parlamentares que aprovem a proposta de emenda constitucional (PEC) do Fundo da Educação Básica (Fundeb). Após a manifestação, em frente ao Congresso Nacional, os alunos entregaram desenhos, que simbolizam a necessidade da aprovação urgente do texto, aos senadores que participaram de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que debate a matéria.     A presidente do movimento, Denise Carreira, disse que a educação pública tem pressa e a expectativa de todos é que o Fundeb entre em vigor o quanto antes. “Pedimos aos senadores que apreciem com urgência a matéria do Fundeb, para que passemos à fase da regulamentação. O texto avançou na Câmara, fruto da pressão da sociedade civil, e a expectativa é de que os senadores não deixem que o assunto caia numa disputa eleitoral.“ Segundo ela, a idéia é mostrar aos parlamentares que o Fundeb é um projeto de nação e não pode ser objeto de disputa eleitoral.    A senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) defendeu a iniciativa do movimento e disse trabalhar para que a PEC seja

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Lei evita colapso no setor e congela preço de capa

A desoneração fiscal da produção editorial, decretada em Medida Provisória pelo presidente Lula em dezembro de 2004, não foi suficiente para que o preço de capa dos livros caísse, mas foi crucial para evitar um colapso no mercado. Por causa da chamada MP do Livro, os preços ficaram praticamente congelados durante todo o ano de 2005, apresentando uma variação de 3,76%, menor que a dos indicadores de custo de vida, como o IPCA (6,41%) e IPC (5,23%). É a conclusão de um estudo que acaba de ser concluído pelo professor Francisco Anuatti Neto, do Departamento de Economia da Faculdade de Economia e Administração (FEA), da USP.     O professor acompanhou a evolução dos preços de venda ao consumidor de 88.938 títulos, de 1.236 editoras. Todos os títulos catalogados até dezembro de 2004, quando toda a cadeia produtiva ficou desobrigada do pagamento de PIS-Confins-Pasep, medida que vale também para a importação. Segundo o estudo, a média de preço de um exemplar passou de R$ 34,1 para R$ 35,4. A pesquisa registra ainda um congelamento no preço de 50.722 títulos (57,3% do total avaliado), ao mesmo tempo em que 36.872 (41,46%) sofreram reajuste e 1.344 (1,51%) tiveram redução de valor.  

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Governo quer comprar 1 milhão de laptops

Idealizador e principal executivo do projeto de produzir laptops por US$ 100 para crianças, o ex-diretor do Laboratório de Mídia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês) Nicholas Negroponte afirmou ontem que 1 milhão dessas máquinas vai estar nas escolas públicas do Brasil já em 2007.    A seu lado, César Alvarez, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontem no Palácio do Planalto que o governo colocará verba para isso no projeto do Orçamento de 2007, a ser elaborado até agosto.    Apesar de o programa já estar em andamento, o anúncio do cronograma ocorre poucos meses antes da eleição em que Lula tentará um segundo mandato.  O projeto de Negroponte foi lançado no ano passado e até há pouco tempo sua viabilidade ainda era uma incógnita. Ontem, o professor do MIT afirmou que em dez semanas estará pronto um protótipo que servirá de base para que empresas produzam o computador portátil em larga escala.    A idéia é que sejam produzidos de 5 milhões a 10 milhões numa primeira leva, de onde viria o 1 milhão para o Brasil. Ainda não está definido onde serão feitos os laptops. Segundo Alvarez, Lula

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Boletim Fome de Livro

MinC e MEC abrem consulta pública para o PNLL    Construído com a participação de algumas centenas de instituições que atuam na área do livro, leitura e bibliotecas no País e debatido com quase 50 mil pessoas em todo País durante os últimos 18 meses, o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) – que será apresentado durante o Fórum PNLL Vivaleitura, que começa no domingo (12/03), em São Paulo, dentro da Bienal Internacional do Livro – será submetido, já a partir da próxima segunda-feira (13/03), a consulta pública. A decisão faz parte da estratégia do Ministério da Cultura e do Ministério da Educação para colher novas propostas por parte daqueles que atuam no setor e, assim, ampliar ao máximo possível a participação da sociedade no processo de elaboração do PNLL. A consulta pública acontecerá pela Internet e ficará no ar até 2 de abril, Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, no endereço www.cultura.gov.br/pnll/consultapublica. As contribuições ficarão disponíveis na Internet para serem debatidas e, na medida do possível, incorporadas ao PNLL.      Brasil vai dirigir o Cerlalc    O Brasil acaba de ser eleito para presidir o Comitê Executivo do Cerlalc, o Centro Regional para o Fomento do

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Ibep amplia leque de clientes e investe em educação

O grupo Ibep está planejando novos negócios, não só no mercado editorial – onde já tem selos tradicionais como a Companhia Editora Nacional e o Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas (Ibep). Ampliar o leque de clientes da gráfica, abrir uma distribuidora de livros e investir em novas escolas são apostas do grupo.     O parque gráfico, que existe desde 1972, atendia até agosto do ano passado só as editoras da empresa. Porém, após um investimento de US$ 1 milhão feito por Jorge Yunes, diretor superintendente do grupo, fez com que a Ibep Gráfica atendesse outras empresas e faturasse, nos primeiros seis meses, R$ 15 milhões.     Hoje, a empresa imprime revistas como “Vogue“, da editora Carta Editorial, além de prestar serviço para algumas concorrentes, como Saraiva, Ática e Scipione (as duas últimas pertencem ao grupo Abril). Neste ano, a Ibep Gráfica é uma das patrocinadoras da 19 ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Yunes diz que o grupo está revitalizando o acervo da Companhia Editora Nacional (CEN), que foi criada em 1925 pelo escritor Monteiro Lobato e pelo escrituário Octalles Marcondes Ferreira.     Em 1980, a CEN foi comprada pelo Ibep e, até 2003, tinha

