Boletim do PNLL

Democratizando a Literatura Acadêmica    O Projeto IEC/IPES: Democratizando a Literatura Acadêmica, que integra o Eixo 1 (Democratização do acesso) do PNLL, tem por objetivo ampliar e renovar o acervo das bibliotecas do Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho e do Instituto José Marrocos de Pesquisa e Estudos Sócio Culturais, no Ceará. Com as bibliotecas reequipadas, professores e alunos, assim como a comunidade em geral, ganham um espaço para a pesquisa, leitura e socialização de conhecimentos em História, Sociologia, Antropologia, Cultura e Ecologia.    Blitz da Leitura    A distribuição gratuita de revistas de palavras-cruzadas, gibis e outros materiais em escolas públicas é a principal ação do projeto Blitz da Leitura, desenvolvido na cidade de Governador Valadares (MG) e que integra o Eixo 1 do PNLL. O objetivo é fazer com que as crianças carentes da pré-escola, primário e fundamental cultivem o hábito de leitura e também, por meio de parcerias, tenham facilitado o acesso ao teatro e outras manifestações culturais. Há também a realização de eventos, como concursos e o dia do gibi, onde é efetuado o acompanhamento das crianças, além de um trabalho junto aos pais para que estes incentivem seus filhos na leitura dos materiais e na

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Quem educa cresce?

O século XVIII, Voltaire, o filósofo e historiador francês, já teorizava: “Educar mal um homem é dissipar capitais e preparar dores e perdas à sociedade.” Mais de 200 anos depois, tornou-se consenso na academia a idéia de que, sem educação, é impossível fazer uma sociedade crescer.     Demorou, mas parece que o presidente Lula se deu conta disso. Na terça-feira 24, ele lançou no Palácio do Planalto o PDE, sigla para Plano de Desenvolvimento da Educação. É uma espécie de irmão siamês do PAC, o propalado programa para acelerar a economia. Trata-se de um pacote de 47 medidas destinadas a melhorar o ensino. Há previsão de mais dinheiro para as escolas, salários melhores e mais qualificação para os professores e abertura de mais vagas nas universidades.     “Se nós implantarmos tudo o que anunciamos aqui, certamente passaremos para a história como a geração de políticos que preparou, como legado para a juventude, um sistema de educação que finalmente pôde colocar o Brasil em pé de igualdade com qualquer país do mundo”, festejou Lula.     Não seria utopia? “É de fato uma utopia, mas uma utopia que a experiência internacional demonstra ser realizável. Uma nação, quando se coloca

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Ele vai salvar a educação?

Há vários anos se sabe que o Brasil não tem como avançar sem investir na qualidade da educação. Mas, até a semana passada, não havia nenhum plano de ação para melhorar o desempenho do ensino do país. Este é o grande avanço do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), anunciado pelo presidente Lula na terça-feira 24. É o primeiro programa para a área que incorpora visões modernas do problema e um consenso dos movimentos civis pelo ensino.     Como em todo pacote de muitas medidas (são 47), há reedição e ampliação de velhas iniciativas (como a criação de escolas técnicas em cidades-pólo) e projetos de lei que dependem do Congresso (um deles cria o piso de R$ 850 para os professores). Mas seu cerne é uma inovação no Brasil: finalmente o país terá um sistema simples de cobrança de resultados e recompensas para as escolas que cumprirem os objetivos. O plano dá um salto em relação aos anteriores porque o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, não chegou ao cargo com uma bandeira política pessoal.     De forma pragmática, Haddad primeiro tratou de agregar os diversos grupos de interesse na área. Logo que virou ministro, em julho de

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Escola pública é objeto de desejo de grandes editoras

As novas diretrizes do governo federal para o ensino básico, que injetam mais dinheiro na compra de material didático e dão maior liberdade ao municípios, ampliam vendas de apostilas e treinamento de professores. A rede pública, que já vinha atraindo editoras antes dedicadas ao ensino privado, é hoje mercado estratégico para empresas como Anglo, Positivo e Sistema Uno (da Santillana).     São dois os principais fatores que influenciam essa aposta: a disposição do governo em investir mais em educação, através do recém-lançado Plano de Desenvolvimento da Educação, que destinará mais de R$ 8 bilhões até 2010 ao ensino básico; e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), criado em dezembro de 2006.     “Além do maior investimento em educação, o PDE e o Fundeb aumentam a autonomia das prefeituras, que podem decidir pelo livro didático oferecido pelo governo federal ou comprar um sistema de ensino“, diz Ryon Braga, presidente da consultoria Hoper Educacional. O sistema de ensino vendido pelas editoras reúne, em geral, apostilas, treinamento de professores e assessoria pedagógica.     Segundo Braga, o projeto que antecedia o Fundeb, autorizava o uso de sistemas de ensino apenas para o nível fundamental. Com a criação

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Muitos livros, mas pouco interesse

O governo brasileiro é o maior comprador de livros didáticos do mundo. Só neste ano foram 120,7 milhões de exemplares para os ensinos fundamental e médio, alfabetização de adultos e edições em braile. Estados e municípios ainda recebem bibliotecas, DVDs, vídeos e outros materiais de apoio aos professores. Ainda assim, a escola brasileira não consegue fazer seus alunos aprenderem ou se interessarem pelas aulas.     Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005 mostram que 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos não foram à escola naquele ano – 40% disseram que era por falta de vontade de estudar.     Para alguns especialistas, a razão da falta de interesse nas escolas é profunda. “O método de aprendizagem que existe hoje nas escolas é antinatural”, analisa Ben Sangari, presidente do Instituto Sangari, especialista em metodologia de educação. “Em geral, as crianças experimentam, investigam, questionam as coisas”, diz ele. “Mas, quando entram na escola, não aprendem da forma que lhes é natural. O problema não é o professor, o livro, a sala de aula, mas o método.”    Jorge Werthein, ex-representante da Unesco e hoje diretor da Rede de Informação Tecnológica da América Latina, concorda.

