Boletim do PNLL

Consulta Pública continua a receber sugestões da sociedade ao PNLL    Escritores, bibliotecários, professores, editores, jornalistas, livreiros, artistas e administradores públicos e de empresas privada estão entre os que mais estão participando da Consulta Pública aberta pelo Ministério da Cultura e Ministério da Educação sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura. Até o dia 02/04, duas semanas após a apresentação do PNLL na Bienal Internacional do Livro de São Paulo pelos ministros Gilberto Gil e Fernando Haddad, nada menos do que 125 profissionais, dirigentes e leitores em geral enviaram sua contribuição. Esta é uma nova etapa do amplo processo de participação popular iniciado em 2005, durante as comemorações do Ano Ibero-americano da Leitura, o Vivaleitura, quando começou a debatido e estruturado o Plano. Até agora, cerca de 50 mil lideranças do setor participaram do processo de elaboração do Plano. Sua versão inicial – apresentada no Fórum PNLL Vivaleitura, em São Paulo – reúne cerca de 200 projetos, programas e outras ações de fomento ao livro, à leitura, à literatura e às bibliotecas, em iniciativas tanto do Estado (governos federal, estaduais e municipais), como do setor privado, instituições não-governamentais e pessoas físicas. Outras ações serão, durante o todo este primeiro

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Para educadores, ensino básico influencia vestibular

A discussão sobre as “Formas de Acesso ao Ensino Superior“ chegou ao ensino básico. De acordo com os especialistas em educação que debateram o tema, na última terça-feira, dia 4 de abril, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), a questão não se resume à relação ensino médio/ensino superior. Convidados para debater o assunto, os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Corrêa, doutor em educação e Maurício Luz, assessor da pró-reitoria de graduação, e a professora aposentada da Unicamp e coordenadora do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no governo Fernando Henrique Cardoso, Maria Inês Fini levantaram a questão da qualidade do ensino básico como ponto fundamental para diminuir as injustiças causadas pelo vestibular. Os três qualificaram o vestibular como um mal, mas não apontaram nenhum caminho alternartivo para substituí-lo. O encontro, mediado pela professora Marieta Ferreira, coordenadora do Projeto FGV Ensino Médio, contou com a presença de professores do ensino médio que cobraram uma maior articulação da universidade com as escolas e reclamaram do calendário dos vestibulares. Segundo ele, a realização de provas antes do final do ano letivo prejudica o ensino.     Primeiro a falar sobre o assunto, Marcelo Corrêa fez um breve histórico do

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Mídias alternativas como combate a pirataria

Ameaçadas pelas cópias reprográficas ilícitas nas universidades, a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR) e a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) estão juntas em um projeto que visa oferecer outras alternativas para aquisição, de forma lícita, de conteúdo acadêmico pelos estudantes. É a Plataforma Eletrônica de Venda de Conteúdo.     Segundo um informativo enviado pelas duas associações: “O nível de urgência de tal iniciativa já era crescente não somente pelo desenvolvimento das novas tecnologias/mídias, em especial a Internet, mas também pela demanda que era imposta às editoras de livros universitários”. Vencidas pela prática da cópia nos centros acadêmicos, as duas associações resolveram seguir o velho ditado popular: “se você não pode vencê-los, una-se a eles”.     A Plataforma Eletrônica de Venda de Conteúdo, que já teve a adesão e suporte financeiro das principais editoras acadêmicas brasileiras, tem como objetivo legalizar a prática da cópia, assim como já aconteceu com o mercado da música ao comercializar músicas pela Internet. E a estimativa das associações é de que o processo se torne acessível já no próximo semestre letivo. No entanto, a viabilização do investimento não depende apenas do investimento ou da parte técnica envolvida já em andamento, mas também

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Abertas as inscrições para o Prêmio Vivaleitura

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Vivaleitura, uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Cultura (MinC) e Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela Internet (www.premiovivaleitura.org.br) ou via postal (veja serviço abaixo). O prazo de inscrição vai até 15 de junho de 2006.     O prêmio tem o objetivo de estimular, fomentar e reconhecer as melhores experiências relacionadas à leitura. A ação tem execução e patrocínio da Fundação Santillana e apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O Prêmio Vivaleitura faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).    Dividido em três categorias de abrangência nacional, poderão concorrer ao prêmio instituições, órgãos e pessoas físicas. Os trabalhos podem ser inscritos em três categorias: bibliotecas públicas, privadas e comunitárias; escolas públicas e privadas; e pessoas físicas, universidades e instituições da sociedade que desenvolvam trabalhos na área da leitura. Em cada categoria, os vencedores receberão um prêmio de R$ 25 mil.    Para a fase final da premiação, serão selecionados cinco projetos de cada categoria, de acordo com critérios como originalidade,

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Radiografia da educação

O Brasil gasta muito com educação ? Os números parecem indicar que sim. Os governos gostam de dizer que aplicam muito. Mas os números devem ser lidos com atenção. Por trás deles está uma realidade perversa, investimentos errados e precariedade. O Brasil investe em educação um percentual do Produto Interno Bruto (PIB), semelhante ao de alguns vizinhos. Mas, na rede pública, mais de 90% dos alunos não conseguem entender o que lêem. O dinheiro é mal gasto e os números enganam. O Brasil realmente investe em educação um percentual semelhante ao de países como a Alemanha. Mas a quantidade de jovens brasileiros em idade escolar é muito maior. Além disso, grande parte dos recursos vai para o ensino superior, acessível apenas para uma minoria. Para os especialistas o mais importante é garantir a qualidade desde o Ensino Fundamental.     O mundo se abre diante de olhos atentos. A história contada pela professora faz a criançada viajar. Aprendizado com prazer. A escola mantida por uma universidade é modelo – distante da maioria das crianças do Brasil. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil gasta 4% com a educação – mais que a Argentina (3,9%), tanto quanto o Chile

