Memorial valoriza o livro, a trajetória e a abrangência dos programas

Um espaço dedicado à história dos programas de distribuição de livros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Assim é o Memorial do Livro, inaugurado na quinta-feira, 8, no 14º andar do edifício-sede da autarquia, no Setor Bancário Sul, em Brasília.     Estão à disposição para consulta por especialistas e estudiosos exemplares de obras distribuídas ao longo da existência dos programas do livro didático para os ensinos fundamental e médio e Biblioteca da Escola. O memorial também abriga as obras elaboradas para a educação especial, como dicionários em Língua Brasileira de Sinais, livros didáticos em braille, CDs e outros materiais.    Os livros das diversas edições do Programa Nacional Biblioteca da Escola mostram a amplitude do atendimento, que vai das crianças que estão entrando em contato com as primeiras letras ao ensino médio, além de obras para jovens e adultos em processo de alfabetização.    A amplitude e a logística do Programa Nacional do Livro Didático – que atende os 37 milhões de estudantes das redes públicas da educação básica de todo o país – é de tal complexidade que recebeu, em parceria com a Empresa de Correios e Telégrafos, um prêmio internacional: o World Mail Award (Prêmio

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Projeto quer abater doações a bibliotecas do Imposto de Renda

O Senado está analisando projeto de lei de autoria do ex-senador Roberto Saturnino para permitir que doações feitas a bibliotecas públicas sejam abatidas do Imposto de Renda. A idéia é que a doação de livros novos, mediante nota fiscal de aquisição, tenha os mesmos benefícios previstos no caso de doações aos conselhos dos direitos da criança e do adolescente e leis de incentivo à cultura, no limite de 6% dos gastos.  Técnicos do Senado estimam que, se vingar, o acervo das bibliotecas brasileiras pode ganhar 30 milhões de novos livros a cada ano.    Nesta quarta-feira (7/11), a pedido do deputado Frank Aguiar, a projeto foi retirado da pauta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. 

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As bibliotecas nos Planos Nacionais do Livro e Leitura

“Fortalecer os sistemas de bibliotecas públicas e escolares, de maneira que todas as entidades territoriais do âmbito mais local contenha com pelo menos uma biblioteca”, esse é um dos itens da Declaração de Porto Alegre e Santiago, resultado do II Seminário Planos Nacionais de Livro e Leitura no Mercosul, ocorrido entre os dias 26 e 27 de outubro.     Com o objetivo de aprofundar a democratização do acesso ao livro e à leitura, uma das propostas é a criação de uma rede de bibliotecas de acesso público, ou seja, de todas as bibliotecas e acervos que tenham a disponibilidade de receber leitores. Para conferir o texto na íntegra, clique aqui. 

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Ibope: só 21% dos professores estão satisfeitos

Só 21% dos professores brasileiros que trabalham em escolas públicas estão totalmente satisfeitos com a profissão. É o que mostra pesquisa inédita feita pelo Grupo Ibope, a pedido da Fundação Victor Civita. Foram ouvidos 500 docentes da rede pública de ensino das capitais de todos os estados. A instabilidade financeira é um dos principais fatores que levam ao descontentamento da categoria com o trabalho. Apenas 32% dos professores afirmam tê-la conquistado, mas 90% deles a consideram condição fundamental para ter boa qualidade de vida.     Segundo o professor Celso Favaretto, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), que teve acesso aos dados, muitos professores da rede pública têm de dar aulas em duas ou mais escolas para receber um salário razoável. “Além disso, as condições de trabalho são precárias, há salas de aulas lotadas. Essa insatisfação do professor com o trabalho está relacionada com uma má gestão de todo o sistema escolar.” Favaretto aponta outras aparentes contradições no discurso dos professores: 90% afirmam ter boa didática de ensino, mas, 70% dizem ver na falta de motivação dos alunos o principal problema em sala de aula.     “Acredito que afirmar ter boa didática de trabalho seja

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Para estudo, inclusão social não piora ensino

Desde que o Ministério da Educação começou a avaliar a qualidade do ensino por meio do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), o discurso padrão de ministros, secretários e até de pesquisadores para explicar a queda no desempenho médio dos estudantes nos últimos dez anos é o de que a inclusão de crianças mais pobres nas escolas foi a principal causa dessa piora.    Um estudo divulgado ontem no seminário “População, Pobreza e Desigualdade“, da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, no entanto, vai contra essa corrente.    Ao analisar a distribuição das notas nas turmas de 4ª e 8ª série, os demógrafos Clarissa Rodrigues e Eduardo Rios-Neto, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, concluem que a redução generalizada da pontuação dos estudantes no Saeb foi o principal fator que levou a queda do desempenho.    A discussão sobre o impacto da inclusão dos alunos mais pobres no ensino fundamental ocorre desde 2000, quando os resultados do Saeb aplicados aos alunos em 1999 mostrou com clareza que havia uma tendência de queda na qualidade.    A queda coincidiu com o aumento da proporção de crianças de 7 anos a 14 anos estudando. Em 1995, 10% estavam fora

