Cerca de 80% dos alunos da EMEF Serafina Carvalho, em Itupiranga, a 572 quilômetros de Belém, têm pouco contato com material escrito em casa. Para essas crianças, a possibilidade de estudo se dá apenas nas aulas de Língua Portuguesa. Só que, como ocorre regularmente em tantas escolas brasileiras, os professores da Serafina limitavam-se a propor redações escolares. O resultado, claro, era que o grupo tinha uma grande dificuldade de compreender textos simples e se expressar com clareza na hora de produzir textos escritos.
Esse triste quadro começou a mudar em 2006, quando Adilma de Sousa Oliveira assumiu a responsabilidade de promover um programa de formação continuada. “Toda semana, faço revisões coletivas com a equipe para analisar as atividades realizadas e avaliar quais são as que resultam em mais aprendizagem“, destaca a coordenadora pedagógica, responsável pelo trabalho eleito como o melhor na categoria Escola do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10. Hoje, as classes têm leituras diárias em voz alta e atividades com vários gêneros textuais. E os estudantes escrevem com propósitos específicos e sempre bem definidos.