Abrelivros lançou estudo inédito durante live que destaca as diferenças no uso de materiais impressos e digitais

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No início do mês a Abrelivros realizou a live E agora? O avanço digital e o futuro do livro didático. O evento lançou o estudo inédito “Papel e Digital: Pesquisa sobre a eficácia dos materiais didáticos”. Realizado pela International Publishers Association (IPA) e a Norwegian Publishers Association, a pesquisa é uma análise da inserção dos materiais didátios por meios digitais e como o livro impresso continua sendo importante instrumento de aprendizagem.

A transmissão da live, feita pelo canal da Abrelivros no YouTube, teve abertura feita pelo presidente da associação, Ângelo Xavier e mediação da diretora executiva da entidade, Renata Müller.

No estudo apresentado é feita uma avaliação qualitativa da eficácia dos livros digitais na educação e uma verificação sobre como os materiais didáticos podem ter seu potencial mais bem aproveitado, além de recomendar as melhores práticas para o desenvolvimento de novos produtos voltados ao ensino.

Na abertura, Ângelo Xavier deu destaque ao enorme desafio enfrentado pelas editoras. “É muito difícil encontrar profissionais que possam aplicar conceitos educacionais à tecnologia. É algo que exige observação a conceitos e uma curadoria rigorosa, mas apesar dessa dificuldade, as editoras têm total consciência de que a tecnologia tem que estar a serviço da melhoria da educação”, explicou Xavier.

Na sequência, Renata Müller lembrou que ainda são necessárias mais pesquisas que demonstrem os resultados do aprendizado a partir dos meios digitais. “É muito importante que tenhamos, cada vez mais, evidências da melhor aplicação de cada formato. A partir desses estudos, temos algo que começa a nos mostrar um caminho”.

O presidente do Fórum Latino-Americano de Editores Educacionais, Eduardo Kruel Rodrigues, apresentou a pesquisa, destacando que o estudo pretende destacar o que há de mais proveitoso em cada um dos recursos a serem explorados em sala de aula. O material impresso dispersa menos a atenção e, comprovadamente, fideliza e faz novos leitores, além de proporcionar maior retenção de conteúdo. Já o digital, inegavelmente traz uma série de recursos que possibilitam a interação do aluno com o conteúdo estudado, além de ser uma demanda desse público que já é nativo digital.

“Esse estudo promove e estimula o entendimento de como e quais tipos de materiais didáticos obtém os melhores resultados e em que circunstâncias. A publicação busca analisar as diferenças de leitura em suporte impresso e em digital, trazendo recomendações de práticas para o desenvolvimento de soluções educacionais”, afirmou Kruel, durante a apresentação.

A autora do posfácio do estudo, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e presidente da Associação Nacional de Educação Básica Híbrida (Anebhi), Maria Inês Fini, colocou em destaque a importância do ensino com uso híbrido dos recursos. “Eu não tenho medo da inteligência artificial. Deixe que ela nos dê as respostas. Vamos ensinar nossos alunos a fazerem as perguntas. O que queremos é desenvolver o senso crítico nos estudantes. Sou a favor de que todos os estudantes tenham acesso a todos os benefícios da tecnologia, mas ela não substituirá a leitura em papel”, defendeu Maria Inês.

A vantagens do conteúdo digital foram ressaltadas em parte da fala da coordenadora geral de Materiais Didáticos da Diretoria de Apoio à Gestão Educacional, da Secretaria de Educação Básica, do Ministério da Educação, Raphaella Cantarino. Ela lembrou que o material digital pode oferecer mais acessibilidade, personalização, interatividade e economia. No entanto, Raphaella não deixou de ressaltar a igual necessidade do uso do livro didático, por todos os motivos apresentados pelos outros convidados e também porque o livro didático na versão impressa é o conteúdo que, seguramente, chega a todos os alunos do país inteiro e não exige conexão com a internet. “Ampliar a conectividade das escolas é uma das prioridades do MEC”. Isso é necessário. “O livro didático continua sendo imprescindível. Ele tem a magia de o aluno receber o material, manusear, levar para casa e fazer a interatividade com a família. Lá na ponta, quem faz com que essa magia aconteça é o professor”, finalizou Raphaella.

O estudo está disponível para download na página da Abrelivros e a live continua disponível no canal da Abrelivros no YouTube.

 

 

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