Ática e Scipione foram dadas em garantia

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O grupo Abril adquiriu, no início deste ano, os 50% do capital das editoras Ática e Scipione que pertenciam ao grupo francês Vivendi. Com isso, passou a deter a totalidade do capital das editoras de livros didáticos. No entanto, por conta de uma sofisticada operação para financiar a aquisição, pode-se dizer que hoje o controle das duas editoras não está nas mãos do grupo, embora estejam sob sua gestão. Como resultado da transação, a dívida da Editora Abril foi reduzida em quase R$ 100 milhões. 
 
A operação foi explicada nas demonstrações financeiras trimestrais da Editora Abril. As ações da Ática e da Scipione foram dadas em garantia ao banco que financiou a compra, diz a empresa. O nome da instituição financeira não é revelado. 
 
Ainda nas demonstrações financeiras, a empresa afirma que, enquanto o empréstimo não for quitado, o banco poderá vender a Ática e a Scipione a qualquer comprador “por um preço mínimo acordado entre as partes“. 
 
A editora explica em suas demonstrações financeiras que já devia R$ 99,6 milhões ao referido banco, com vencimento em março de 2005. Para refinanciar esse valor, o banco emprestou um total de R$ 215,7 milhões diretamente à Ática e à Scipione. Desses, R$ 116,5 milhões foram usados para adquirir as participações que pertenciam à Vivendi. Os restantes R$ 99,2 milhões foram destinados ao pagamento do que a Editora Abril devia ao próprio banco. 
 
Na prática, a dívida original, de quase R$ 100 milhões, foi transferida da Editora Abril para Ática e Scipione, contribuindo para melhorar o seu balanço. As novas condições de pagamento, porém, são mais suaves: dez parcelas semestrais, a partir de março de 2005, com vencimento final em setembro de 2009. Os juros são de CDI mais 3% ao ano, a serem pagos semestralmente. 
A Abril informa que, na sequência dessa operação, transferiu integralmente a participação que detinha na Cedro International, controladora da Ática e da Scipione, para a ATC Trustees Limited. Aparentemente, a intenção seria segregar o risco da operação. Mais adiante esclarece que “não possui qualquer participação legal no capital da Cedro“, mas tem diretos de veto na indicação ou troca de conselheiros da companhia. Tão logo o empréstimo seja quitado, as duas editoras voltam para o grupo Abril “sem custos adicionais“.  
 
 
 
 
 
 
 

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