Após 2 anos de pandemia, 2,4 milhões de crianças não sabem ler e escrever

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Todos pela Educação alerta para políticas públicas de educação que considerem desigualdades socioeconômicas e raciais. Em 2021, 2,4 milhões de crianças que não sabiam ler e escrever, representando 40,8% da população entre 6 e 7 anos.

Nesta terça-feira (08), o Todos Pela Educação publicou uma nota técnica analisando os impactos da pandemia na alfabetização no Brasil (clique aqui para acessar na íntegra). Em 2021, 2,4 milhões de crianças que não sabiam ler e escrever, representando 40,8% da população entre 6 e 7 anos. O impacto da pandemia é ainda maior entre crianças pretas (47,4%) e pardas (33,5%), em comparação com crianças brancas (35,1%). Além disso, crianças em domicílios de baixa renda possuem uma diferença de 34,4 pontos percentuais abaixo da taxa de alfabetização dos 25% mais ricos. Estão entre os riscos da não-alfabetização na idade de aprendizagem: reprovações e e evasão escolar.

Defasagem educacional na série histórica

O estudo tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2012 a 2021. Nos últimos dez anos, houve crescimento de 12,6 pontos percentuais das crianças analfabetas. Em 2012, 28,2% dos responsáveis afirmavam que seus filhos em idade de alfabetização não sabiam ler e escrever. Em 2021, o percentual chegou a quase 41%.

Desigualdades

O estudo ainda aponta que a desigualdade aumentou na perspectiva racial e de renda. A distância da taxa de analfabetismo entre crianças pretas e brancas alcançou a maior diferença (12,3 p.p.) desde 2012. No aspecto socioeconômico a diferença é ainda maior (34,4 p.p.): 51% das crianças de famílias pobres estão analfabetas, enquanto o percentual para famílias ricas é de 16,6%.

Entenda o contexto

O documento alerta para a necessidade de políticas públicas educacionais que mitiguem os efeitos negativos da pandemia, considerando aspectos raciais e socioeconômicos. A nota técnica foi divulgada um dia após a primeira reunião de 2022 das Câmaras Técnicas da Educação Básica – que visam apoiar o enfrentamento dos impactos decorrentes da pandemia de Covid-19 na educação.

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