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Prova Brasil: alunos mostram as competências adquiridas

A Prova Brasil avalia os sistemas de ensino e não os alunos. As notas não vão de zero a dez, como nas avaliações tradicionais, onde o resultado reflete o volume de conteúdos que o estudante apreendeu. As médias são calculadas por meio de uma escala de desempenho que descreve as competências e habilidades que os estudantes desenvolveram.     “Nossa intenção é traçar um diagnóstico do sistema de ensino, como ele está se desenvolvendo, e não aprovar ou reprovar alunos”, explica o coordenador de avaliação da educação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Amauri Gremaud.    A avaliação da língua portuguesa e matemática é realizada com alunos de 4ª ou 5ª e da 8ª ou 9ª séries do ensino fundamental, e oferece resultados detalhados sobre estados, municípios e escolas participantes. A idéia é ajudar os gestores a pensar no investimento dos recursos técnicos e financeiros. “Com as informações detalhadas sobre o sistema, o gestor pode direcionar melhor os recursos”, diz Gremaud.    Escalas — As escalas de pontuação são comparadas a uma escada. A escala é única e acumulativa. O aluno que desenvolve melhor as habilidades de leitura e interpretação complexa da língua ou

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Educação como política de Estado resgata dívida social

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 6, que é possível pagar a dívida da educação em uma geração. “A experiência internacional mostra que podemos saldar essa dívida de um século em cerca de quinze anos”, afirmou, durante o 7º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, que ocorre até o dia 8, no Hotel Meliá, em Brasília.     O ministro foi convidado a apresentar as linhas gerais do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) no evento realizado pela Presidência da República. O encontro discute temas estratégicos relacionados à segurança e à defesa nacional. Haddad explicou que a educação brasileira estaria hoje no patamar de desenvolvimento alcançado por países desenvolvidos nos anos 20 ou 30 do século passado. “É preciso reunir vontade política e participação das famílias para resgatar essa dívida”, ressalta. O ministro acredita que, pela primeira vez, o país experimenta crescimento econômico aliado a um plano para melhorar a qualidade da educação.     “Investiu-se muito em infra-estrutura, mas faltou investir no povo”, avalia, referindo-se a momentos de crescimento da economia, como nas décadas de 30, 50 e 70, em que não houve expressivo investimento em educação. Na visão de Haddad, os investimentos financeiros precisam estar ligados

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ABRELIVROS participa de Simpósio Internacional sobre Livro Didático na USP

A Associação Brasileira de Editores de Livros (ABRELIVROS) participou na última segunda-feira (dia 05) do 1º Simpósio Internacional – Livro Didático: Educação e História, organizado pelo Centro de Memória da Faculdade de Educação da USP, de 05 a 08 de novembro. O evento, em São Paulo, tem como objetivo debater a história, a produção, as formas de circulação e os usos dos livros didáticos no Brasil e em outros países. Representada pelo presidente João Arinos, a ABRELIVROS participou do debate “Editores, autores e PNLD: diálogos e confrontos”. Também fizeram parte da mesa José De Nicola, presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (ABRALE) e a professora Roxane Rojo, da Unicamp. A intermediação ficou por conta da escritora e professora da Unicamp, Marisa Lajolo. A professora Roxane Rojo, que durante muitos anos fez parte da comissão de avaliação dos livros didáticos do MEC, fez um breve histórico dos programas governamentais dos livros no Brasil e defendeu os avanços conquistados nas últimas décadas. A docente da Unicamp destacou que a avaliação dos livros está sob a responsabilidade das universidades, mas reiterou que os programas devem ter uma maior flexibilidade, como, por exemplo, o conteúdo regionalizado. João Arinos defendeu que o

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Quando Brasil tiver educação de 1º Mundo, Nordeste terá de 3º

Quando a educação brasileira chegar ao Primeiro Mundo, o Nordeste pobre vai estar mergulhado num triste Terceiro Mundo. Em 2022, ano do bicentenário da Independência e quando o País pretende atingir a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) estabelecida pelo governo, só 44 cidades nordestinas da educação infantil à 4.ª série e 58 da segunda fase, da 5.ª à 8.ª série, vão alcançar esse nível. Os outros quase 1.400 municípios do semi-árido brasileiro, sertão que vai do norte de Minas ao interior do Nordeste, ficarão para trás.    O cruzamento das projeções do Ideb sobre a região, feito pelo Estado, mostra que, em dez anos, dois terços das cidades continuarão abaixo do atual nível de ensino brasileiro. Hoje, a média nacional é de 3,8 no primeiro ciclo e de 3,5 no segundo. A do semi-árido está em 2,7 nas duas fases. “Se o Nordeste vai ser de Terceiro Mundo, hoje ele é de Quarto”, arrisca o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, economista que criou o índice.    Só com um esforço maior o Nordeste pode reduzir a diferença. Não por acaso o ministro Fernando Haddad iniciou a Caravana da Educação visitando os Estados nordestinos. Das 1.242 cidades

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