O presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), Antônio Ibañez Ruiz, disse que são várias as causas para a falta de 240 mil professores de química, física, biologia e matemática na rede pública de ensino médio. Entre elas, estão os baixos salários, jornadas longas de trabalho, a falta de um plano de carreira para os professores e de incentivos para os bacharéis. Outro problema, segundo Ibañez, é que a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) não responsabiliza nenhum ente pela falta de professores. “O MEC (Ministério da Educação) não cobra das universidades, que são as que formam professores, e os Estados só demandam professores, eles não formam“, afirmou. Na opinião do professor, a responsabilidade pela falta de docentes deve ser atribuída ao MEC, que deve coordenar a criação de comitês emergenciais nos Estados para encontrar as soluções do problema. Numa alusão aos atrasos nos aeroportos, Ibañez disse que está acontecendo um apagão educacional. “Alunos se formam em diversos Estados e não têm aulas de física, química e matemática. Então, esse para mim é o apagão. Não vai acontecer, já está acontecendo“, explicou. O professor lembra ainda que os investimentos previstos no PDE