Bibliotecas Públicas Paulistanas

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Reproduzimos a seguir release enviado pela Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e matérias veiculadas no Jornal Folha de São Paulo acerca dos investimentos municipais em bibliotecas públicas:  
 
”PREFEITURA COLOCA AS BIBLIOTECAS NA ERA DIGITAL  
A Secretaria Municipal da Cultura lança hoje, dia 22 de agosto, o Catálogo Eletrônico do acervo das Bibliotecas da Cidade de São Paulo. O Catálogo, que elimina o uso dos antigos fichários, vai permitir que o leitor possa localizar obras dos acervos municipais pela Internet, diretamente de sua casa, escola, telecentro ou mesmo de uma biblioteca da Prefeitura, já que, agora, todas as bibliotecas municipais têm pelo menos quatro computadores ligados à Internet, com acesso público e gratuito. Desde o ano passado, a Prefeitura de São Paulo tem tomado medidas de grande importância para a recuperação das bibliotecas municipais e para colocá-las na era digital. Até o ano 2000, poucas bibliotecas contavam com microcomputadores e, entre elas, apenas duas estavam ligadas à Internet. Hoje, por meio de uma parceria com a Telefonica, cada uma das 67 bibliotecas municipais tem no mínimo quatro computadores, interligados e conectados à Internet em banda larga. O acesso é público e gratuito. Os novos computadores e o lançamento do Catálogo Eletrônico fazem parte do Plano de Informatização da Rede de Bibliotecas do Município, implementado pela Secretaria Municipal da Cultura. O plano prevê, ainda, a instalação do sistema de empréstimo automatizado e a digitalização de coleções especiais do acervo. O Catálogo Eletrônico foi desenvolvido em parceria com a Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo) e estará disponível no site da Secretaria, no portal da Prefeitura. O endereço é http://www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/cultura/bibliotecas/index.asp  
 
O lançamento do Catálogo Eletrônico será feito no estande mantido pela Prefeitura de São Paulo na Comdex, a feira internacional de informática e tecnologia realizada no Anhembi. O evento será realizado às 17h do dia 22 de agosto.  
 
POLÍTICA PARA BIBLIOTECAS  
Para o secretário municipal da Cultura, Marco Aurélio Garcia, o lançamento do Catálogo Eletrônico é um passo importante para que os cidadãos possam conhecer os acervos disponíveis nas bibliotecas de São Paulo. “Direcionamos nossa política e nossos recursos para ampliar a qualidade dos acervos e dos serviços nas 67 bibliotecas da cidade. Nos últimos anos, as bibliotecas foram praticamente esquecidas e ficaram à margem das inovações tecnológicas e até mesmo da recomposição dos acervos“. A catalogação dos livros e obras era feita, até agora, em fichários manuscritos e os funcionários não tinham acesso a computadores para realizar seu trabalho. Com os novos computadores não só os bibliotecários podem informatizar o serviço e o atendimento como também os leitores têm acesso gratuito à Internet.  
Além da informatização, a Secretaria já comprou mais de R$ 1 milhão em livros e convocou 50 bibliotecários concursados para reforçar os quadros de funcionários. Há mais de oito anos não havia uma só contratação de bibliotecários e muitas bibliotecas estavam funcionando precariamente. “Uma biblioteca não é um prédio simplesmente; necessita de acervos de qualidade e tem de oferecer pessoal capacitado para atender aos leitores. É nisso que temos trabalhado. Temos também transformado as bibliotecas em pólos difusores e geradores de cultura, utilizando auditórios e salões para dezenas de atividades do Circuito Cultural e para revelação e incentivo da produção cultural local“, explica Marco Aurélio Garcia.  
A Secretaria também iniciou a programação de reforma da Biblioteca Mário de Andrade, na qual serão investidos mais de R$ 5 milhões, e concluiu a reforma da Monteiro Lobato, além de realizar dezenas de reformas em outras unidades e de inaugurar (no final de 2001) a Biblioteca Milton Santos, em Aricanduva.  
 
