OEI lança caderno sobre políticas do livro e leitura

A publicação, editada em parceria com o selo Cultura Acadêmica, da Editora Unesp, apresenta reflexões, compromissos e propostas dos quatro principais candidatos a presidente da República nas eleições de outubro e traça um panorama dessa política setorial nos últimos anos no Brasil com a pretensão de servir de marco para as ações do próximo governo.    Organizado por Galeno Amorim e prefaciado pelo diretor da OEI no Brasil, Daniel González, Políticas Públicas do Livro e Leitura (64 páginas, 16×23 cm, R$ 9,00) tem entre seus autores nomes conhecidos da vida política e acadêmica nacional. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e deputado federal Chico Alencar assina o capítulo dedicado ao PSol e aos partidos que apóiam a candidatura da senadora Heloisa Helena.    Já o candidato a presidente da República pelo PDT, senador Cristovam Buarque, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) e ex-governador do Distrito Federal, escreveu ele próprio o texto que apresenta as idéias dos seus partidários sobre o tema. Pela coligação que apóia a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, os autores são o secretário nacional de Cultura do PT, Glauber Piva, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Hamilton

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Estudo prova influência da educação no desenvolvimento econômico

Por que o Brasil cresce economicamente em níveis tão baixos se comparado a países em similar grau de desenvolvimento, como o seus pares na América Latina ou a China e a Índia? A questão foi o cerne da Avaliação da Economia do Conhecimento no Brasil, cujos resultados preliminares foram divulgados pelo Banco Mundial.   Na prática, trata-se de um benchmarking do Brasil com 128 países, incluindo China, Coréia, Chile, Argentina, Colômbia e países-membros da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “O objetivo foi responder por que o Brasil se desenvolve em níveis mais baixos em comparação a outros países em igual situação”, afirma Alberto Rodriguez, especialista em educação responsável pelo estudo.    Segundo a avaliação, comparativamente, não há como alegar que o Brasil não cresce apenas por questões macroeconômicas ou por um sistema de inovações.   A melhoria da eficiência e da efetividade geral do ensino e dos sistemas de treinamento, atrelado a uma aproximação da academia ao setor industrial, são os caminhos indicados pelo banco. Isto é, a melhoria da educação brasileira em prol de um modelo de desenvolvimento.   Para entender como os pesquisadores chegaram a essa conclusão é preciso rever a metodologia do estudo, que estabeleceu

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Projeto estuda novas ações para incentivar a leitura

O governo e a iniciativa privada querem dobrar o número de leitores no Brasil até 2010. Para isso, criou-se o Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), que vai relacionar, até o fim do ano, as ações de incentivo à leitura do País, de iniciativa do Estado, de instituições privadas ou individuais, e levar ao próximo presidente da República um plano de fomento à atividade. “Hoje, cada brasileiro lê 1,8 livro por ano, abaixo da Colômbia (2,4) e muito menos que a França (7) e os Estados Unidos (5)“, enumera o diretor do Comitê Diretivo do PNLL, José Marques Castilho Neto, também presidente da Fundação Editora Unesp. “Pela primeira vez, o Estado, representado pelos Ministérios da Cultura e da Educação, e os setores privados ligados ao livro – escritores, editores, livreiros, etc. – se reúnem com o mesmo objetivo.“    Segundo Marques, o Brasil vive uma situação curiosa. O governo federal é o maior comprador de livros do mundo, mas pouca gente lê. O pobre vê o livro como um símbolo de status e as classes média e alta têm outras prioridades. Embora se leia tão pouco no País, especialmente porque boa parte da população raramente abre um livro,

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Plano Nacional de Livro e Leitura: muitas páginas ainda em branco

Para ele, o mercado editorial brasileiro ainda conserva muitas páginas em branco – e há uma grande parcela do público a ser conquistada. Políticas públicas ineficientes, alto preço dos exemplares, pequeno número de bibliotecas e forte tradição oral dos brasileiros são alguns dos entraves apontados pelo especialista. Circunstâncias que só fazem aumentar a responsabilidade das escolas – e dos professores – no fomento de uma nova geração de leitores. O estímulo à leitura é daquelas medidas defendidas de forma unânime por todos os segmentos, mas que, tradicionalmente, tem sido relegada a segundo plano – pelo menos do ponto de vista das políticas públicas. Afinal, não há outra explicação a não ser este descaso histórico para o fato de o brasileiro ler, em média, menos de dois livros por ano. Em países como a França este índice chega a sete obras anuais. Com o objetivo de melhorar estes e outros indicadores, o Plano Nacional de Livro e Leitura busca, por intermédio de ações integradas entre os Ministérios da Educação e da Cultura, além de instituições da sociedade civil, trazer o livro para o dia-a-dia do brasileiro. O novo coordenador-executivo do plano, José Castilho Marques Neto, que tomou posse na última quarta-feira,

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Candidatos recebem manifesto do livro

Dois candidatos a presidente da República, os senadores Cristovam Buarque, do PDT, e Heloisa Helena, do PSol, receberam nesta terça-feira (05/09), em Brasília, o Manifesto do Povo do Livro, um documento assinado por mais de 1.500 escritores, dirigentes e profissionais do livro e da leitura no Brasil. As duas cerimônias aconteceram no Café Literário, dentro da Feira do Livro de Brasília, que ficou lotado de escritores, bibliotecários, livreiros, editores e educadores.    Os dois candidatos receberam o documento e se comprometeram a incorporar as questões apresentadas pelas personalidades da área do livro no Brasil em seus programas de governo e, sobretudo, a implementá-las caso sejam eleitos. Cristovam esteve pela manhã no local e Heloisa Helena no início da tarde. Os dois percorreram a feira, foram reconhecidos e conversaram com leitores e deram autógrafos.    O escritor e cartunista Ziraldo, que falou em nome dos escritores, destacou a importância da leitura na Educação e fez uma veemente defesa do papel da leitura para o desenvolvimento do país e da cidadania. O presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Oswaldo Siciliano, disse que começa a haver uma pressão cada vez maior por parte da sociedade para que o livro e a leitura

