Mercado de livro de bolso cresce no país

  Record lança pacote com 24 títulos e prepara linha acadêmica, enquanto Objetiva adquire controle do selo Martin Claret    Formato muitas vezes rejeitado e freqüentemente associado a edições de má qualidade, o livro de bolso está ganhando mais espaço nas livrarias e se firma no mercado brasileiro, mobilizando grandes editoras.    Quem entra agora no segmento é a Record, maior editora brasileira, que lança o selo BestBolso, com 24 títulos. Os lançamentos incluem um dos principais romances de Umberto Eco, “Baudolino“, além de títulos conhecidos como “O Evangelho segundo o Filho“, de Norman Mailer, “O Diário de Anne Frank“, “A Queda“, de Albert Camus, e títulos de autores conhecidos pelos best-sellers, como Frederick Forsyth (“O Negociador“) e Graham Greene (“Fim de Caso“).    A Record vai lançar uma média de cinco títulos mensais, cada um com tiragem de 6.000 exemplares. Além dos títulos de literatura internacional que começam a chegar às livrarias, a editora guardou para 2008 a edição de uma linha acadêmica e o lançamento dos títulos nacionais, que vai começar com “A Casa das Sete Mulheres“, de Letícia Wierzchowzki.    Antes da Record, a Companhia das Letras vinha investindo no segmento desde maio de 2005, com sucesso.

Ler mais

Lula promete uma biblioteca a cada município até 2010

A ampliação do Programa Nacional de Bibliotecas Escolares deverá beneficiar 30 milhões de alunos com a aquisição de novas obras literárias, de acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula disse que o objetivo é possibilitar o acesso gratuito a livros de leitura para 5 milhões de crianças de até seis anos de idade, de 85 mil escolas públicas de todo o país.     Segundo Lula, a meta é levar pelo menos uma biblioteca a cada município brasileiro até o final de 2010. “Nós pretendemos, até o final do nosso mandato, acabar com qualquer município que não tenha biblioteca, ou seja, nós queremos levar biblioteca, uma ou mais de uma, em todos os municípios brasileiros.“

Ler mais

Livro didático e propaganda política

Os livros didáticos no Brasil são um problema mais grave do que se imagina. Para 2008, o MEC informa que já comprou mais de um milhão de exemplares do livro de história “Projeto Araribá, História, Ensino Fundamental, 8“, a ser distribuído na rede pública a partir de janeiro. Para ser exato, 1.185.670 exemplares a um custo de R$ 5.631.932,50. É agora o campeão de vendas.     Sem dúvida, o livro tem mais compostura que o “Nova História Crítica“, conforme escrevi em outro artigo. Mas, em essência, apresenta os mesmos defeitos e um novo, gravíssimo: faz propaganda político-eleitoral do PT. Na unidade 3, “A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa“, o livro diz o seguinte, logo na abertura, sob o título “Um sonho que mudou a história“: “Em 1º de janeiro de 2003, o governo federal apresentou o programa Fome Zero. Segundo dados do IBGE, 54 milhões de brasileiros vivem em estado de pobreza. Em nenhum país do planeta existem tantos pobres vivendo entre pessoas tão ricas. No mundo, segundo o relatório do Banco Mundial, 1,2 bilhão de pessoas vivem com uma renda inferior a 1 dólar por dia, cifra que deve chegar a 1,9 bilhão em 2015. Por

Ler mais

Brasil tem ’arquipélago’ de bibliotecas digitais

Parceiro do World Digital Library (Biblioteca Digital Mundial) da Unesco, o Brasil conta com diversos projetos de digitalização de acervos de suas bibliotecas, mas eles são levados em paralelo e com pouca comunicação entre as instituições envolvidas, avalia o coordenador do portal Domínio Público do Ministério da Educação (MEC), Marco Antonio Rodrigues. “Temos ilhas“, diz ele. “Há uma convergência para a idéia de compatibilidade de acervos, mas isso ainda está em projeto“.     O Domínio Público reúne mais de 54 mil obras cadastradas em formato digital, entre textos, arquivos de som, imagens e vídeo. Todo esse material está em servidores do MEC: não é possível usar o portal como plataforma para acessar o conteúdo digital mantido em outras instituições.     “Temos alguns projetos, como a digitalização da biblioteca do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e estamos digitalizando o material da biblioteca do STJ (Superior Tribunal de Justiça)“, diz Rodrigues. No que diz respeito ao acesso ao acervo digital de outras bibliotecas brasileiras, segundo ele, há dificuldades de compatibilidade e de formato dos documentos.    Mas as ilhas digitais das bibliotecas brasileiras estão se unindo, ainda que lentamente, por meio do projeto Rede da Memória Virtual

Ler mais

Fundação faz retrato da educação

Cerca de 33,11% dos alunos da rede pública paulista chegam à 6ª série sem saber ler e 28,6% sem saber escrever. Outros 59,44% lêem, mas não entendem o que está escrito, e 71% escrevem textos com graves problemas de conteúdo, ortografia, gramática e caligrafia.    Os dados constam de pesquisa realizada pela Fundação Volkswagen, chamada de “Retratos do Ensino Fundamental: 6º ao 9º Ano“, que será divulgada na próxima terça-feira, quando será entregue à Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.    Durante a pesquisa, foram ouvidos mais de 600 professores, além de gestores, pais e alunos. O objetivo é ter um diagnóstico da educação pública e sugerir caminhos para o seu aperfeiçoamento.    Entre os principais problemas detectados pelo estudo, com base em dados da Edudata Brasil (Inep, 2005b), está a infra-estrutura das escolas. Metade das escolas de ciclo 2 não dispõe de biblioteca ou de quadra de esportes.    Mais de 75% não têm laboratório de ciências, 70% não têm sala de TV e vídeo para uso dos alunos e professores e apenas 36,29% contam com laboratório de informática.    A pesquisa conclui ainda que a sala de aula é o único espaço disponível para professores e alunos. 