NOVAS BIBLIOTECAS NOS CEUS  
Com a implantação dos CEUs (Centros de Educação Unificados), a Prefeitura de São Paulo vai construir até o final de 2004, 45 bibliotecas, todas voltadas para o público em geral, sem esquecer o público infanto-juvenil. O projeto das bibliotecas dos CEUs é desenvolvido pela Secretaria Municipal da Cultura, que também vai formular os projetos culturais para cada nova unidade.  
Mais informações: Secretaria Municipal da Cultura  
Assessoria de Imprensa  
Tel.:(11) 3253-2331 – ramais 240 e 241  
Fax: (11) 251-1451  
E-mail: tfarah@prefeitura.sp.gov.br”  
 
 
“Marta põe verba de biblioteca em ópera  
( Agora São Paulo, Folha Online 21/08/02)  
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, retirou R$ 775 mil previstos no Orçamento para a construção de bibliotecas para bancar espetáculo no Teatro Municipal.  
O repasse foi autorizado em um decreto publicado ontem no “Diário Oficial“. A verba, antes destinada à construção e ampliação de bibliotecas infanto-juvenis na capital, vai custear a remontagem nacional da ópera Madama Butterfly, do compositor italiano Giacomo Puccini, que estreou anteontem no Teatro Municipal de São Paulo.  
De acordo com dados do Serviço de Execução Orçamentária, levantados pelo gabinete do vereador Roberto Trípoli (PSDB), dos R$ 1,9 milhão orçado para construção de bibliotecas, restam R$ 388 mil disponíveis para investimento. O restante foi remanejado durante o ano para outras finalidades, entre elas, a montagem da ópera, em cartaz até a próxima terça. Do recurso ainda disponível, nada foi usado pela prefeitura até agora.  
Por outro lado, a verba reservada para a realização de montagens de óperas já consumiu R$ 581 mil dos R$ 1,7 milhão previsto no Orçamento deste ano. Inicialmente, a verba para esta atividade era de R$ 900 mil, mas ela foi “suplementada“ (ganhou recursos vindos de outras áreas).  
Madama Butterfly foi apresentada no mês passado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A montagem é uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual do Rio, ambas gestões petistas.  
O espetáculo paulista, no entanto, custou 55% mais caro que o carioca. Segundo o secretário estadual de Cultura do Rio de Janeiro, Antonio Grassi, Madama Butterfly saiu por R$ 500 mil, sendo R$ 360 mil pagos pelo patrocinador, a Embratel, e R$ 140 mil bancados pelos cofres públicos. Em São Paulo, a montagem custou R$ 775 mil à prefeitura.  
Grassi negou que a parceria tivesse qualquer conteúdo político-partidário. “Independente de ser o mesmo partido, estamos preocupados com o bem cultural“, afirmou o titular da pasta.  
Os ingressos para a ópera Madama Butterfly custam entre R$ 5 e R$ 60. O espetáculo conta uma história trágica de amor entre uma jovem japonesa pobre, Butterfly, e um marinheiro americano, Pinkerton, que se casa com ela, mas segue logo depois para uma viagem. Três anos depois ele retorna com uma nova mulher, americana. Com um filho e na miséria, Madama Butterfly suicida-se ao saber da traição. (Silvia Amorim)  
 
Resposta  
Prefeitura culpa alta do dólar  
A Secretaria Municipal de Cultura informou que contratou quatro cantores internacionais para o espetáculo, cujos contratos foram firmados no início deste ano e em dólar. Por causa da alta da moeda americana, o gasto com os cachês subiram.  
A secretaria disse ainda que a montagem do Rio de Janeiro tinha menos artistas estrangeiros -por isso o custo menor. Com relação ao remanejamento de verbas da construção de bibliotecas, a secretaria comunicou que houve problemas para encontrar terrenos, o que inviabilizou as obras este ano. Informou ainda que investiu R$ 1 milhão em ampliação e informatização das 67 unidades já existentes. (SA)”  
 
