A boa notícia vem acompanhada de outra ainda melhor: o crescimento foi motivado por novos e jovens leitores.
Férias. E eles escolheram passar mais tempo entre os livros. Mas o que tanto procuram nessas páginas?
“Aventura e complicações que aí eu sempre fico mais excitada para saber”, diz Bruna.
“Gosto de ler livros sem figura e livro que tem muita página”, comenta Erick.
Diante de tanta curiosidade as máquinas andam a mil. A Associação Nacional dos Livreiros constatou que, no ano passado, a venda de livros cresceu 15%. Uma gráfica precisou de 400 toneladas de papel a mais.
Para o editor Sergio Machado, foi mais que novidade.
“Foi uma surpresa que a gente estava esperando há mais de 30 anos”, diz ele.
Os motivos? A isenção de alguns impostos sobre o livro, maior poder aquisitivo das classes C e D e o grande interesse da criançada e dos adolescentes, loucos por aventura.
“Acabou e muito em muitos colégios aquela coisa que todo mundo tem que ler o mesmo livro. Porque o que faz crescer a vontade de ler é você ler o que você quer”, afirma a livreira Claudia Amorim.
São vários os fatores que estimulam as crianças e os jovens a se interessar pela leitura. Mas um deles é fundamental: o hábito de ler começa a ser formado em casa, com o exemplo dos pais.
“É uma coisa que vem lá da família. Desde muito tempo. Eu fiz isso, as avós, a minha mãe, todo mundo, vem mesmo”, admite uma avó.
Bruna e Gabriel sabem disso. Ler em casa nem é novidade.
“Você desenvolve seu raciocínio, você pode se dar muito bem em português”, lembra Gabriel Antonelle, de 12 anos.
“Porque faz bem para a saúde. Para mim, leitura dá inteligência e é saudável”, afirma Bruna.