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Movimento quer melhorar a educação brasileira

O nível de conhecimento de um aluno de oitava série no Brasil é similar ao de um estudante de quarta série nos países desenvolvidos, diz o Prova Brasil, exame realizado pelo Ministério da Educação (MEC). 75% dos brasileiros são analfabetos funcionais – lêem e não entendem -, mostra o Instituto Paulo Montenegro. Além disso, apenas 84% das crianças concluem a quarta série e 57% completam o ensino fundamental, adverte o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).    Estes e muitos outros indicadores descrevem a ainda obscura realidade da educação brasileira. Para tentar modificar essa situação, um grupo de empresários e representantes da sociedade civil, com a ajuda do governo, se prepara para lançar um movimento que tem por objetivo melhorar a qualidade da educação do país até 2022, bicentenário da Independência do Brasil.    Chamado de Compromisso Todos pela Educação, a campanha será lançada no próximo dia 6 de setembro no Museu do Ipiranga, em São Paulo. No evento, serão apresentadas as cinco metas que guiarão o movimento. Entre elas estão o acesso, permanência e sucesso da criança na escola. Mais concretamente, o grupo pretende que 98% das crianças e jovens entre quatro e 17 anos estejam na escola daqui

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Fundeb fica para depois da eleição

A pequena chance de aprovação do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb) antes das eleições foi sepultada ontem. O quorum de deputados foi suficiente apenas para a instalação da comissão especial que vai discutir a proposta de emenda à Constituição (PEC), modificada pelos senadores no fim de junho, e para a escolha do presidente e da relatora da comissão, os deputados Severiano Alves (PDT-BA), Iara Bernardi (PT-SP), respectivamente. A situação poderia ser ainda pior se a parlamentar, que foi relatora do Fundeb na primeira vez que a matéria tramitou na Câmara, não tivesse passado horas no telefone do plenário praticamente coagindo os colegas a comparecer à reunião.     A cada telefonema, a deputada explicava a importância do tema. “Tem gente que não agüenta mais me ouvir falando do Fundeb“, brincou. Para se ter uma idéia da dificuldade de envolver os deputados na questão, não houve escolha de vice-presidente da comissão especial, por falta de candidatos. Apesar de inúmeros pedidos dos seis colegas presentes à reunião, o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) se recusou a concorrer. “Não sou candidato!“, repetia o parlamentar, que é da oposição e por isso não queria se envolver com o projeto do governo.    

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Controvérsias são ”disputa pela história”

As controvérsias em torno dos livros didáticos ocorrem sobretudo no ensino de história e revelam uma “disputa pelo passado“, afirma Kazumi Munakata, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, um dos principais especialistas no tema do país.    “Essa disputa ocorre em particular com os livros de história. O Brasil é mais ou menos imune a isso, mas tem acontecido, por exemplo, nos países europeus, por conta da União Européia, da alteração da geografia“, diz.  Um caso recente, conta ele, ocorreu na antiga Iugoslávia, onde livros didáticos agora circulam com um carimbo sobre a imagem do ex-ditador Slobodan Milosevic com os dizeres: “Desconsiderar essa foto“.    “Com isso, se resolvem duas coisas: as memórias históricas estão sendo reescritas o tempo todo, e ao mesmo tempo, o mercado editorial não tem condições de dar resposta imediata a isso.“    Outro exemplo de disputa pela história, segundo Munakata, é o incidente diplomático do ano passado envolvendo Japão e China. Pequim reclama que os livros didáticos japoneses ocultam as atrocidades cometidas na China pelo Exército imperial durante a Segunda Guerra.    “No Japão, os livros sempre foram muito nacionalistas“, afirma Munakata, japonês radicado no Brasil. “A Segunda Guerra é muito dolorosa para as

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Escritores e entidades do livro entregam manifesto aos candidatos

Escritores, dirigentes de entidades de classe e profissionais do livro e da leitura no Brasil começam a entregar, a partir desta terça-feira (05/09), em Brasília, um documento assinado por mais de 1.000 personalidades da área aos candidatos à Presidência da República nas eleições de 1º de outubro. O primeiro a receber o texto, chamado de Manifesto do Povo do Livro, será o senador Cristovam Buarque, candidato do PDT, às 11 horas, no Café Literário, na Feira do Livro de Brasília (Pátio Brasil Shopping). Nos próximos dias, o texto será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, a Geraldo Alckmin, do PSDB, e a Heloisa Helena, do PSol.    O manifesto faz um apelo àquele que for governar o Brasil a partir de 2007 para que a questão do livro e da leitura no país passe a ter o tratamento de política de Estado e seja incluída entre as prioridades nacionais como forma de obter o desenvolvimento econômico e social. A prática da leitura e da escrita, diz o documento, deve ser vista como “estratégia de enfrentamento do drama da fome, da pobreza, da ignorância e da violência urbana para colocar o Brasil (…) no rumo do desenvolvimento,

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