ÔNIBUS-BIBLIOTECA SE REDUZ A KOMBI EM SP  
LARISSA FÉRIA  
RITA CAMACHO  
DO “AGORA“( Folha Online 22/08/02)  
O serviço de bibliotecas ambulantes da Prefeitura de São Paulo, que já foi oferecido em quatro ônibus com capacidade de até 3.000 livros cada um, é feito agora por uma única Kombi, com capacidade para apenas 400 volumes.  
O programa, lançado em 1990 (gestão Luiza Erundina) com a finalidade de emprestar livros para moradores da periferia, é mantido pela Secretaria da Cultura, por meio do Departamento de Bibliotecas Públicas, que perdeu R$ 1,56 milhão do investimento previsto para a construção e a ampliação de unidades infanto-juvenis.  
A previsão inicial de orçamento para a construção e a ampliação de bibliotecas infanto-juvenis era de R$ 1,95 milhão. O orçamento reduziu-se para R$ 388 mil, que ainda não foram gastos neste ano.  
Um montante de R$ 775 mil desse orçamento foi transferido em benefício da remontagem da ópera “Madama Butterfly“, que estreou na segunda-feira passada, no Teatro Municipal.  
A perua-biblioteca tem um roteiro semanal fixo em bairros que não possuem bibliotecas públicas. Cada local recebe o veículo uma vez por semana, das 9h30 às 15h, segundo informa a página da prefeitura na internet, ou até as 14h30 (14h aos domingos), conforme divulgam os atendentes.  
 
Dois acervos  
Há uma semana, o mesmo veículo está fazendo a distribuição do acervo infanto-juvenil e adulto. Antes disso, por oito meses, duas peruas dividiam os acervos e tinham roteiros distintos. Elas substituíram o único ônibus-biblioteca ainda em atividade.  
A principal demanda vem do público infantil. Ontem, quando a perua-biblioteca estava no Parque São Rafael (zona leste da capital), as crianças passavam a caminho da escola para escolher um livro ou um gibi. Os volumes oferecidos estavam expostos em caixas ou estantes na calçada.  
A perua leva um acervo de 300 a 400 volumes. Cada ônibus oferecia até 3.000 livros, que eram distribuídos em estantes, classificados por gênero e tipo.  
A prefeitura afirma que os ônibus levavam apenas 800 livros. Contudo reportagem do “Agora“ sobre o serviço, publicada em 14 de junho de 2001, informava que o acervo era de 3.000 volumes. Essa capacidade não foi contestada anteriormente pela prefeitura.  
 
Como funciona  
Cada leitor da biblioteca ambulante pode levar até três livros e um gibi ou uma revista por vez e deve devolvê-los ou renovar o empréstimo na semana seguinte.  
Dessa maneira, o volume do acervo na perua pode variar.  
A reportagem apurou que, no Parque São Rafael, a procura caiu mais de 50% desde que o serviço passou a ser feito por perua. A Secretaria de Cultura não confirmou esse dado.”  
 
OUTRO LADO  
Ônibus voltarão, informa diretora das bibliotecas  
DO “AGORA“  
A Secretaria de Cultura informou que, em 2001, quando Marta Suplicy (PT) assumiu, três dos quatro ônibus-biblioteca estavam quebrados. Informou também que os ônibus tinham multas não pagas e a documentação atrasada. Segundo a secretaria, a perua foi uma alternativa para que o atendimento não fosse paralisado. São atendidas em média 500 pessoas por mês em cada região, segundo a diretora das Bibliotecas Infanto-Juvenis, Ivete Pieriuccieni Faria. “Os ônibus que estavam quebrados foram reformados na nossa gestão. Assim que estiver tudo pronto, eles voltam para as ruas.“  
O custo mensal de cada ônibus é de cerca de R$ 2.000. A idade média da frota é de dez anos. O programa foi lançado em 1990.  
Segundo a diretora, além da perua, o departamento mantém 45 caixas-estantes, instaladas em ambientes comunitários. As caixas oferecem até 300 livros.  
Ivete afirmou também que a transferência para a ópera dos recursos que seriam destinados à construção de quatro bibliotecas aconteceu porque as áreas que as receberiam coincidiam com a construção dos Centros Educacionais Unificados, que terão bibliotecas.”  

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