Aprovação automática pode comprometer ensino, diz Haddad

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A aprovação automática no ensino fundamental definida pela prefeitura carioca em abril contraria as metas do governo federal. Essa foi a avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, que nesta sexta (25) participou do seminário Problemas e Políticas da Educação, na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro.  
 
O ministro explicou que ainda não conhece toda a proposta da prefeitura carioca e que deseja acompanhar as mudanças. Disse acreditar que não se trata de progressão automática, mas de organização dos nove anos do ensino fundamental em três ciclos. Segundo Haddad, não cabe a intromissão do Ministério da Educação, cujo papel é o de “emitir diretrizes gerais“, disse.  
 
“A indústria da repetência e a indústria da aprovação automática são indesejáveis. O que eu penso é que nós temos de garantir progressão com aprendizado, e há várias maneiras de fazer isso: com seriação ou sem seriação; com ciclo, sem ciclo; com progressão continuada, e não automática, ou sem progressão continuada. Cada município tem o direito de organizar o sistema educacional, conversando com a comunidade, com o magistério, com os diretores, e respeitando a tradição local. Mas também promovendo a mudança que a qualidade de ensino exige“, afirmou.  
 
Nesta semana, professores das redes municipal e estadual de ensino do Rio promoveram manifestações contra a aprovação automática, sob o argumento de que esse mecanismo vai tirar a autonomia do docente, além de aumentar a evasão escolar. No município, os professores reivindicaram ainda reajuste salarial de 30% — a proposta da prefeitura é conceder 6%. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação marcou para este domingo (27) uma nova manifestação contra a aprovação automática, a partir das 10h, na praia de Copacabana.  
 

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