Buarque quer acabar com analfabetismo em 4 anos

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O Ministro da Educação, Cristovam Buarque, abriu ontem (19) o Fórum Mundial da Educação (FME), em Porto Alegre. Em seu discurso, o ministro afirmou que o governo tem como meta erradicar o analfabetismo em 4 anos. “Se fôssemos para ter ambições modestas, não deveríamos ter elegido Lula“, disse Cristovam sobre dúvidas levantadas em relação ao projeto.  
 
Cristovam também apontou, além do fim do analfabetismo, os outros eixos principais do projeto educacional do presidente: a escola ideal (referente aos ensinos médio e fundamental) e a nova universidade.  
 
De acordo com Cristovam, para esse trabalho ser feito será necessária uma união forte de sociedade, governo e universidade. O ministro disse que em um país com 10 milhões de letrados, 3 milhões de professores e universitários, não há razão para a existência de pessoas que não saibam ler. “Se todos se juntarem, é possível deixarmos para a história o fato de termos acabado com o analfabetismo“. Para Cristovam, os parceiros neste trabalho serão todos aqueles dos governos estaduais, municipais e quem mais tiver horas disponíveis para alfabetizar.  
 
O ministro ainda revelou números sobre a erradicação do analfabetismo. Conforme ele, é estimado que o país precise de R$ 1,5 bilhão por ano, o que equivale a 0,1% da renda nacional. “Custou mais caro erradicar a escravidão“, comparou.  
 
Ainda em relação ao combate ao analfabetismo, o ministro anunciou à imprensa, minutos antes do início da cerimônia de abertura do FME, que o secretário nacional de alfabetização será o agrônomo João Luiz Homem de Carvalho e justificou sua escolha. “Ele é um gerente. Os pedagogos, levaremos para estudar o método. E, ele não sendo pedagogo, não terá preconceitos com o método empregado, logo, não haverá brigas entre métodos, o que é bem comum nessa área“.  
 
Ensino médio e fundamental  
 
A escola ideal é outro eixo da política educacional de Lula. “A escola só será ideal quando nenhuma criança estiver fora da sala de aula“, disse o ministro em seu discurso se referindo ao fato de cerca de 3 milhões de crianças em idade escolar trabalham sem estudar. Cristovam alertou para o fato de que mesmo que se matriculem, muitos abandonam a escola e poucos chegam ao ensino médio.  
 
“Não podemos continuar como um dos últimos do mundo em relação à educação“. Antes do seu discurso no FME, Cristovam revelou que irá se encontrar em janeiro som todos os secretários estaduais de Educação e no início de fevereiro com cerca de 1,1 mil secretário municipais da área. Os encontros visam estudar os melhores caminhos para consertar as falhas do sistema educacional no ensino médio e fundamental.  
 
O investimento em motivação, qualificação e valorização do professor será um dos pilares desta melhora do ensino escolar. “Se os professores ganhassem tanto quanto os juízes, o Judiciário não teria tanto trabalho“, provocou o ministro, que ao fazer a comparação foi ovacionado pelo público do Ginásio Gigantinho, onde ocorreu a cerimônia de abertura do FME.  
 
Nova Universidade  
 
O ensino superior também passará por reformas no governo Lula. Cristovam disse que a situação da universidade brasileira é grave desde o abandono dos governos às universidades públicas e à degradação das universidades particulares, que “preferiram crescer em números do que em qualidade de ensino“, disse o ministro.  
 
“Os aspectos emergenciais serão resolvidos“, lembrou Cristovam, que frisou que a universidade precisa ter um novo conceito, um conceito que siga a velocidade do conhecimento gerado no mundo ao mesmo tempo que esteja conectada “à alma do povo brasileiro“. O ministro disse que a universidade tem que formar mais professores, se envolver com o programa nacional de alfabetização e de erradicação da fome porque ela precisa fazer parte da vivência do brasileiro.  
 
No próximo sábado, o ministro se encontra com reitores federais em Porto Alegre para inaugurar um amplo debate sobre o nnovo conceito de universidade. Entre outros assuntos, Cristovam e os reitores discutirão as vagas ociosas. Conforme ele, Lula não quer que existam vagas vazias nas universidades.  
 
 
 
 
 
 
 

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