Brasil não sabe investir em Educação

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Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o Brasil investe mal em educação. O país investe R$ 1.900 por ano em cada estudante do ensino fundamental e R$ 13 mil em cada estudante de ensino superior. Esta distorção entre os dois níveis é a maior entre os países investigados pelo órgão. O resultado mostra que o Brasil é um dos que menos investem em ensino fundamental, ganhando apenas da Turquia. Nos EUA, o valor é de US$ 8 mil. O maior investimento é feito por Luxemburgo, que gasta quase US$ 12 mil por estudante. Os valores representam 127% do PIB per capita em cada aluno universitário e 18% em estudantes de 1º a 8º série. A grande diferença se deve, principalmente, devido ao número de alunos matriculados. O Brasil tem cerca de 42 milhões de estudantes no ensino básico – 33 milhões só no fundamental – e 4 milhões nas universidades e faculdades. 

Educação brasileira não recebe recursos necessários

Durante um ano todo, os governos federal e estadual investem, em média, R$ 643 por cada aluno que cursa o ensino médio. Pelos cálculos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o investimento por aluno do ensino médio teria de aumentar para R$ 2.201 ao ano, ou seja, praticamente triplicar o seu investimento. Essa diferença, segundo especialistas, é resultado de uma política pública para educação que busca investir na área apenas o possível, o que sobra do orçamento. Os valores de média nacional, no entanto, variam de acordo com a região. Algumas vezes, chegam a dobrar. O custo-aluno atualmente dos estados do Nordeste é de R$ 560 por ano para os alunos de educação infantil. No Sudeste, é de R$ 1.269. De acordo com Francisco das Chagas, secretário de Educação Básica do MEC, a meta estipulada para garantir ensino de qualidade dificilmente será atingida nos próximos anos E admite que o cálculo do valor repassado aos estados é feito a partir do que há em verbas. O ministro da Educação, Fernando Haddad, já afirmou que o Brasil investe menos do que 4% do PIB (Produto Interno Bruto) na sua área, ao contrário do que indicam as estatísticas oficiais dos últimos anos. Segundo ele, o país deveria investir durante 20 anos pelo menos 6% do PIB se quiser realmente resolver seus problemas na área educacional.

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