Apesar das incertezas, é hora de começar

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Na quarta-feira (31), o dia dedicado às ideias brasileiras sobre o assunto mais comentado do momento no mercado editorial internacional, dúvidas, repetições, insegurança e uma revelação tímida.


  

Da plateia do 1º Congresso Internacional do Livro Digital, veio a informação de que o Submarino corre para não ficar atrás das livrarias Cultura, Saraiva, Gato Sabido e Singular na venda de e-book. Marcílio Pousada, presidente da Saraiva, disse que esse é o momento de colocar a mão no bolso para fazer o negócio acontecer. Jorge Carneiro, diretor do Grupo Ediouro, comentou que existe uma tendência de esperar definições nos Estados Unidos.“Se pudermos ir começando e adotando um modelo que preserva o valor do livro, é melhor ir começando”.

 

Silvio Meira, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, insistiu no que já havia sido dito: a tecnologia não precisa estar pronta para começarmos a usá-la. E fez uma previsão: “O modelo de livro do futuro vem do Facebook, do Google e dessas redes- e não através do pessoal que está digitalizando livro. Trata-se do modelo de formação de comunidades e não mais de disseminação de informação”. Sérgio Valente, da DM9DDB, deu a deixa… Se existem 162 milhões de celulares no Brasil, por que as editoras não criam um livro para esse formato e enviam, por SMS, uma página por dia? “Duvido que o povo não vá ler”.

 

 

 


Entrevistados torcem o nariz, mas depois gostam do leitor

PublishNews – Maria Fernanda Rodrigues

 

Ao serem apresentados a um e-reader, jovens e adultos ouvidos na pesquisa “Os leitores brasileiros e o livro digital” torceram o nariz num primeiro momento, mas depois já estavam dizendo que se ganhassem na Mega-Sena a primeira coisa que comprariam seria um daqueles. Isso porque não fazem ideia do valor do e-reader.

 

Paulistas, por exemplo, chutaram que os aparelhos valem entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, mas disseram que não pagariam mais do que R$ 1.500. O Cool-er, na Gato Sabido, pode ser comprado por R$ 750. A maioria dos entrevistados disse, entretanto, que para ele ser disseminado não deveria ultrapassar os R$ 300. Nenhum dos participantes tinha visto um leitor na frente. Apesar da boa receptividade, afirmaram que não pretendem aderir à tecnologia agora principalmente porque sabem que logo aquele modelo será superado.

 

Os entrevistados disseram também que o preço será aceitável se ficar em 25% do valor de um livro impresso. Mas um deles disse que se for de graça, usará. Caso contrário, “a editora que busque mais atrativos para me convencer.”

 

A pesquisa foi idealizada pela Câmara Brasileira do Livro e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, realizada pelo Observatório do Livro e da Leitura em quatro capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre) e apresentada por Galeno Amorim e Maurício Garcia ontem no 1º Congresso Internacional do Livro Digital.  
 
 
 

O futuro do livro
Valor Econômico – João Luiz Rosa, Heloísa Magalhães e Cibelle Bouças

 

Editoras, livrarias e autores – os principais elos da cadeia editorial – estão preocupados com o avanço de companhias de tecnologia como Apple, Amazon e Sony, ávidas em lucrar com seus leitores eletrônicos de livros.

 

Para os pessimistas, essas empresas seriam os novos bárbaros, capazes de colocar abaixo o edifício ao minar as bases que há muito tempo sustentam negócio. Os mais otimistas veem exagero nisso tudo, mas concordam que os atores tradicionais do setor terão de mudar seu script para não sair de cena.

 

Nos dois lados, prevalece a dúvida: afinal, qual será o futuro do livro? “Vai haver uma coexistência. O meio digital é uma evolução natural do livro. Os consumidores dos livros físicos e dos digitais continuarão existindo porque são tipos de leitura diferentes”, diz Eduardo Mendes, diretor-executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

 

O tema ganhou tanta importância que o órgão organizou nesta semana, em São Paulo, o I Congresso Internacional do Livro Digital.

 

 

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