Baixa demanda na América Latina

A baixa demanda por livros foi apontada por editores de 18 países de língua espanhola e portuguesa como o problema mais grave enfrentado atualmente pela cadeia produtiva do livro na América Latina. Mais do que o preço do livro, a principal causa está relacionada à falta de hábitos de leitura em alguns desses países.    A constatação faz parte do estudo Percepção Sobre o Clima Editorial Empresarial em 2006 e Tendências a Curto Prazo, realizado pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe (Cerlalc). O relatório, que acaba de ficar pronto, vai mostrar, por outro lado, uma retomada nas vendas na região, depois de uma desaceleração verificada entre 2003 e 2006. Desta vez, 63% das editoras registram crescimento nos negócios.

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Fundos pró-leitura

As maiores editoras do país começaram a recolher, em junho, as contribuições para o Instituto Pró-Livro, ONG criada pelas três principais entidades do livro no Brasil para financiar ações de fomento à leitura.    O primeiro presidente foi indicado pela Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros), que reúne os editores de livros escolares: Jorge Yunes, da Editora IBEP-Nacional. O segundo presidente será indicado pelo Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) e, em seguida, será a vez da Câmara Brasileira do Livro (CBL).  A criação do fundo foi prometida pelos editores em 2004, como resposta à desoneração fiscal do livro.

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O PAC das bibliotecas

Zerar o número de municípios brasileiros sem bibliotecas deve ser uma das duas principais ações do PAC da Cultura, a ser anunciado em breve pelo governo federal (a outra deve ser a ampliação dos Pontos de Cultura pelo país afora).    O Brasil ainda possui 613 cidades onde não existe uma biblioteca municipal sequer. Em 2003, eram mais de 1300 nessa condição. Desde então, esse serviço público essencial foi levado a 714 cidades, a maior parte delas localizada em estados do Norte e Nordeste. 

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Capes assume a formação de professores da educação básica

Na mesma data em que a Capes comemora 56 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.502/2007, que amplia a missão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). A agência usará sua experiência e tradição na formulação de políticas públicas para a formação de pesquisadores e docentes do ensino superior e também, a partir de agora, para a qualificação de professores da educação básica. A lei foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira, 12.    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a mudança revela a preocupação do governo federal em ver a educação como um todo. “Não se pode focar uma etapa e relegar outras a segundo plano. O compromisso é com todos os níveis da educação. A Capes usará a sua experiência de mais de meio século na formação de mestres e doutores para atuar na política de formação de professores do ensino básico”, explica.    Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, a decisão foi duplamente comemorada pela diretoria e funcionários, porque a Capes completou ontem 56 anos de fundação. “O benefício primordial será maior integração entre a educação superior e a educação básica, possibilitando obter maior

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Jovem gosta e quer ler, mas acesso aos livros é difícil

“Eu gosto muito de ler, mas a biblioteca da minha escola está sempre fechada. Só podemos entrar se a professora reservar a sala, o que nunca acontece“. A afirmação é de Everton Dias, que aos treze anos não recebe autorização da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Felício Pagliuso, em São Paulo (SP), para ter acesso aos livros, revistas e gibis da biblioteca da instituição.    Infelizmente, o caso não é exceção. Segundo a Associação dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), em recorte do censo escolar 2006 realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese), apenas 15% das mais de cinco mil escolas estaduais paulistas têm bibliotecas e, na maioria dos casos, o acesso é controlado. “É fundamental que as bibliotecas fiquem abertas e que tenham profissionais capacitados responsáveis pela organização do material e auxílio aos alunos“, conta o presidente da associação, Carlos Ramiro de Castro. De acordo com a mesma pesquisa, 73% das escolas públicas do estado não têm bibliotecários, funcionando apenas como depósito de livros ou salas de leitura.    Em contrapartida, Juliana de Ferran Cremone, de 11 anos, que estuda em escola particular bilíngüe de Curitiba (PR), não só tem acesso livre e

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16º Congresso de Leitura do Brasil encerra nesta sexta

