“A tecnologia deve incrementar o livro”

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Na palestra que abriu a programação da Abrelivros na Bienal do Livro, ministro Fernando Haddad anunciou perspectivas do Governo para a Educação.

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Após acompanhar a presidente Dilma Rousseff na cerimônia de abertura da XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o ministro da Educação Fernando Haddad proferiu a palestra “Educação no Brasil: conquistas e desafios”, evento promovido pela Abrelivros em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros – SNEL.

Num auditório lotado de profissionais da área do livro e da leitura, o ministro foi recepcionado por Jorge Yunes, diretor-presidente da Abrelivros, e Emerson Walter Santos, diretor da entidade. No início de sua fala, Haddad afirmou que as políticas públicas não favoreceram a educação no Brasil ao longo do século XX, de modo que a valorização da educação e da leitura são medidas recentes. “Não temos tradição nessa matéria”, explicou, dando o exemplo do que aconteceu no pós-Guerra, quando o país, diferente de outras nações, não investiu maciçamente na formação do cidadão. Ao deixar de lado a educação como uma prioridade, o Brasil impediu que se forjasse uma unidade nacional tendo a formação e a cultura como valores.

No entanto, o ministro ressaltou que a partir da Constituição de 1988 essa situação tem melhorado, uma vez que tem se buscado resgatar os direitos sociais. Mesmo sendo um caminho difícil e gradual, várias conquistas são perceptíveis. No início de sua gestão, em 2005, o orçamento federal para a Educação era aproximadamente de R$ 20 bilhões. Para 2012, a previsão é que esse valor chegue a R$ 80 bilhões.

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Haddad afirmou que a Abrelivros acompanhou esse crescimento do estímulo à leitura no país. Hoje, todos os anos da Educação Básica são contemplados com livros didáticos, além das bibliotecas escolares. Os professores também recebem um acervo composto por títulos de apoio técnico e metodológico.

As possibilidades oferecidas pela tecnologia têm sido também ótimas ferramentas para a educação. Segundo o ministro, 56 mil escolas públicas possuem banda larga instalada e laboratórios de informática, o que abrange 80% dos alunos matriculados.

O processo de leitura também faz parte dessa mudança. Para Haddad, todos os editores devem se preparar para os livros digitais. Deixou claro que o livro didático impresso não vai desaparecer. Antes, haverá um salto de qualidade ao se permitir levar acervos em quantidade para todos os cantos do país. “Não podemos temer o que a tecnologia nos põe à disposição”, avaliou.

Por fim o ministro salientou que é preciso ter um olhar atento à criação e difusão de conteúdo digital, o que auxilia nos processos tradicionais da leitura: “A tecnologia deve incrementar o livro”, concluiu.

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