Dicionários recorrem a incentivos
Diferentemente de outros países, como França e Inglaterra, que lançam todos os anos edições atualizadas de seus dicionários, no Brasil o mercado lexicográfico anda a passos lentos. A chegada ao mercado de edições com o acréscimo de novas palavras pode demorar quase dez anos. A última edição do “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa“ (Objetiva) é de 2001 e teve uma reimpressão atualizada em 2004, mesmo ano em que saiu o “Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa“ (Positivo). Já o “Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa“ teve a última edição publicada em 2006. A última reedição impressa do “Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete“ é de 1987. “O ideal seria fazer uma atualização a cada cinco anos, pois a língua se transforma, e as palavras perdem ou mudam de sentido enquanto outras são criadas. Um dicionário tem mais de 60 milhões de caracteres, e o ganho com as vendas não cobre os custos“, diz Mauro Villar, diretor do Instituto Houaiss e co-autor do dicionário “Houaiss“. Para tentar resolver o problema da atualização, o instituto recorreu à Lei Rouanet e teve aprovada a captação de até R$ 732.433, segundo o Ministério da Cultura. “Falta resolvermos algumas questões burocráticas. Trabalhamos na