Brasil é 88º em índice de desenvolvimento da educação

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O alto Índice de Desenvolvimento Humano que o Brasil conquistou há dois anos não chegou à educação.


 

O relatório Educação para Todos, divulgado quarta-feira (20) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) mostra que a baixa qualidade do ensino nas escolas brasileiras ainda deixa milhares de crianças para trás e é diretamente responsável por manter o país na 88ª posição no IDE (Índice de Desenvolvimento Educacional), atrás de países mais pobres como Paraguai, Equador e Bolívia.

 

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Dos quatro dados que a Unesco usa para montar o IDE, em três o Brasil vai bem e tem resultados acima de 0,900 – o mínimo para ser considerado de alto desenvolvimento educacional. São bons os números de atendimento universal, analfabetismo e igualdade de acesso à escola entre meninos e meninas. Já quando se analisa o índice que calcula quantas das crianças que entraram na 1ª série do ensino fundamental conseguiram terminar a 5ª série, o País despenca para 0,756, um baixo IDE.

 

Educação no mundo

O relatório de 2010 do programa Educação para Todos, da Unesco, aponta que 72 milhões de crianças no mundo ainda estão fora da escola. No ritmo atual, serão ainda 56 milhões em 2015, e não há indícios que isso será acelerado nos próximos anos.

 

O analfabetismo atinge ainda 759 milhões de pessoas e a perspectiva é que diminua para 710 milhões nos próximos 15 anos. Sem contar que a má qualidade das escolas e a alta evasão não garantem que o acesso às salas de aula se transforme em ensino efetivo.

 

Dos 128 países para os quais a Unesco obteve dados para esse relatório, 62 devem atingir as metas de acesso à educação de qualidade. Outros 36, entre eles o Brasil, estão a caminho, mas tem resultados mistos, com problemas especialmente no analfabetismo e na qualidade. Trinta 30 estão longe das metas e até regredindo, como é o caso da República Dominicana e da Venezuela.

 

 

 

 

Avanços mundiais no acesso à educação podem ser comprometidos pela crise, alerta Unesco

Agência Brasil – Amanda Cieglinski

 

Entre 1999 e 2009, o número de crianças fora da escola foi reduzido em 33 milhões. Mas os avanços alcançados na última década podem ser ameaçados pelos efeitos da crise econômica mundial. O alerta é da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que lançou hoje (19) o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos 2010.

 

O estudo que é lançado anualmente analisa o esforço mundial para alcançar os objetivos fixados no compromisso Educação Para Todos, assinado por mais de 160 países – incluindo o Brasil – em 2000 na Conferência Mundial de Dacar.

 

De acordo com o relatório da Unesco, “a desaceleração do crescimento econômico, conjugada com o aumento da pobreza e das pressões exercidas sobre os orçamentos públicos dos países, pode comprometer os progressos realizados no âmbito da educação ao longo da última década”.

 

O relatório aponta que é preciso olhar com mais cuidado para a região da África Subsaariana. A Unesco calcula que, em função da crise econômica, os investimentos em educação na região podem ser reduzidos em US$ 4,6 bilhões por ano entre 2009 e 2010.

 

A Unesco sugere que os países ricos aumentem suas doações para financiar os sistemas educacionais dos países pobres. O relatório estima que será preciso suprir um déficit de US$ 16 bilhões anuais para que seja possível atingir a universalização do ensino primário no mundo até 2015.

 

O relatório aponta que a iniciativa Fast Track, uma parceria criada em 2002 entre países doadores e em desenvolvimento para acelerar os progressos em educação, “não funciona e deve ser profundamente reformada”.

 

“Concretamente os recursos desembolsados são muito baixos; a participação dos países em desenvolvimento no sistema de governança internacional é reduzida; a presença do setor privado é mínima e a assistência prestada aos países afetados por conflitos é considerada insuficiente”, diz o texto.

 

O principal objetivo do Fast Track é assegurar que todas as crianças tenham acesso à educação primária – obrigatória, gratuita e de qualidade – até 2015.

 

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