Artistas “invisuais” participam de ação da FTD Educação

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Fotógrafos, escultores e pintores cegos ou daltônicos assinam obras para exposição virtual e ação de relacionamento para mais de 50 mil escolas de todo Brasil. No país, quase 7% da população tem alguma deficiência física ou intelectual.

Um novo olhar para um novo ano que se aproxima. Com este mote, a ação de relacionamento da FTD Educação ressignifica o jeito de observar o mundo e convida mais de 50 mil escolas de todo Brasil a conhecerem obras de arte produzidas por artistas invisuais do projeto RessignificArte 2022.

Foram escolhidos 12 trabalhos de 8 artistas brasileiros cegos ou daltônicos para ilustrar a ação de relacionamento da empresa para milhares de instituições de ensino. Os tradicionais calendários de mesa ganharam novo propósito e significado ao apresentar pinturas, desenhos, esculturas e fotografias produzidas por artistas “invisuais”, que apresentam algum tipo de deficiência visual. No Brasil, 6,7% da população tem alguma deficiência física ou intelectual e não é comum que essas pessoas ocupem lugares de destaque em palcos, exposições ou locais apropriados para manifestações artísticas.

Não foi o que aconteceu com João Maia, o primeiro fotógrafo cego a cobrir os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, na Rio 2016. Apaixonado por sua profissão, Maia também é licenciado em História, além de ser palestrante e instrutor de oficinas sensoriais de motivação. São dele as belas fotos que ilustram os meses de maio (Papagaio) e outubro (Pitaya).

As imagens produzidas por Marcio Reis, conhecido como Banguone, chamam a atenção pelas cores e grafismo diferenciado. Nascido em 1979, o artista começou no grafite quando criança. Aos 19 anos, descobriu ser daltônico e, quebrando barreiras, se formou como produtor audiovisual, cinegrafista e fotógrafo. Em sua obra, Reis converte a frequência das cores em pigmentação, utilizando até mesmo tons que não consegue enxergar. As obras “A baleia jubarte no mar de pixels” (imagem de janeiro) e “O balão de pixels: sonhos são resistência!” (imagem de julho) são exemplos da sua técnica.

Souza Ana trabalhou como professora em várias escolas antes de perder a visão, quando descobriu que, com força de vontade, poderia fazer tudo o que quisesse. Segundo a artista, no quadro “Borboletas” ela retrata as transformações necessárias para que a evolução possa acontecer. A imagem estampa o mês de fevereiro.

Escultura também é terreno fértil para a criatividade dos artistas invisuais. É o caso de Rogério Ratão, que apresenta as esculturas “Devaneio 01” (mês de agosto) e “Mário” (mês de dezembro). Quando criança, Ratão gostava de representar, desenhar e pintar, mas foi após a perda da visão que o interesse pela escultura e pela cerâmica aumentou. Em seu trabalho, o escultor cego experimenta diversos materiais, testa sua sensibilidade e coloca suas limitações à prova. Outros artistas também participam da coleção, como Kiko, Sant’Ana e Ariel.

“A arte abraça, acolhe e amplia, estimulando o conhecimento, a comunicação e a criatividade. Com o RessignificArte 2022, a FTD Educação busca trazer reconhecimento e visibilidade para pessoas que superam limites no desejo de se expressarem para o mundo. Queremos promover o protagonismo da pessoa com deficiência visual, abrindo espaço para artistas que inspiram e emocionam com suas obras. Afinal, a arte não é só capaz de transformar vidas, mas também é capaz de transformar o mundo, um propósito que converge diretamente com a nossa maior missão”, comenta Roberta Campanini, diretora adjunta de Marketing, Produtos e Experiência do Cliente da FTD Educação.

Essas e outras obras podem ser conhecidas na página da exposição virtual RessignificArte 2022 no portal Conteúdo Aberto, da FTD Educação, no link https://bit.ly/320Sgrm

As imagens também poderão ser vistas em uma exposição física na sede da empresa, na região central de São Paulo, a partir de janeiro, aberta para funcionários e visitantes da editora.

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