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Brasil conseguiu dar escola às crianças, mas desafio é ensinar a ler

Thamyris esteve pela primeira vez em uma sala de aula antes dos 4 anos, quando começou a freqüentar a creche. Jonas entrou direto na 1ª série porque o ensino era obrigatório. Hoje, Thamyris está com 13 anos, cursando a 7ª série e pensa em fazer faculdade para ser professora. Aos 14 anos, Jonas também está na 7ª, repetiu um ano e diz que pretende ser técnico de som.    O caminho dessas duas crianças têm em comum a escola pública no Brasil, uma rede que abriga 48,5 milhões de alunos – cerca de 87% das matrículas no ensino básico, que vai do infantil ao médio. Desde a década de 90, o País praticamente universalizou o ensino fundamental, com 97% das crianças de 7 a 14 anos matriculadas. O problema, porém, é que quantidade não significa qualidade. Isso porque 55% dos estudantes da 4ª série estavam na faixa crítica ou muito crítica na área de leitura, ou seja, no máximo conseguiam ler frases simples, segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2003, último disponível pela classificação que variava de avançado a muito crítico.    Em dez anos, as médias gerais do Saeb, que avalia português e matemática, caíram até

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Mais escolaridade, mas analfabetismo funcional persiste

De acordo com as informações do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), no período de 2001 a 2005, a escolaridade da população brasileira vem aumentando significativamente. Os dados do IBGE mostram, por exemplo, que a parcela de pessoas de 15 a 64 anos com no máximo quatro anos de estudo caiu de 37,9% para 33,6% entre 2002 e 2005, enquanto que a proporção daqueles que completaram o ensino médio ou superior subiu de 35,5% para 40,8% no mesmo período.     O INAF mostra, no entanto, que este aumento da escolaridade ainda não garante resultados positivos em termos de alfabetismo funcional. Outro dado, já conhecido pelo mercado livreiro, é de que as mulheres dedicam-se mais à leitura, enquanto os homens, com maior freqüência, a atividades de controle do orçamento e consumo doméstico.     Faça o download deste estudo na íntegra.

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Ministério errou resultados da Prova Brasil em 2006

Reportagem publicada na edição desta quinta-feira da Folha de S.Paulo revela que o Ministério da Educação divulgou dados errados sobre o resultado da Prova Brasil, exame nacional que avalia o desempenho dos estudantes de escolas públicas de todo o país, em 2006 –ano eleitoral.    “A rede municipal de São Paulo, por exemplo, figurava entre as piores capitais do país. Com a revisão dos dados, o sistema paulistano subiu para o bloco intermediário de desempenho. As informações sobre Porto Alegre, Belo Horizonte, Porto Velho e Boa Vista também estavam incorretos. O governo federal estima que os erros atingiram até 5% dos dados“, afirma.    De acordo com a Folha, o Inep admitiu à reportagem que “algumas informações divulgadas estavam incorretas“.    A Prova Brasil é um exame nacional, aplicado a todas as escolas públicas do país, que avalia língua portuguesa e matemática da 4ª e 8ª séries. O exame é usado para verificar a situação do aprendizado e para traçar políticas públicas na área.    As notas atualizadas podem ser vistas nas tabelas que originam o Ideb, indicador que será lançado oficialmente hoje no site do Inep. Procurado pela Folha, o instituto não se pronunciou. Confirmou apenas que houve a

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Ranking escolar aprova só 0,8% das cidades

Criado para nortear as políticas de melhoria na qualidade das escolas públicas do país, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), novo indicador desenvolvido pelo Ministério da Educação, mostra que apenas 0,8% dos municípios brasileiros já estão no patamar considerado ideal pelo governo federal.    O novo índice une num mesmo indicador o desempenho dos alunos nos exames Prova Brasil e Saeb (aplicados pelo MEC nas redes de todo o país) e as taxas de aprovação (que consideram a repetência).    Uma das finalidades do Ideb é mostrar se as medidas anunciadas anteontem pelo presidente Lula no PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) estão tendo efeito.    O índice aponta que hoje o país tem um Ideb de 3,8 e deve chegar a 6 até 2022, nota equivalente à média dos países desenvolvidos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos).    Para as redes municipais de ensino –principal foco das políticas anunciadas pelo governo– o objetivo é sair dos atuais 3,4 e chegar em 5,7 na quarta série do ensino fundamental.    Cada município, no entanto, terá sua própria meta, que será monitorada a cada dois anos pelo MEC. Hoje, as médias do Ideb na quarta série

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