  Termina amanhã (13/7) o 16º Congresso de Leitura do Brasil, evento que acontece desde o dia 10 no Centro de Convenções da Unicamp, e é promovido pela Associação de Leitura do Brasil. Com o tema “No mundo há muitas armadilhas e é preciso quebrá-las“, o evento pretende, dentre muitos outros objetivos, reunir estudos e pesquisas sobre leitura, educação e cultura escrita, provenientes de todas as regiões do País, proporcionando espaço para discussões e apresentações.     Clique aqui e confira a programação completa do evento.     Leia mais…

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Falta material didático e capacitação no ensino de inglês

Professores de inglês que atuam na rede pública de ensino têm de driblar diariamente desafios, como criar aulas sem receber sequer material didático e capacitação específica para o ensino do idioma, além de assumir salas de aula com até 40 alunos. Em alguns casos, eles também trabalham problemas de alfabetização com alunos da 6ª série do fundamental. Essas dificuldades enfrentadas no cotidiano são relatadas por especialistas e professores de inglês de escolas públicas. É exatamente o debate desses problemas e de caminhos para o ensino da disciplina na América Latina e Caribe que será tema do 11º Labci/British Council Fórum de Políticas da Língua Inglesa, que começa hoje em São Paulo.     Já o Ministério da Educação (MEC) não aplica uma avaliação para medir a aprendizagem de inglês dos alunos brasileiros nem envia às escolas públicas material didático voltado ao ensino da disciplina. “São os professores que têm de preparar suas aulas de inglês, no entanto, não recebem livros nem capacitação para a atuação nas escolas”, afirma Maria Antonieta Celani, coordenadora do programa “Formação contínua do professor de inglês: um contexto para a reconstrução da prática”, desenvolvido pela Cultura Inglesa em parceria com a PUC-SP.     A especialista

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Avaliação só faz sentido se for acompanhada de soluções

“A avaliação é essencial e fará toda a diferença para as escolas públicas, desde que seja acompanhada de medidas efetivas para corrigir as atuais falhas da educação“. A afirmação foi feita por Giulia Pierro, mãe de três ex-alunos de escolas públicas e criadora do Educafórum, um fórum mantido por pais de alunos da rede pública de ensino.   A crítica surge a partir dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – avaliação federal mais importante para a educação -, apresentada no início do mês pelo Ministério da Educação. A pesquisa identificou que apenas 0,2% das escolas públicas brasileiras atingiu um índice considerado médio entre países desenvolvidos.     A média obtida na avaliação ficou bem abaixo da mínima estabelecida pelo governo, que era de seis pontos. Embora o resultado tenha deixado a desejar, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que executa a pesquisa, afirma que o resultado já era esperado, considerando-se que a meta estabelecida está muito acima do resultado das avaliações aplicadas anteriormente.    “É importante não se prender a esse resultado, pois estabelecemos uma boa meta e o próximo passo será todas as escolas atingirem esse nível nos próximos

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Livros didáticos reprovados pelo MEC são usados por escolas particulares

Escolas particulares utilizam livros didáticos reprovados pelo Ministério da Educação (MEC). São obras que o governo deixa de comprar para a rede pública porque contêm informações erradas, conceitos equivocados ou problemas técnicos não relacionados ao conteúdo, como a titulação acadêmica dos autores, a resistência do papel ou o descumprimento de regras do edital. O jornal Globo conseguiu identificar algumas dessas publicações reprovadas.     Em Brasília, o Centro Educacional Renascença utiliza os quatro títulos da coleção Ciências e Educação Ambiental, da editora Ática, na aulas da 5ª à 8ª série. Aprovados em anos anteriores, os livros foram reprovados na última avaliação realizada por especialistas de universidades públicas contratadas pelo MEC.     A diretora pedagógica Ilma Dias Rocha ficou surpresa ao ser informada pelo GLOBO que seus 117 alunos aprendem ciências com uma coleção que o governo federal não considerou à altura da rede pública: ”Não sei quais os critérios que o MEC usa para classificar e desclassificar os livros. Para nós, é uma coleção excelente. Quando a adotamos, era uma das melhores na avaliação oficial” — diz Ilma.    Lista de coleções reprovadas é mantida em sigilo  Embora gaste cerca de R$ 5 milhões por ano com a avaliação

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