Apanhadão: O crescimento dos clubes de assinaturas de livros

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Os clubes de assinaturas de livros foram tema de uma matéria n’O Globo. De acordo com a Betalabs, consultoria especializada em e-commerce, os clubes por assinatura cresceram 60% no ano passado em relação a 2019. Na primeira posição, estão os literários, um tanto à frente dos de bebidas (18%) e alimentos (17%). Entre os assinantes de clubes, mais da metade (55%) são jovens entre 18 e 34 anos. Em meio ao mar de “caixinhas” com histórias saborosas e brindes exclusivos, editoras e livrarias apostam na segmentação como diferencial, com clubes específicos de literatura africana, feminista, católica, e o que mais agradar o freguês. Pensando no avanço do modelo, a editora Bazar do Tempo prepara para março o lançamento de sua própria caixinha, o Clube F. – um clube de leitura feminista, no qual todos os títulos serão assinados por mulheres, brasileiras ou estrangeiras.

Além dos clubes de assinaturas, os clubes de leitura também cresceram no último ano e têm ajudado os idosos a superar o isolamento da quarentena. O Agora São Paulo entrevistou alguns idosos que acharam nos clubes uma maneira de enfrentar a solidão. A assistente social Angela Grijó, 71, é um exemplo: da quase depressão no início da pandemia, ela reencontrou o amor pela leitura em outubro e, desde então, já leu cerca de 20 títulos.

A nova livraria Oju Obá foi assunto na coluna P de Pop do Estadão. Fundada por Elaine Marcelina e sua filha Anna Gomes, a livraria se encontra fora do eixo Zona Sul/Centro do Rio de Janeiro e nasceu com o objetivo de dar voz a escribas da prosa e da poesia, com destaque para quem está refletindo a inclusão racial. Operando também no on-line (podendo ser acessada via ojuobalivraria@gmail.com ou no whatsapp (21) 98309-3648), a livraria fica na Rua Alfredo Pessoa, 85, apt. 201, Campo Grande, Rio de Janeiro. A coluna traz ainda uma pequena entrevista com Elaine.

Ângelo Xavier, presidente da Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivros), assina artigo no Estadão defendendo o livro didático como elemento de transformação social, sobretudo nesse momento em que se implementa o novo Ensino Médio. “O Brasil realiza essa reforma estrutural com o apoio de uma indústria editorial capaz de atender a tamanho desafio, e que nos últimos anos aprimorou ainda mais seus conteúdos. Não podemos mais falar em um produto somente físico, mas sim em conteúdo didático, que pode ser adaptado a diversos tipos de plataformas tecnológicas. Esta indústria possui equipes altamente qualificadas, que além dos autores incluem profissionais como editores, revisores, diagramadores, especialistas em tecnologia da educação e profissionais de iconografia”, diz o executivo.

Na coluna da Babel, destaque para o prelo das editoras. Elas marchavam sob o Sol é o título do segundo romance de Cristina Judar, vencedora do Prêmio São Paulo 2018. O livro sai em abril pela Dublinense e intercala a história de duas jovens às vésperas dos 18 anos. E em julho, a Nós publica La vraie vie, livro de estreia da belga Adeline Dieudonné. A obra é narrada por uma adolescente que vive num condomínio de classe média nos anos 70 e gira em torno de uma família cheia de conflitos.

Prelo também na Painel das Letras. A editora catarinense Nave publica uma obra de Walter Benjamin que ainda permanecia inédita em português. Gente alemã, publicado sob pseudônimo na época da Alemanha nazista, traz comentários do autor a correspondências de nomes célebres como Nietzche, Goethe e Kant. A Todavia vai lançar um volume inédito de textos de Fran Lebowitz, escritora de Nova York que fez sucesso ao lado de Martin Scorsese na série documental Faz de conta que NY é uma cidade, da Netflix. A Companhia das Letras lança em abril o próximo romance de Aline Bei, Pequena coreografia do adeus e a gaúcha Júlia Dantas é a primeira autora brasileira no catálogo da editora DBA. Em seu segundo romance, a escritora e jornalista parte do olhar de um jovem e desiludido porteiro para discutir assuntos como sexualidade e relações entre pais e filhos.

Ainda na coluna, nos dez anos da Flup, a Festa Literária das Periferias, o festival fez uma parceria com a editora Bazar do Tempo para lançar uma série de livros, começando em abril. O primeiro, Carolinas, organizado por Julio Ludemir, busca apresentar uma nova geração de escritoras negras, com textos gestados em oficinas sob orientação de escritores como Itamar Vieira Junior e Eliana Alves Cruz.

E Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros, escreveu um artigo para o Estadão sobre o livro didático e transformação social.

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