Dicionários recorrem a incentivos

Diferentemente de outros países, como França e Inglaterra, que lançam todos os anos edições atualizadas de seus dicionários, no Brasil o mercado lexicográfico anda a passos lentos. A chegada ao mercado de edições com o acréscimo de novas palavras pode demorar quase dez anos.    A última edição do “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa“ (Objetiva) é de 2001 e teve uma reimpressão atualizada em 2004, mesmo ano em que saiu o “Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa“ (Positivo). Já o “Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa“ teve a última edição publicada em 2006. A última reedição impressa do “Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete“ é de 1987.    “O ideal seria fazer uma atualização a cada cinco anos, pois a língua se transforma, e as palavras perdem ou mudam de sentido enquanto outras são criadas. Um dicionário tem mais de 60 milhões de caracteres, e o ganho com as vendas não cobre os custos“, diz Mauro Villar, diretor do Instituto Houaiss e co-autor do dicionário “Houaiss“.    Para tentar resolver o problema da atualização, o instituto recorreu à Lei Rouanet e teve aprovada a captação de até R$ 732.433, segundo o Ministério da Cultura. “Falta resolvermos algumas questões burocráticas. Trabalhamos na

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Prefeito quer apuração do descarte de 400 livros

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse que solicitou informações sobre o descarte de 400 livros, entre didáticos e literários, feito pela Escola Municipal Ruth Lopes Andrade, na Vila Prudente, zona leste da capital. Também informou que os responsáveis serão punidos. “Assim que soube do caso solicitei ao secretário da Educação (Alexandre Schneider) que seja muito rigoroso. Quero explicações o mais rápido possível.”    Cerca de 400 obras, entre elas de Federico Garcia Lorca, Machado de Assis e Guimarães Rosa, foram encontradas por moradores amontoadas em sacos de lixo jogados próximos a um bueiro. Segundo o prefeito, “é inconcebível que material didático seja jogado na rua independentemente do pretexto”. O secretário Alexandre Schneider disse que a pasta solicitou apuração da Diretoria Regional de Ensino do Ipiranga. “Ficamos indignados.”    A diretora regional do Ipiranga, Fátima Elizabeth Pereira Timóteo, afirmou que a direção da escola identificou uma pessoa responsável pelo descarte. O próximo passo será a notificação do servidor. “A direção informou que os livros estavam danificados por mofo e cupins.” No entanto, moradores dizem que a maioria foi encontrada em bom estado. A explicação da direção da escola à diretoria de ensino foi a de que os livros

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Polícia apreende 5 mil livros vendidos ilegalmente em Mangabeira(PB)

Policiais da 3ª e 9ª Delegacia Distrital estouraram nesta quarta-feira, dia 30, um ponto de venda de livros didáticos ilegais em Mangabeira, na Capital. Oito pessoas foram presas e mais de 5 mil exemplares de diversos livros foram apreendidos.    Os livros foram apreendidos porque eram vendidos exemplares exclusivos de escolas públicas e professores, ou seja, livros de venda proibida.    Os livros são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (FNDE) e seriam distribuídos nas escolas públicas. A prisão foi feita após o recebimento de uma denúncia pela editora, a qual enviou um funcionário no ponto de vendas. Após a compra, com emissão de nota fiscal, a queixa foi formalizada e a prisão efetuada.     A polícia acredita que a venda dos livros era feita por escolas e/ou professores.    A comercialização de livros destinados a professores constitui crime educacional, além da violação de direitos autorais.   

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Inscrições para competição de português serão abertas em fevereiro

As inscrições para a 1ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro serão abertas no dia 19 de fevereiro e encerradas em 14 de abril. Cerca de seis milhões de estudantes de escolas públicas deverão reforçar os estudos e participar da competição, que envolverá atividades escolares, estaduais, regionais e uma etapa nacional. A olimpíada investirá na formação de professores a fim de melhorar os processos de ensino e aprendizado de leitura e escrita nas salas de aula.     Serão aplicados R$ 15 milhões em produção de diferentes materiais didáticos, realização de oficinas de leitura e campanha de divulgação. Também haverá recursos para transporte e hospedagem de alunos, professores e equipe de formação. O dinheiro resulta da parceria entre o Ministério da Educação, Fundação Itaú Social, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).    Poderão participar professores e alunos da 4ª e 5ª séries (5º e 6º anos), de 7ª e 8ª séries (8º e 9º anos) do ensino fundamental e também de 2º e 3º anos do ensino médio, todos de escolas públicas. A expectativa da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) é alcançar

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Português: Ferramenta indispensável