Ler mais

Carta Capital dedica capa e oito páginas ao PNLD

A história, como ela é Carta Capital – Ana Paula Sousa Mário Schmidt é uma espécie de Paulo Coelho dos livros didáticos. A proximidade com o mago, antes que se diga que o autor é, além de “comunista“, esotérico, dá-se no campo dos números. Schmidt, autor da coleção Nova História Crítica, vendeu cerca de 10 milhões de exemplares rio País e estima-seque tenha chegado às mãos de 28 milhões de alunos. Schmidt ficou enfim famoso. Nas últimas semanas, protagonizou uma série de reportagens que o acusam de disseminar a ideologia comunista pelas escolas brasileiras. No jornal O Globo, a obra foi definida como “um livro didático bisonho, encharcado de ideologia’; que fez Ali Kamel sentir-se do mesmo jeito que, um dia, se sentiu a atriz Regina Duarte. “É de dar medo“, escreveu, no jornal, na terça-feira 18, o diretor de jornalismo da Rede Globo. Estava dada a largada para uma série de artigos e editoriais uníssonos. Nova História Crítica é uma das 53 coleções excluídas na última avaliação do Ministério da Educação (MEC), que analisou 144 títulos submetidos ao Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). Schmidt, publicado pela Nova Geração, uma das últimas editoras pesospenas num ringue de pesos pesados,

Ler mais

MEC perdeu R$ 72 bilhões em 12 anos por causa da DRU

Em valores corrigidos pela inflação, nos últimos 12 anos o País deixou de investir R$ 72 bilhões no financiamento da educação pública por causa da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O mecanismo foi criado em 1994 e permite ao governo usar da maneira como quiser até 20% do total de impostos arrecadados pela União. Apenas de 2000 a 2007, foram R$ 45,8 bilhões perdidos pelo Ministério da Educação (MEC).     Os valores foram calculados a partir de dados do Orçamento e vieram à tona com a movimentação de organizações sociais que pedem o fim da incidência desse recurso na verba educacional. A Constituição prevê que 18% do valor total arrecadado com impostos federais deve ser aplicado exclusivamente em educação. O problema é que, desde a criação da DRU, esse montante passou a ser calculado após a retirada dos 20%, o que reduz o bolo total de recursos e, conseqüentemente, o valor final repassado para o setor – que acaba ficando em torno de 13%, em vez dos 18%.    Neste ano, por exemplo, MEC deixou de receber R$ 7,1 bilhões. Ou seja, em vez dos R$ 20,9 bilhões que deveria receber, chegaram apenas R$ 13, 8 bilhões. A

Ler mais

Alunos do 3º ano têm nota de 8ª série

Quase a metade dos estudantes do Estado de São Paulo termina o ensino médio (antigo colegial) com conhecimentos em escrita e leitura esperados para um aluno de oitava série. Dados inéditos extraídos do último Saeb -exame federal de avaliação de aprendizagem-, realizado em 2005, revelam que 43,1% dos alunos do terceiro ano tiveram notas inferiores a 250, patamar fixado como o mínimo para a oitava série pela secretária de Estado da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro. Ou seja, eles não conseguem, por exemplo, compreender o efeito de humor provocado por ambigüidade de palavras ou reconhecer diferentes opiniões em um mesmo texto. Outros 15,2% dos alunos tiveram desempenho ainda pior, similar ao desejado para crianças da quarta série do ensino fundamental (antigo primário). O quadro seria ainda mais dramático se os alunos da rede privada fossem retirados da conta, uma vez que a média dos estudantes das escolas públicas estaduais é 21,2% inferior à dos alunos das particulares. Talita Lima de Araújo, 18, que estudou em uma escola estadual na Pompéia (zona oeste de SP), reclama da precariedade do ensino público. “Quando você termina o ensino médio, só percebe um vazio. Não temos chance no vestibular.“ Os

Ler mais

Na ABL, presidente critica as editoras por não terem reduzido o preço dos livros

Na mais famosa casa literária do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as editoras. Na celebração dos 110 anos da Academia Brasileira de Letras, no Rio, ele lamentou não ver cumprido o principal objetivo da Lei do Livro, projeto do acadêmico e senador José Sarney (PMDB-AP) que sancionou em 2003.    “Quando nós desoneramos [de impostos] os livros, imaginávamos que ia cair o preço do livro. Não caiu, porque certamente aumentou o lucro das editoras. Mas, Sarney, vamos aprimorá-la para atingir os objetivos da própria lei“, disse, dirigindo-se a Sarney.    A afirmação foi feita na metade improvisada do discurso, na qual ele citou investimentos em educação e anunciou a realização em 2008 de uma olimpíada de português, similar à de matemática, da qual alunos de escolas públicas participam desde 2005.    “Vamos colher num futuro bem próximo o sonho dos que freqüentam esta Academia: fazer o povo brasileiro ler um pouco mais“, disse Lula, que, mesmo lendo um discurso por dez minutos, cometeu a gafe de chamar a ABL de “Associação Brasileira de Letras“. Citando os nordestinos na ABL, como Sarney e o presidente da casa, Marcos Vilaça, ele disse não conceber que a região tenha

Ler mais
Menu de acessibilidade