Análise: Prefeitos terão dificuldades imensas na educação e precisam chegar mais preparados

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As eleições municipais de 2020 são as mais importantes da história da República. Os próximos prefeitos e prefeitas terão a missão de recuperar e transformar a educação que chega a milhões de crianças no início de sua trajetória escolar, depois de 10 meses de suspensão das aulas presenciais. Do sucesso dessas gestões dependem a educação das etapas seguintes, bem como a capacidade de inovação, crescimento e distribuição de renda do País.

O curto prazo trará a necessidade de medidas inéditas, em contexto de grandes incertezas e de forte restrição fiscal. No entanto, o mandato não pode ficar restrito a essas ações de mitigação dos efeitos da pandemia. Muita energia precisa ser colocada em políticas estruturantes, capazes de um avanço substantivo nos níveis de aprendizagem dos alunos das redes públicas.

Uma delas, que chamou atenção pela sua ausência ou timidez nos programas de governo e sabatinas em São Paulo, é a alfabetização. Ora, a alfabetização garantida nos primeiros anos do ensino fundamental é basilar para as aprendizagens futuras. Mas ainda assim, a maioria das crianças de 6 e 7 anos ainda não está alfabetizada.

Também nos preocupa a falta de clareza dos candidatos a respeito dos `comos`. Há muita promessa de zerar fila de creche, fazer mutirões, expandir conectividade de alunos e escolas, mas pouquíssima clareza de com quais políticas educacionais, quais recursos adicionais, qual equipe. Os próximos prefeitos e prefeitas terão dificuldades imensas. Precisam chegar mais preparados para o início de seu mandatos.

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