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Iniciativa das editoras Ática e Scipione leva propostas sobre educação ao futuro presidente

As editoras Ática e Scipione lançaram ontem um projeto inédito em todo o país, que tem como foco a melhoria da educação. “Reescrevendo a Educação: Propostas para um Brasil melhor“ reunirá, no portal www.reescrevendoaeducacao.com.br, artigos de nomes expressivos do país, para discussão de temas como Formação de Educadores, Analfabetismo Funcional, Alfabetização, Qualidade e Acesso na Educação Infantil, Universalização e Qualidade no Ensino Médio e Avaliação e Qualidade na Educação. O conteúdo produzido durante o projeto será entregue aos candidatos eleitos ao segundo turno da eleição presidencial ou ao presidente eleito, no caso de a eleição ser decidida no primeiro turno. O projeto tem o apoio da Fundação Victor Civita.    Os artigos serão produzidos por uma lista de articulistas formada por Cláudio de Moura Castro, Cristovam Buarque, Gilson Schwartz, Guilherme Leal, Gustavo Ioschpe, Jorge Gerdau Johannpeter, Maria Malta Campos, Mario Sérgio Cortella, Paulo Renato de Souza, Telma Weisz e Vera Masagão, com conclusão dos trabalhos por Roberto Civita, presidente e editor do Grupo Abril. Os internautas, que deverão se cadastrar no portal, poderão contribuir com opiniões nos chats que serão agendados com os articulistas e no espaço dedicado aos debates. O objetivo, ao promover esse diálogo, é possibilitar que a

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Um país que não lê

Na última década, praticamente todas as crianças brasileiras em idade escolar foram matriculadas. A taxa nacional de analfabetismo também recuou. Hoje, cerca de 98% dos jovens brasileiros conseguem escrever o próprio nome ou ler um letreiro de ônibus. Mas o país ainda está alguns capítulos atrás do aceitável em termos educacionais.   Dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) mostram que, em média, cada brasileiro lê o equivalente a 1,8 livro por ano. Longe do que se vê em países como França e Estados Unidos, onde cada pessoa lê de cinco a sete livros por ano. Em rankings internacionais de leitura de países ricos ou em desenvolvimento, o Brasil é lanterninha, atrás de outros latinos como Argentina e México. Um terço dos alunos brasileiros de 1a a 4a série nunca pegou espontaneamente um livro para ler.   Um dos argumentos mais usados para justificar isso é o preço do livro. Não é uma explicação convincente. Cerca de 45 milhões de lares no país têm TV em cores. A mais barata sai por R$ 300, o que equivale a um pacote de livros. Além disso, as bibliotecas públicas e das escolas – quando existem – são pouco usadas. Os motivos populares

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MEC vai concluir até o final do ano cadastro de alunos

O Ministério da Educação (MEC) espera concluir até o final deste ano o cadastramento de todos os alunos da educação básica do país. O período de inscrição dos dados está aberto. Na segunda, dia 3, o ministro Fernando Haddad informou que o levantamento já possuía dados de 43,2 milhões de estudantes. O número é inferior ao do Censo Escolar 2005, que aponta 56,4 milhões -diferença de 13 milhões. Os dados, porém, estão incompletos.     Dados fornecidos no dia 3 tinham como base os dados tabulados até o último dia 23, quando 51,4% dos municípios haviam fornecido 100% dos dados. Ontem, o cadastro já contava com 47,4 milhões de alunos. A perspectiva do Inep (instituto de estatísticas do MEC) é que somente ao final deste ano todos os estudantes estejam cadastrados.     “Esperamos que o número do cadastro seja inferior ao do Censo, mas não muito“, disse Maria Inês Pestana, diretora de estatísticas da educação básica do Inep. Sobre a suspeita de que alguns Estados e municípios inflem os números para ganhar mais verbas federais, Pestana afirmou que “isso existe, mas deverá aparecer pouco significativamente“.         Investimentos em educação terão mais transparência Portal MEC – Rodrigo

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A rede das livrarias piratas

Marcelo Duarte, da editora Panda Books, descobriu recentemente que o grande sucesso atual de seu catálogo pode ser obtido de graça. Terceiro lugar na lista de não-ficção de VEJA nesta semana, O Doce Veneno do Escorpião, coletânea de pornoconfissões da ex-garota de programa Bruna Surfistinha, é oferecido sem custo em vários sites da internet. Uma cópia do livro – ilegal, pois feita sem a autorização da editora, que detém os direitos de reprodução da obra – já chegou, via e-mail, até o indignado Duarte, que não sabe como agir diante do problema.   “Se na rua a gente vê bancas vendendo CDs piratas, que esperança eu posso ter de controlar a distribuição de um livro pela internet?“, reclama.     Ao abrir a possibilidade de que os usuários baixem músicas livremente, a internet se transformou no pesadelo da indústria fonográfica. O mercado livreiro ainda não foi atingido do mesmo modo, talvez porque copiar um livro digitalmente seja um processo trabalhoso – é preciso escanear cada página.     A principal preocupação de entidades dedicadas a zelar pelos direitos autorais, como a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), ainda é combater as velhas fotocopiadoras instaladas nas universidades. Mas o temor de

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