O Brasil vive um momento positivo na economia, apesar da crise nos mercados financeiros mundiais. Os investimentos estão em alta, a demanda cresce e o nível de desemprego registrado em 2007, de 9,3%, foi o menor em cinco anos. Mesmo com os ventos favoráveis, quem não possui qualificação tem mais dificuldade de se colocar no mercado de trabalho e é mais mal remunerado. Só um maior acesso à educação é capaz de mudar esse quadro. E a ferramenta indispensável para tirar proveito dos estudos, causar boa impressão numa entrevista de emprego e abrir as portas do crescimento profissional é a correta utilização da língua.     Esse é um dos maiores problemas do brasileiro. Pesquisas mostram que, no País, apenas 26% das pessoas entre 15 e 64 anos são plenamente alfabetizadas. Isto é, têm domínio total das habilidades de leitura e escrita. Exames aplicados em estudantes também refletem essa realidade. Os resultados do Pisa (sigla, em inglês, para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), prova que mede a eficiência de leitura em adolescentes de 15 anos em 56 países, divulgados no ano passado, foram muito ruins. O Brasil ficou na 48ª colocação. Numa escala até cinco, mais da metade parou

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Conheça os vencedores do II Concurso História do Meu Bairro, História do Meu Município

O II Concurso História do Meu Bairro, História do Meu Município, promovido pelo programa São Paulo: um Estado de Leitores, já tem o resultado dos vencedores. O projeto foi criado para estimular as pessoas a relatarem suas experiências nos respectivos lugares onde vivem, bem como resgatar a história desses locais.   Os 20 melhores textos serão publicados na forma de coletânea e os autores receberão ainda kits de livros com clássicos da literatura universal. Confira o resultado das listas Premiados Bairros e Premiados Municipio. Os premiados podem entrar em contato com a Coordenação do Concurso, pelo telefone 11-3331-5549.   

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Escolas públicas receberam meio milhão de crianças de seis anos em 2007

Em dois anos, de 2005 a 2007, o número de alunos matriculados no ensino fundamental de nove anos, com ingresso aos seis anos, passou de 8,1 milhões para 14,2 milhões. Com isso, as escolas públicas de ensino fundamental receberam, no ano, passado cerca de 500 mil crianças de seis anos de idade. Os números, levantados pelo Educacenso 2007, foram divulgados nesta quinta-feira, 24, pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).     O importante, segundo a secretária Maria do Pilar Lacerda, é o censo revelar que meio milhão de crianças chegaram à escola um ano mais cedo, privilégio, até então, dos filhos da classe média. Segundo a secretária, o acréscimo no ensino fundamental não significou redução de matrículas na educação infantil. “Na prática, representa que mais crianças estão na escola”, disse. Para Pilar, as crianças que ouvem histórias despertam para a leitura e as que lêem aprendem matemática.     De acordo com o Educacenso, sistema que capta informações detalhadas sobre cada estudante, professor, turma e escola, os 14,2 milhões de alunos no ensino fundamental de nove anos representam 44,3% das matrículas das redes públicas. Entre as regiões, o Centro-Oeste apresenta o maior percentual, de 73,5%, seguido do Sudeste, com 51,6%.

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Editoras negam reajuste de preço em janeiro

Não deverá haver reajuste no preço de livros didáticos em janeiro. Pelo menos é o que afirma grande parte das editoras e livrarias ouvidas por O POVO desde a semana passada. De acordo com Francisco Gilmário de Assis, gerente geral da filial da FTD em Fortaleza, por exemplo, o aumento mais recente aconteceu no ano passado. “Nosso último reajuste foi no início de novembro, em torno de 5% em média. Não temos previsão de aumento agora“, informa.     Na Mundial, distribuidora das editoras Saraiva e Atual, o gerente comercial Renato Sampaio afirma que todos os anos as tabelas adotadas em janeiro para cada uma das editoras são as mesmas de dezembro do ano anterior. “(Os livros didáticos) sofreram reajuste no começo de dezembro, de 6%, 8%, 10%, no máximo. Alguns nem isso. Na Saraiva e na Atual não vai haver reajuste este mês, de maneira nenhuma“, garante.     Dina Pontes, diretora da distribuidora da Ática e da Scipione no Ceará, também disse que não há previsão de aumento para este mês. “Alguns livreiros estão chegando agora para pegar (as tabelas), mas o reajuste é do final de novembro“, explica.     Na Livraria Dom Pedro, a supervisora Fabiana

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Proprietários de livrarias são presos em flagrante em Goiânia

Francisco Monteiro Costa Júnior, 46, e Itamar Lagares de Lima, 49, proprietários de livrarias localizadas no Centro de Goiânia, foram presos em flagrante no início da tarde, dessa quarta-feira (23). Nos locais eram vendidos para estudantes livros de uso restrito aos professores. Cerca de 400 livros de várias editoras, relacionados ao ensino fundamental e médio, foram apreendidos e estão agora à disposição da justiça. Os acusados aguardam decisão judicial para serem encaminhados à Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.    O delegado da Delegacia de Crimes ao Consumidor, Otacílio de Oliveira os acusados responderão por crime de violação de direitos autorais. A denúncia partiu da Associação Brasileira de Editoras de Livros, em São Paulo, que investiga essa prática de crime em todo o Brasil.      

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