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Com venda de livros em alta no País, Bienal espera público recorde

Com investimento de R$ 18 milhões, dos quais R$ 2 milhões em campanha publicitária, a 19ª Bienal do Livro de São Paulo abre as portas no dia 9 e vai até o dia 19, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O objetivo do evento é estimular as vendas do mercado editorial, que já vêm crescendo.     No ano passado, as vendas de livros no País alcançaram cerca de R$ 2,7 bilhões – o número foi de R$ 2,5 bilhões em 2004. É um setor em expansão, apesar dos avanços das novas tecnologias. Em 2004, foram vendidos 288,6 milhões de livros no Brasil, 12,5% acima do número registrado em 2003, apesar da queda no número de novos títulos nesse período, de 2%, com 34.858 títulos editados. O que se explica, segundo o vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Marino Lobello, pelo fato de o preço de capa de livros que lideraram a lista dos mais vendidos serem mais altos que a média.     O importante, para Lobello, no entanto, é que as editoras estão conseguindo atrair novos leitores. Hoje, o índice de leitura do brasileiro é de 1,5 livro per capita por ano, muito baixo

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Construtivismo x Método Fônico – Telma Weisz e Fernando Capovilla

A decisão do Ministério da Educação de rever os métodos de alfabetização propostos nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) reavivou um debate que opõe, de maneira ferrenha, construtivistas e defensores do método fônico. Os PCNs orientam o trabalho do professor. Os atuais foram feitos em 1997, sob influência do construtivismo.  O método fônico baseia-se no aprendizado da associação entre fonemas e grafemas (sons e letras) e usa textos produzidos especificamente para a alfabetização. O construtivismo não prioriza essa associação e trabalha com textos que já façam parte do universo infantil.    Veja trechos das entrevistas do professor do Instituto de Psicologia da USP Fernando Capovilla, defensor do método fônico, e da educadora Telma Weisz, adepta do construtivismo, à Folha:    “Modelo é eficaz para fortalecer o raciocínio“   DA SUCURSAL DO RIO     Folha – Por que o debate entre fônicos e construtivistas é tão acirrado no Brasil?    Fernando Capovilla – Descobertas revolucionárias com novas tecnologias, como a neuroimagem funcional, refutaram os pressupostos construtivistas e levaram à revolução fônica que mudou a alfabetização mundial nos anos 90.    Baseados em pesquisas de ponta, documentos oficiais franceses, ingleses e americanos defendem a alfabetização fônica e condenam as práticas construtivistas como

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Movimento pede aprovação do Fundeb

O movimento Fundeb pra Valer, que integra a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, realiza na próxima quinta-feira, dia 9 de março, às 10h, ato público no Senado pela aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb). O movimento, diz a coordenadora Denise Carreira, quer sensibilizar os senadores para a importância e urgência do fundo, além de assegurar os avanços obtidos na Câmara dos Deputados, onde o Fundeb foi aprovado por ampla maioria em todas as comissões. “O Fundeb precisa ser visto como um projeto de nação, acima dos interesses partidários“, explica.    O objetivo é aprovar a PEC para iniciar imediatamente o processo de regulamentação e criar as condições para ampliar o financiamento a toda a educação básica. Na regulamentação, o Fundeb pra Valer quer discutir com os parlamentares, entre outros itens, o valor anual por aluno em cada nível e modalidade de ensino, o sistema de controle social dos recursos do fundo e o piso nacional do salário dos professores.    O Fundeb, que substitui o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), vai ampliar os investimentos na educação. Hoje o Fundef destina recursos para os alunos do ensino

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Concurso Literatura para Todos já recebeu 200 inscrições

Os jovens e adultos que estão concluindo a alfabetização em centenas de salas de aula em todo o país vão receber, este ano, obras literárias produzidas especialmente para eles. São 2,4 milhões de livros, de oito gêneros literários, que serão selecionados por especialistas entre as obras inscritas para o concurso Literatura para Todos. As inscrições podem ser feitas até 16 de março na página eletrônica do concurso. A relação dos ganhadores será divulgada em 5 de maio.    Escritores profissionais e amadores podem concorrer em várias modalidades: conto ou novela, crônica, poesia, biografia ou relato de viagem, ensaio ou reportagem; textos da tradição oral: esquetes, scripts, peças teatrais, roteiros de vídeo, cinema, quadrinhos; texto utilizando linguagem das tecnologias de informação e comunicação (e-mail, blog, comunidades virtuais, grupos de discussão etc.). A obra deverá ser inédita.     O concurso selecionará oito livros, um de cada gênero, para produção, publicação, divulgação e distribuição. O Ministério da Educação vai distribuir R$ 80 mil em prêmios, sendo R$ 10 mil para cada vencedor. A edição inicial será de 2,4 milhões de livros, sendo 300 mil de cada gênero. Os textos devem considerar o público-alvo do concurso: jovens e adultos recém-alfabetizados. Para estes novos

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